RESSUSCITOU DOS MORTOS
(1 Cor 15, 20)
“Mas não! Cristo
ressuscitou dos mortos, primícias dos que adormeceram”.
1.ª mensagem: Nosso Senhor triunfou
sobre a morte. |
Jesus Cristo foi obediente ao Pai até a morte
na cruz; era justo que o Pai o exaltasse e lhe desse um nome
acima de todos os nomes. Jesus fez o sacrifício da morte,
como todo o homem deve fazer. Prova mais clara da sua
humanidade não podia ser dada. Para que a fé na sua
divindade fosse ainda mais profunda e posta fora de qualquer
dúvida, preciso era que Nosso Senhor Jesus Cristo se
apresentasse ainda como triunfador sobre a morte.
Quem quiser vencer a morte, isto é,
ressuscitar para a Vida Eterna no Juízo Final, deve
imitar a Jesus Cristo obedecendo ao Pai Eterno durante essa
vida passageira: “A
ressurreição espiritual que todo cristão deve em si operar é
o princípio da gloriosa ressurreição dos nossos corpos”
(Pe. João Colombo).
2.ª mensagem: O homem não pode vencer a
Deus. |
Recordavam-se muito bem os sacerdotes e
fariseus da palavra que Jesus tinha dito, prometendo
ressuscitar no terceiro dia. Foram a Pilatos, exigindo que
lhes fornecesse uma guarda de soldados para o sepulcro e que
lacrasse a pedra do mesmo. Mas contra Deus nenhuma
providência humana prevalece:
“Aquele que reside nos céus, riu-se
deles”
(Sl 2, 4). Em plena madrugada
do domingo houve um grande estremecimento da terra.
O Anjo do Senhor desceu do céu e chegando, revolveu a
pedra e sentou-se sobre ela. E o seu rosto brilhava como um
relâmpago e o vestido como a neve; e de medo assombraram-se
os guardas e ficaram como mortos (Mt 28, 2-4).
Jesus Cristo havia ressuscitado!
Por mais que o homem seja atrevido,
rebelde e revoltado, jamais conseguirá vencer
a Deus. Contra o Criador nenhuma “armação”
humana prevalecerá... Ele está acima de todos:
“Porque o Senhor é um Deus grande, o
grande rei sobre todos os deuses; ele tem nas mãos as
profundezas da terra, e dele são os cumes das montanhas; é
dele o mar, pois foi ele quem o fez, e a terra firme, que
plasmaram suas mãos”
(Sl 95, 3-5).
3.ª mensagem: Troféus da vitória. |
Jesus Cristo ressuscitou em virtude da
divindade, que depois da separação da alma e do corpo não se
lhe afastará, nem da alma, que tinha abandonado o corpo, nem
do corpo, que não estava unido à alma. A ressurreição do
corpo foi perfeita, sem diminuição alguma, foi gloriosa e
duradoura. As próprias cicatrizes que Jesus quis
conservar no corpo, como troféus da vitória, longe de lhe
comprometerem a beleza e integridade, antes contribuíram
para lhe dar mais realce e fulgor.
Quem segue a Jesus Cristo percorrendo o
caminho estreito, renunciando o mundo e carregando as
cruzes de cada dia, ressuscitará no dia do
Juízo Final com os troféus da vitória em seu corpo...
isto é, as “marcas” de uma vida de sacrifício,
renúncia e mortificação:
“Pensas escapar àquilo que nenhum mortal pôde evitar? Que
santos existiu, no mundo, sem a cruz e a tribulação? Nem
Jesus Cristo nosso Senhor esteve uma só hora, enquanto
viveu, sem as dores de sua paixão” (Tomás
de Kempis).
4.ª mensagem: Jesus Cristo quer
converter o mundo pela fé e não pela evidência. |
“A fé é uma posse
antecipada do que se espera, um meio de demonstrar as
realidades que não se veem” (Hb 11, 1).
Jesus poderia ter-se manifestado em sua gloriosa
ressurreição à cidade inteira de Jerusalém, à Palestina
toda, ao mundo todo; mas, como quer converter o mundo
pela fé e não pela evidência (que é visível para
todos... claro), apresenta-se visivelmente
“não ao povo todo,
mas a algumas testemunhas escolhidas por Deus”
(At 10, 41). O testemunho destes
poucos que o viram, tem tanto vigor, que a verdade da
ressurreição de Jesus Cristo, no dia de Pentecostes pôde ser
pregada pública e repentinamente, sem que pessoa alguma
daquela multidão imensa tivesse tido coragem de contestá-la.
Três mil pessoas converteram-se naquele dia à religião de
Jesus Cristo.
Nem então, nem depois, os inimigos de Cristo,
que odiavam da mesma maneira o Mestre e os discípulos,
jamais ousaram apostrofá-los como visionários e embusteiros,
quando pregavam a ressurreição de Jesus. O fato da
ressurreição era tão claro, tão inegável, que se possível
fosse contestá-lo, não se teriam limitado a impor aos
Apóstolos apenas o silêncio.
5.ª mensagem: A ressurreição de Jesus é
modelo para as nossas almas. |
A ressurreição de Jesus é ainda causa e
modelo da ressurreição das nossas almas, mortas pelo pecado:
“Não sabeis que nós, que fomos
batizados em Jesus Cristo, fomos batizados na sua morte?
Porque fomos sepultados com ele, para morrer ao pecado pelo
batismo; para que como Cristo ressurgiu dos mortos para
glória do Pai, assim também nós andemos em novidade de vida”
(Rm 6, 3-4).
O cristão deve viver uma vida nova,
se é que a passagem da vida de pecado à vida da graça está
em proporção com a passagem da vida mortal de Cristo à vida
imortal:
“Sabendo que Cristo, uma vez ressuscitado dentre os mortos,
já não morre, a morte não tem mais domínio sobre ele.
Porque, morrendo, ele morreu para o pecado uma vez por
todas; vivendo, ele vive para Deus. Assim também vós
considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus em
Cristo Jesus. Portanto, que o pecado não impere mais em
vosso corpo mortal, sujeitando-vos às suas paixões; nem
entregueis vossos membros, como armas de injustiça, ao
pecado; pelo contrário, oferecei-vos a Deus como vivos
provindos dos mortos e oferecei vossos membros como armas de
justiça a serviço de Deus” (Rm 6, 9-13).
OBS: Essa pregação não está concluída;
assim que “surgirem” novas mensagens as acrescentaremos.
Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)
Anápolis, 27 de maio de 2017
Bibliografia
Sagrada Escritura
G. Bertetti, Euntes... Praedicate!
Pe. João Colombo, Pensamentos sobre os
Evangelhos e sobre as festas do Senhor e dos Santos
Tomás de Kempis, Imitação de Cristo
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