Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

25 de fevereiro de 2020

 

OS FILHOS E FILHAS DA PAIXÃO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO E DAS DORES DE MARIA SANTÍSSIMA DEVEM VIVER RIGOROSAMENTE O ESPÍRITO DE UNIÃO

 

1.ª Reflexão

 

No Salmo 133, 1 diz: “Vede: como é bom, como é agradável habitar todos juntos, como irmãos”.

 

Os Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima devem viver rigorosamente o espírito de união, isto é, viver como verdadeiros irmãos, caminhando retamente na vocação recebida por Deus que não aceita divisão, rixas e brigas. Para viver essa união desejada por Deus, é preciso colocar em prática a caridade, mansidão e humildade: “Com toda humildade, mansidão e paciência, suportando-vos caridosamente uns aos outros” (Ef 4, 2). Só mediante a prática destas virtudes é que será possível conservar a união dos espíritos e, portanto, a paz, que é a tranquilidade na ordem; paz que só existe quando cada indivíduo desempenha o seu dever: “Esforçai-vos por conservar a unidade do espírito no vínculo da paz” (Ef 4, 3). Em seguida, o Apóstolo São Paulo cita os motivos que levam os cristãos a conservar esta união entre si, afirmando: “Há um só corpo e um só espírito… Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo… Um só Deus e Pai de todos” (Ef 4, 4-6) (Bem-aventurado José Allamano, A Vida Espiritual, capítulo 24).

Aquele que gosta de fazer panelinhas… de provocar desunião… de infernizar a comunidade, não pode permanecer no nosso Instituto… deve ser afastado imediatamente. É insuportável conviver com alguém que decidiu trabalhar para Satanás.

 

 

2.ª Reflexão

 

No Salmo 133, 1 diz: “Vede: como é bom, como é agradável habitar todos juntos, como irmãos”.

 

O religioso que vive às margens da comunidade e que luta ferozmente para dividi-la, trabalha para o demônio. Esse membro gangrenoso e fétido deve ser “cortado” imediatamente… deve ser expulso com rigor e para sempre do Instituto. Quem gosta de viver distante do “aprisco” não é ovelha; mas sim, bode rebelde… cabrita arrogante e perversa. Não há paz numa comunidade onde não reina o espírito de união! Quem gosta de tumultuar a vida comunitária não pode viver no nosso Instituto.

O Bem-aventurado José Allamano escreve: “Para poder gozar de verdadeira paz na comunidade, é mister que todos vivam unidos. Eis a minha insistente recomendação! Penso que não falta entre vós a paz proveniente da união; mas, já vo-lo disse muitas vezes, o meu temor é em previsão do futuro” (A Vida Espiritual, capítulo 24).

Existem pessoas covardes, maldosas e fofoqueiras em comunidades religiosas, que gostam da desunião… trabalham com a “arma” da língua para dividir as comunidades… gostam de ver o circo pegar fogo para sorrirem (ver o circo pegar fogo: quando alguém quer ver o circo pegar fogo é porque está a fim de ver mais briga ou confusão ao invés de acalmar certa situação).

Essas pessoas não imitam a Jesus Cristo; mas sim, a Satanás.

 

 

3.ª Reflexão

 

No Salmo 133, 1 diz: “Vede: como é bom, como é agradável habitar todos juntos, como irmãos”.

 

São Paulo Apóstolo ensina a todos como deve ser a união numa comunidade religiosa: “Que vosso amor seja sem hipocrisia, detestando o mal e apegados ao bem; com amor fraterno, tendo carinho uns para com os outros, cada um considerando o outro como mais digno de estima. Sede diligentes, sem preguiça, fervorosos de espírito, servindo ao Senhor, alegrando-vos na esperança, perseverando na tribulação, assíduos na oração, tomando parte nas necessidades dos santos, buscando proporcionar a hospitalidade” (Rm 12, 9-13).

O amor numa comunidade religiosa deve ser verdadeiro, sincero e autêntico, deixando de lado a hipocrisia, falsidade e fingimento… deve ser transparente. O amor verdadeiro une as pessoas; enquanto que a falsidade desune as mesmas. Aquele que promove a união numa comunidade religiosa detesta o que desune e se apega ao bem… ao bem que une e que trás a verdadeira paz para todos.

Esse trecho da Carta de São Paulo aos Romanos nos ensina o que devemos fazer para manter a união numa comunidade religiosa: respeitar o próximo… tratar a todos com bondade e atenção… servir ao próximo por amor a Deus e não com segundas intenções. Se esforçar para não ser “capeta” na comunidade: puxando para trás e semeando joio no meio do trigo. Ensina-nos a não ser obstáculo no progresso dos religiosos, como um ferro que quebra os raios e trava a roda de uma bicicleta.

O religioso que trabalha para desunir a comunidade está a serviço de Satanás e não pode permanecer no nosso Instituto.

 

 

4.ª Reflexão

 

No Salmo 133, 1 diz: “Vede: como é bom, como é agradável habitar todos juntos, como irmãos”.

 

São Paulo escreve aos Coríntios: “Sede estreitamente unidos no mesmo espírito e no mesmo modo de pensar” (1 Cor 1, 10). Esse deve ser o caminho percorrido por uma comunidade que deseja verdadeiramente viver unida… que deseja fazer progresso, agradar a Deus e manter a porta fechada e lacrada para a desordem. O “verme” da desunião não consegue entrar e “roer” uma comunidade verdadeiramente unida, como escreve São Paulo: … estreitamente unidos no mesmo espírito e no mesmo modo de pensar.

Uma comunidade unida agrada a Deus, expulsa os intrusos e evita, custe o que custar, as discórdias: “Amai a união e fugi das discórdias” (Santo Inácio de Antioquia, Ad Phil., 7, 2). A discórdia é um veneno mortífero que destrói completamente uma comunidade, deixando-a sem “paredes” e até sem “alicerces”: “Não há pior vida do que estarem juntos na habitação os que estão desunidos no espírito” (São Jerônimo), e: “A discórdia mata a união fraterna. A língua que semeia a discórdia mata a caridade” (Madre Yvone Aimée).

O religioso que “aprecia” a desunião e a desordem deve ser expulso imediatamente do nosso Instituto.

 

 

5.ª Reflexão

 

No Salmo 133, 1 diz: “Vede: como é bom, como é agradável habitar todos juntos, como irmãos”.

 

Cada religioso do nosso Instituto deve se esforçar e lutar com garra pela união dos membros do mesmo. Ninguém pode se esquivar dessa luta e dever. Manter numa comunidade um religioso “amigo” de desunião, discórdia e de divisão… é pior que criar uma cobra venenosa e violenta dentro de casa.

O religioso do nosso Instituto deve ser um precioso fermento para a comunidade onde vive… deve ajudar no crescimento da mesma comunicando as suas qualidades recebidas de Deus aos outros religiosos, principalmente a bondade, respeito, caridade e atenção… “temperos” preciosos para a união numa comunidade religiosa: “Como bons dispensadores das diversas graças de Deus, cada um de vós ponha à disposição dos outros o dom que recebeu” (1 Pd 4, 10).

 

 

6.ª Reflexão

 

No Salmo 133, 1 diz: “Vede: como é bom, como é agradável habitar todos juntos, como irmãos”.

 

O religioso que vive sorrateiramente (manhoso, velhaco, que faz as coisas disfarçadamente) numa comunidade… lançando o joio da divisão pode ser comparado ao demônio (demônio de hábito) que trabalha para perder as almas. Quem espalha divisão e desunião trabalha contra o bem!

A união respeitosa entre os religiosos é a joia mais preciosa de uma comunidade: “É uma coisa bela e santa, que pode ser considerada o maior tesouro da comunidade” (Bem-aventurado José Allamano, A Vida Espiritual, Capítulo 24).

Aqueles que lutam para desunir uma comunidade religiosa não estão do lado de Deus, da luz; mas sim, do demônio e das trevas: “Ai dos que comprometem este vínculo bonito, esta união de caridade!” (São Bernardo de Claraval). A verdadeira caridade só existe mediante a união, e união de todos. Um por todos e todos por um. É disto de que mais se necessita numa comunidade. Sem esta união, desaba tudo. É preciso trabalhar para que haja união, custe o que custar (Bem-aventurado José Allamano).

 

 

7.ª Reflexão

 

No Salmo 133, 1 diz: “Vede: como é bom, como é agradável habitar todos juntos, como irmãos”.

 

O religioso perverso e maldoso trabalha continuamente para lançar o espinho da desunião na comunidade onde vive. Ele quer ser elogiado, paparicado, aplaudido e servido por todos… quer ser o centro das atenções… quer estar no alto da “coluna”. E quando não consegue o desejado… torna-se um “dragão” furioso e violento, e começa a lançar a “fumaça” da divisão e da desunião para todos os lados.

Os outros religiosos que lutam pela união da comunidade devem enfrentar esse “dragão” com valentia, coragem e firmeza. Aquele que faz vistas grossas diante desse “dragão” compartilha de sua maldade. Denunciar esse monstro para o superior da comunidade é grande sabedoria e verdadeira caridade… encobrir os seus erros é imensa covardia e falta de amor pelos religiosos que formam a comunidade.

 

 

8.ª Reflexão

 

No Salmo 133, 1 diz: “Vede: como é bom, como é agradável habitar todos juntos, como irmãos”.

 

Constituímos um corpo moral; deveria haver entre nós a mesma união que existe entre os membros do corpo físico. Quando sentis dor de cabeça, acaso não é todo o corpo que sofre? O vínculo que nos une na vida religiosa não é, porventura, mais íntimo que o vínculo que une irmãos de sangue? E quereríamos viver menos unidos entre nós do que os primeiros cristãos? “A multidão dos crentes era um só coração e uma só alma” (At 4, 32).

Necessitamos desta união não só para termos paz em nossa vida, mas também para sermos fortes. A união faz a força. Os membros unidos tornam a comunidade um exército aguerrido e disciplinado, capaz de vencer qualquer inimigo ou obstáculo. Ao contrário, a desunião destrói a comunidade: “Mas, se vos mordeis e vos devorais, vede que não acabeis por vos destruirdes uns aos outros” (Gl 5, 15) (Bem-aventurado José Allamano).

 

 

9.ª Reflexão

 

No Salmo 133, 1 diz: “Vede: como é bom, como é agradável habitar todos juntos, como irmãos”.

 

Os Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima devem ser amigos da união e inimigos da discórdia. A força unida é mais forte, é inquebrável. Unidos ficamos de pé. Divididos caímos.

Para conservarmos a união, devemos seguir três pontos: O primeiro ponto nos é apontado por São Bernardo de Claraval: “Evitar as faltas leves”, ou seja, eliminar também as pequenas imperfeições contrárias à caridade, contrárias à delicadeza que nos devemos dispensar reciprocamente. Segundo: observar com exatidão e com amor as Regras e praticar a obediência, alimentar o desejo comum de perfeição. O terceiro meio, sugerido pelo Pe. Rodriguez, consiste em manter correspondência mútua e frequênte com os irmãos ausentes ou distantes.

 

 

10.ª Reflexão

 

No Salmo 133, 1 diz: “Vede: como é bom, como é agradável habitar todos juntos, como irmãos”.

 

A verdadeira união deve manifestar-se de três maneiras: nas ações, nas palavras e nos pensamentos.

Nas ações, isto é, empenhando-nos todos em vista do bem comum. Devemos sentir e demonstrar interesse pelo bem da comunidade, ser membros vivos e concordes da mesma, lutar para ver quem pode realizar mais, sempre norteados pela obediência.

Nas palavras. Evitem-se as discussões demasiadamente calorosas, inclusive as de caráter teológico; que ninguém se julgue dono absoluto da verdade. Tais disputas provocam desuniões, chegam até a dividir a comunidade em facções, com escândalo de muitos e prejuízos de todos. Às vezes, por bagatelas, se destrói a união.

Nos pensamentos. Eis aqui uma coisa ainda mais difícil: conciliar as diversas mentalidades! Certo autor se pergunta se convém que cada comunidade tenha o mesmo modo de pensar e responde afirmativamente: porque cada instituto tem a sua finalidade específica, que só pode ser alcançada mediante a cooperação de todos os membros. Assim procedem as ordens e congregações religiosas bem organizadas: sem julgarem-se superiores às outras, preferem a própria e se esforçam para melhorá-la sempre mais (Bem-aventurado José Allamano).

 

 

11.ª Reflexão

 

No Salmo 133, 1 diz: “Vede: como é bom, como é agradável habitar todos juntos, como irmãos”.

 

O religioso do nosso Instituto deve buscar a união com todas as forças, ânimo e valentia… somente assim ele estará ajudando o Instituto a permanecer de pé diante dos vendavais que sopram furiosamente contra o mesmo… de dentro e de fora da Igreja. A união é uma poderosa “arma” que vence as mais encarniçadas batalhas. A união constrói e sustenta os maiores “edifícios”; enquanto que a desunião os destroem em poucos minutos. Não podemos conservar no nosso Instituto religiosos que vivem às margens do mesmo espalhando a desunião e a discórdia… esses são amigos de Judas Iscariotes. Um Instituto desunido é um Instituto fracassado e derrotado; enquanto que um Instituto unido é vencedor… vitorioso.

 

 

12.ª Reflexão

 

No Salmo 133, 1 diz: “Vede: como é bom, como é agradável habitar todos juntos, como irmãos”.

 

Aquele que faz a própria vontade, que não obedece cegamente… que caminha às margens da comunidade, que faz somente o que quer… esse é inimigo da vida de união entre os religiosos. A vontade própria é um pesado “martelo” que destrói a “corrente” da união. Onde não há amor, respeito e docilidade, a união é apenas uma caricatura. A comunidade unida não treme diante dos insultos dos inimigos e perseguidores. O religioso que luta pela união da comunidade fala somente para construir, nunca para destruir… cuida com zelo para que o joio da divisão seja cortado e lançado fora; mas sabe usar também da firmeza, valentia e coragem para enfrentar cara a cara os que trabalham com o demônio para prejudicar a união da comunidade. Não treme nem fica intimidado diante dessas “cobras” perigosas e venenosas.

 

 

13.ª Reflexão

 

No Salmo 133, 1 diz: “Vede: como é bom, como é agradável habitar todos juntos, como irmãos”.

 

Uma comunidade dividida vive no prejuízo, porque uns lutam pela santidade… enquanto outros vivem estacionados nos vícios. Uns obedecem ao horário da comunidade… outros seguem um horário “fabricado”… a própria agenda. A desunião é um “monstro” que deve ser afastado imediatamente da vida comunitária.

O religioso que semeia a desunião não possui Deus no coração… é um “espinho” e um peso insuportável para os religiosos que vivem unidos. O religioso que semeia a discórdia e a desunião atrapalha o crescimento da comunidade onde vive.

Deus quer que sejamos unidos! A comunidade unida faz em um dia aquilo que a comunidade desunida não consegue fazer em um ano.

O religioso que gosta da discórdia não merece atenção; mas sim, deve ser expulso imediatamente da comunidade.

 

 

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

25 de fevereiro de 2020

 

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Pe. Divino Antônio Lopes FP(C). “Os Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima devem viver rigorosamente o Espírito de União

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