Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

27 de maio de 2020

 

OS FILHOS E FILHAS DA PAIXÃO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO E DAS DORES DE MARIA SANTÍSSIMA DEVEM PERSEVERAR ATÉ O FIM, PRINCIPALMENTE NAS PROVAÇÕES, DIFICULDADES E ADVERSIDADES

 

 

1.ª Reflexão

 

No Evangelho de São Mateus 10, 22 diz: “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo”.

 

Deus quer que perseveremos até o fim! Não basta iniciar uma obra, mas é preciso concluí-la… é preciso perseverar no sim dado a Deus até na hora da morte. Não será salvo aquele que perseverar até na metade do caminho; mas sim, quem levar a cruz até o fim… até no Calvário… com alegria, fidelidade e amor.

Infelizmente, todos os anos mais de 750 padres abandonam o ministério em todo o mundo e centenas de freiras… isso é muito triste! Jesus merece todo o nosso amor, dedicação… o nosso coração deve ser do Senhor que morreu na cruz para nos salvar. Abandonar a Cristo para seguir o mundo, o demônio e a carne, é grande desgraça.

O Pe. Alexandrino Monteiro escreve: “De nada vale ter sido santo por longo tempo, se no fim da vida se morre pecador. ‘Aquele que perseverar até o fim, esse será salvo’ (Mt 10,22). Sem perseverança não há salvação. Na perseverança no bem até ao fim de nossa vida está o princípio da nossa eterna felicidade. Sem a perseverança final todos os esforços são baldados. Penitências e orações, sacramentos e boas obras, tudo, sem a perseverança, será como a fumaça que se desvanece”.

 

 

2.ª Reflexão

 

No Evangelho de São Mateus 10, 22 diz: “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo”.

 

Não basta iniciar com energia e garra uma boa obra, mas é preciso perseverar até o fim… custe o que custar.

São João Bosco escreve: “Felizes aqueles que se entregam a Deus, para sempre, na sua juventude. Quem atrasa a própria entrega a Deus corre o risco de perder a alma. É preciso paciência contínua, perseverança e fadiga”. São João Bosco fala da entrega a Deus até o fim, não por um determinado tempo como muitos fazem hoje. A nossa entrega a Deus deve ser total… até o fim… somente Deus merece o nosso amor!

São Jerônimo escreve: “Muitos começam bem, mas poucos são os que perseveram. Nos cristãos, não se procura o princípio, mas o fim. O Senhor não exige somente o começo da boa vida, quer também seu bom termo; o fim é que alcançará a recompensa”.

 

 

3.ª Reflexão

 

No Evangelho de São Mateus 10, 22 diz: “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo”.

 

O que dizer de um sacerdote ou de uma religiosa que deixa de servir a Deus para se arrastar aos “pés” da vaidade do mundo? Santo Afonso Maria de Ligório diz que essa pessoa não se salvará, irá para o inferno. Jesus disse que é preciso perseverar até o fim.

O religioso do nosso Instituto deve perseverar até o fim… deve enfrentar as dificuldades de cada dia com a cabeça erguida e com os olhos fixos no Deus que tudo pode. Não podemos deixar de caminhar para o céu por causa dos obstáculos e dificuldades… devemos perseverar com firmeza, valentia e fé.

Para se salvar é necessário perseverar até o fim… isso serve para religiosos e leigos: “Sem perseverança, impossível é chegar à santidade ou à salvação: não basta ser virtuosos e generosos alguns dias ou alguns anos; necessário é sê-lo sempre, até o fim. É este o ponto mais difícil, porque, como diz Santo Tomás de Aquino, ‘a aplicação, prolongada, a qualquer coisa árdua – e a virtude quase sempre o é – apresenta especial dificuldade’ (Suma Teológica 2-2, 137, 1)” (Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena).

 

 

4.ª Reflexão

 

No Evangelho de São Mateus 10, 22 diz: “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo”.

 

Os Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima devem perseverar diante das perseguições, principalmente aquelas que vêm do clero: “O sacerdote deve temer principalmente os outros sacerdotes” (São João Crisóstomo), e: “Exteriormente a espada se duplica e triplica quando sem motivo se levanta uma perseguição eclesiástica” (São Raimundo de Peñafort).

O arcebispo Teófilo de Alexandria perseguiu terrivelmente São João Crisóstomo… e ele perseverou.

O bispo de São Bruno, fundador da Cartuxa, o perseguiu, ele fugiu do bispo… e perseverou.

O bispo Recafredo perseguiu Santo Eulógio… e ele perseverou.

São João Bosco foi perseguido durante muitos anos pelo Arcebispo Dom Gastaldi… e ele perseverou.

Santo Inácio de Loiola foi perseguido por muitos padres que acabaram queimados… outros apostataram e fugiram… e ele perseverou.

São Filipe Neri e São Pio de Pietrelcina foram perseguidos pelo clero… e eles perseveraram.

Santa Teresa de Jesus foi perseguida pelo clero e perseverou.

Santa Micaele foi surrada por um padre e caluniada por muitos e perseverou.

São João da Cruz foi preso pelos próprios sacerdotes… e perseverou.

Os padres jogaram o confessionário de São Vicente Pallotti na rua, e ele perseverou.

São Josemaría Escrivá foi perseguido por muitos padres, bispos e cardeais… e ele perseverou.

São José de Calazans sofreu durante muitos anos ataques de um religioso da própria congregação… e ele perseverou.

Os padres de Milão diziam para o povo, durante a celebração da Missa, que quem colocasse fogo na casa do Padre Antônio, hoje, Santo Antônio Maria Zaccaria, seria salvo… e o santo perseverou.

Existem centenas de santos que foram perseguidos dentro da Igreja Católica, mas esses exemplos são suficientes. Nenhum deles deixou de perseverar no caminho do céu por causa das perseguições.

O Papa Francisco escreveu sobre essa “guerra” dentro da Igreja católica: “A desunião é uma ferida no corpo da Igreja e de Cristo. Uma ferida que não queremos que permaneça. A desunião é obra do pai da mentira, do pai da discórdia que sempre procura fazer com que irmãos estejam divididos”.

Existem muitas fofocas entre o clero… calúnias, maledicências e inveja entre os religiosos, religiosas e sacerdotes dentro da Igreja Católica. E muitos deixam de perseverar por causa disso. O Papa Francisco escreve também: “Aqueles que vivem julgando o próximo, falando mal do outro, são hipócritas, porque não tem a força, a coragem de olhar para os próprios defeitos… As fofocas fazem parte desta dimensão da criminalidade. Não existe fofoca inocente”.

 

 

5.ª Reflexão

 

No Evangelho de São Mateus 10, 22 diz: “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo”.

 

O religioso do nosso Instituto não pode desistir de caminhar por causa das dificuldades… mas deve perseverar com os olhos fixos no Deus que tudo pode. O mesmo deve se apoiar em Deus e não nas criaturas fracas, covardes e interesseiras.

A perseverança: “Consiste em lutar e sofrer até o fim, sem sucumbir ao cansaço, ao desalento ou à moleza” (Ad. Tanquerey, Compêndio de Teologia Ascética e Mística, 1093).

Não é ao derrotado ou fracassado que é oferecido o prêmio, e sim, ao vitorioso, àquele que luta permanecendo fiel à Lei de Deus e que não foge do campo de batalha: “Não podemos parar. O Senhor pede-nos uma luta cada vez mais rápida, cada vez mais profunda, cada vez mais ampla. Somos obrigados a superar-nos, porque nesta competição a única meta é a chegada à glória do céu. E se não chegássemos ao céu, nada teria valido a pena” (São Josemaría Escrivá, Cristo que passa, nº 77).

 

 

6.ª Reflexão

 

No Evangelho de São Mateus 10, 22 diz: “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo”.

 

Não podemos brincar com a vida… Deus quer que perseveremos até o fim. Tertuliano não perseverou… Judas Iscariotes não perseverou… Martinho Lutero não perseverou… e milhares de sacerdotes não estão perseverando… e milhões de católicos estão abandonando a verdadeira Igreja para buscar vida fácil no protestantismo: “Nunca alguém abandonou o catolicismo, a não ser, para buscar o próprio prazer. Sabemos pela história, que todos que a abandonaram, foi para poder levar uma vida mais livre e desordenada. Prova evidente de que não eram levados a isso pelo conhecimento da verdade, e sim pelo desejo de abraçar uma crença mais favorável às paixões humanas” (São João Bosco, O cristão bem formado).

Aquele que abandona o caminho do céu por causa dos obstáculos se condenará ao inferno para sempre: “Quem retrocede condena-se voluntariamente a jamais atingir a meta: é um fraco, um vil, um desertor; enquanto deve o cristão ser forte, intrépido e perseverante. As graças que acompanham a vocação cristã em geral e cada vocação em particular – ao estado conjugal, religioso ou eclesiástico – são tais que asseguram a cada um a força necessária para perseverar com constância nos compromissos assumidos. No fundo de toda deserção há sempre uma falta de fé na graça e no auxílio de Deus. É impossível que Deus abandone a quem quer ser-lhe fiel a todo custo e, portanto, luta sem tréguas para superar as tentações do egoísmo e as atrações do mundo. A fidelidade de Deus supera infinitamente a do homem” (Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena).

 

 

7.ª Reflexão

 

No Evangelho de São Mateus 10, 22 diz: “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo”.

 

Nem o Papa tem a salvação garantida… o Papa também não tem a perseverança garantida… todos tem que lutar até o fim. Infelizmente, milhões de pessoas começam bem, mas desistem diante de qualquer provação, dificuldade e obstáculo… muitos vão para o inferno por falta de perseverança no caminho da santidade. Começam bem, mas não concluem a caminhada.

A Bíblia ordena que perseveremos até o fim: “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo” (Mt 10, 22), e: “E pelo crescimento da iniquidade, o amor de muitos esfriará. Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo” (Mt 24, 12-13), e também: “Pois nos tornamos companheiros de Cristo, contanto que mantenhamos firme até o fim a nossa confiança imensa” (Hb 3, 14), e ainda: “Notai que temos por bem-aventurados os que perseveraram pacientemente” (Tg 5, 11).

Muitos sacerdotes, freiras e leigos abandonam o caminho da santidade e a confiança na bondade de Deus. Deus não ajuda apático nem preguiçoso… Deus é misericordioso, mas não é palhaço de pessoas caprichosas e relaxadas.

 

 

8.ª Reflexão

 

No Evangelho de São Mateus 10, 22 diz: “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo”.

 

O religioso que persevera no caminho da santidade… no trabalho iniciado… no estudo… na vida apostolar… nas obras de misericórdia… é a alegria do Instituto e da comunidade onde vive. Ele é uma coluna que não se inclina diante dos ventos das críticas, perseguições, zombarias e desprezos… mas está sempre firme em seus propósitos, não deixa de lutar e de caminhar por causa das “muralhas” que surgem em seu caminho.

Infeliz do religioso que deixa de perseverar no caminho do bem, da luz e da santidade, para seguir os religiosos frouxos, moles, apáticos, covardes, medrosos e amigos da vida fácil e cômoda.

O religioso que ama a Deus não desiste da luta… mas sim, persevera até o fim. O prêmio do céu é dado para aquele que perseverar até na hora da morte: “Começar é de todos, perseverar, de santos”, e: “Que a tua perseverança não seja consequência cega do primeiro impulso, fruto da inércia; que seja uma perseverança refletida”, e também: “Qual é o segredo da perseverança? O Amor. – Enamora-te, e não O deixarás” (Frases de São Jomaria Escrivá).

Milhares de ex-sacerdotes e ex-freiras caminham, hoje, no caminho da desgraça; choram amargamente, porque abandonaram a vida religiosa… vivem no vazio total e fingem que são felizes. Será que Judas Iscariotes ficou feliz em trair a Jesus Cristo que o chamou pelo nome?

 

 

9.ª Reflexão

 

No Evangelho de São Mateus 10, 22 diz: “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo”.

 

Trechos incentivadores para perseverarmos até o fim na nossa vocação:

 

1. Santo Afonso Maria de Ligório diz: “Lançaste mão do arado: principiaste a viver bem; portanto, agora mais do que nunca, deves recear e tremer… (Fl 2, 12). Por quê?… Porque, se retrocederes (o que Deus não permita) e tornares a trilhar o mau caminho, Deus te excluirá do prêmio da glória (Lc 9, 62).

2. São Dionísio Cartusiano escreve: “Quanto mais uma alma se entrega a Deus, com tanto maior empenho o inferno procura arrebatá-la’. Esta verdade se exprime claramente em Lc 11, 24-26, onde diz: ‘Quando o espírito imundo foi expulso duma alma, anda por lugares áridos procurando repouso e, não o encontrando, diz: ‘Tornarei à minha casa donde saí… Então vai e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele, entram na alma e moram ali. E as últimas coisas deste homem serão piores que as primeiras’; ou seja: quando o demônio se vê expulso de uma alma, não encontra descanso e emprega todas as suas forças para dominá-la novamente. Pede auxílio a outros espíritos maus, e, se consegue reentrar naquela alma, provocará uma segunda ruína, mais grave que a primeira”.

3. Em 1 Cor 9, 24-25 diz: “Não sabeis que aqueles que correm no estádio, correm todos, mas um só ganha o prêmio? Correi, portanto, de maneira a consegui-lo. Os atletas se abstêm de tudo; eles, para ganhar uma coroa perecível; nós, porém, para ganhar uma coroa imperecível”.

4. Em 2 Pedro 2, 20-22 diz: “Com efeito, se, depois de fugir às imundícies do mundo pelo conhecimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, de novo são seduzidos e se deixam vencer por elas, o seu último estado se torna pior do que o primeiro. Assim, melhor lhes fora não terem conhecido o caminho da justiça do que, após tê-lo conhecido, desviarem-se do Santo mandamento que lhes foi confiado. Cumpriu-se neles a verdade do provérbio: ‘o cão voltou ao seu próprio vômito’, e: ‘A porca lavada tornou a revolver-se na lama’”.

 

 

10.ª Reflexão

 

No Evangelho de São Mateus 10, 22 diz: “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo”.

 

Os religiosos do nosso Instituto devem ser perseverantes até o fim… somente a morte pode nos impedir de fazer o bem… de buscar a santidade. Não podemos deixar de caminhar por causa dos obstáculos!

A Bíblia diz: “Feliz o homem que suporta a tentação. Porque depois de sofrer a provação receberá a coroa da vida que Deus prometeu aos que o amam… chamamos felizes os que suportam os sofrimentos com perseverança” (Tg 1, 12; 5, 11).

O religioso do nosso Instituto não pode inclinar a cabeça diante das provações; mas sim, deve perseverar com os olhos fixos no Deus que tudo pode.

Santa Catarina de Sena escreve: “Concedei-me, ó Deus eterno, ser perseverante na virtude, a fim de que não volte para trás a olhar o arado, mas com perseverança siga o caminho da verdade. Pois é a perseverança que é coroada, e sem ela não poderei agradar-vos nem ser por vós aceita”.

 

 

11.ª Reflexão

 

No Evangelho de São Mateus 10, 22 diz: “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo”.

 

Deus quer que perseveremos até o fim! Para salvar a alma e agradar a Deus não basta perseverar um dia, uma semana, um mês, um ano… ou até próximo à morte… mas sim, é preciso perseverar até o fim, até na hora da morte.

Devemos enfrentar todas as dificuldades sem recuarmos… sem desânimo. Rezemos com fé, confiança e fervor para que o Senhor nos fortaleça e nos dê a perseverança.

Aquele que se apoia na oração contínua não deixa de perseverar; mas sim, enfrenta todos os obstáculos sem tremer… sem retroceder… caminha até o fim.

Com a oração toda dificuldade desaparece, toda tentação se dissolve, a nossa fraqueza triunfa. Antes que Santa Águeda fosse martirizada, o carrasco quis tentar todas as seduções para induzi-la ao pecado; mas toda a sua arte resultou inútil, porque a santa rezava com perseverança e confiança em Deus. O carrasco disse: Seria mais fácil amolecer as rochas e o diamante, converter o ferro em chumbo, do que mudar a alma de Águeda e desviá-la do amor de Jesus Cristo e do seu propósito da castidade.

O religioso firme em seus propósitos é uma luz para a comunidade. O religioso vacilante… que se vende… que caminha sobre o muro… é uma desgraça para a comunidade… é seguidor de Judas Iscariotes.

Existem sacerdotes e freiras que são “folhas” levadas pelo vento… são marionetes nas mãos do demônio.

 

 

12.ª Reflexão

 

No Evangelho de São Mateus 10, 22 diz: “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo”.

 

A verdadeira perseverança consiste em viver na presença de Deus… realizar somente o que agrada ao Senhor, aproveitar cada minuto para crescer na vida espiritual… isto é, viver santamente. Um sacerdote ou uma freira que vivem de braços cruzados na vida religiosa, acomodados sem nada fazer… será que estão perseverando na vocação?

O religioso que não luta todos os dias para santificar-se não pode dizer que está perseverando na vocação; mas sim, está empurrando a vida… está deixando o tempo passar sem se preocupar com a Vida Eterna. A Igreja Católica possui milhares desses consagrados.

Como já foi mencionado, a verdadeira perseverança consiste em realizar todas as ações para a glória de Deus e com perfeição… com reta intenção. Muitos religiosos morrem nos conventos e não perseveraram, porque viveram longe de Deus.

 

 

13.ª Reflexão

 

No Evangelho de São Mateus 10, 22 diz: “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo”.

 

Os Filhos e Filhas da Paixão do Senhor devem pedir todos os dias a Deus a graça da perseverança final. Aquele que não pede a perseverança final não se salvará. Sabemos que muitas pessoas começam bem, mas desistem na metade do caminho. Isso é muito perigoso! “Tratando-se particularmente da graça da perseverança final, isto é, de morrer na amizade de Deus, o que é absolutamente necessário para a nossa salvação, do contrário estaremos para sempre perdidos, esta graça Deus não a dá senão a quem pede. Este é um dos motivos porque muitos não se salvam, pois são poucos os que cuidam de pedir a Deus a graça da perseverança final” (Santo Afonso Maria de Ligório).

O bispo Dom João Palafox escreveu: “Como podemos conservar a caridade, se Deus não nos dá a perseverança? Como o Senhor nos dará a perseverança, se não a pedimos? Como a pediremos sem oração? Sem oração não existe comunicação com Deus para se manter a vida cristã”.

As palavras de Santo Afonso Maria de Ligório são seríssimas e devem sacudir o nosso coração: “Este é um dos motivos porque muitos não se salvam, pois são poucos os que cuidam de pedir a Deus a graça da perseverança final”.

A Virgem Maria perseverou no seu sim… peçamos a ela que nos ajude a perseverarmos até o fim… que nos conceda a perseverança final.

 

 

14.ª Reflexão

 

No Evangelho de São Mateus 10, 22 diz: “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo”.

 

Milhares de sacerdotes e freiras abandonam a vocação religiosa pensando: É tudo muito simples!  Não param para pensar nas consequências de tamanha e monstruosa desgraça. Deus cobrará de cada um essa ingratidão, frieza e indiferença: “Àqueles a quem muito se deu, muito será pedido, e a quem muito se houver confiado, mais será reclamado” (Lc 12, 48). Infelizmente, muitas pessoas entram na vida religiosa somente para sugarem da Igreja… para estudarem… e, depois, pulam fora do barco… mas morrem “afogadas” na própria desgraça.

Santo Afonso Maria de Ligório escreve: Certo jovem perdeu a vocação religiosa por instigação de seu pai. Mais tarde teve com o próprio pai grandes brigas, chegando a matá-lo com suas próprias mãos. Finalmente, foi justiçado. Um outro, que frequentava o seminário, sentiu-se chamado por Deus a deixar o mundo. Surdo a esse chamado, primeiro deixou a vida piedosa que levava, a oração e a comunhão. Depois entregou-se aos vícios. Finalmente, numa noite, ao sair da casa de uma mulher, foi morto por seu rival. Veio o sacerdote, mas já o encontrou morto. Quantos exemplos semelhantes a este eu poderia apresentar aqui!

Se eles tivessem perseverado na vocação não teria acontecido tamanha desgraça na vida deles. Quem deixa de perseverar na vocação sofrerá grande derrota!

 

 

15.ª Reflexão

 

No Evangelho de São Mateus 10, 22 diz: “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo”.

 

O que devemos fazer para perseverarmos até o fim na vocação?

1.º Oração fervorosa. Sem oração é impossível alguém perseverar na vocação.

2.º Confissão frequente. Feliz do religioso que se aproxima semanalmente da Confissão.

3.º Comunhão frequente. O Santíssimo Corpo do Salvador nos fortalece contra o desânimo e todas as provações.

4.º Meditação diária… principalmente sobre a perseverança.

5.º Pensar com frequência na felicidade do céu e no sofrimento do inferno.

6.º Leitura espiritual. Ler a Sagrada Escritura, Documentos Pontifícios, Dogmática, Vidas e Escritos dos santos.

7.º Evitar a ociosidade.

8.º Fugir das amizades perigosas.

9.º Fazer penitência.

10.º Fazer momentos de silêncio durante o dia.

11.º Viver sob a proteção de Maria Santíssima.

12.º Ler e meditar a Paixão de Jesus Cristo no Evangelho.

13.º Pensar com frequência no Sangue que Jesus derramou no Getsêmani, na flagelação, na coroação de espinhos, no caminho do Calvário e na cruz por nosso amor.

 

 

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

27 de maio de 2020

 

Voltar ao topo

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP(C).

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP(C). “Os Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima devem perseverar até o fim, principalmente nas provações, dificuldades e adversidades

www.filhosdapaixao.org.br/escritos/colecoes/reflexoes/017_reflexoes_junho_2020.htm