Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

13 – Cruz: salvação eterna

 

 

… e chegou ao chamado ‘Lugar da Caveira’ – em hebraico chamado Gólgota – onde o crucificaram… (Jo 19, 17-18).

O Senhor e Deus da nossa vida foi crucificado. As mãos e os pés que só fizeram o bem foram transpassados por grandes e grossos pregos.

O doce e adorável Jesus nos ensina a verdadeira lição do amor; o amor não consiste em palavras, mas na entrega total de si mesmo sem reserva.

Se o inocente Cordeiro, que nunca cometera nenhuma falta e que só fizera o bem, foi pregado na cruz… nós, pobres pecadores, não podemos levar vida cômoda nem buscar o mais fácil. Se amamos verdadeiramente a Nosso Senhor e desejamos ser totalmente d’Ele, devemos viver crucificados com Ele no Calvário não buscando outra coisa fora da cruz.

Sentimos uma dor imensa no coração e nossa alma geme de dor ao pensarmos nas marteladas que cravaram as mãos e pés de nosso Amado Senhor no duro madeiro.

Ficamos abismados diante da mansidão do amado Cordeiro e gostaríamos imensamente de sermos crucificados com Ele.

Apesar das nossas fraquezas, queremos viver sempre crucificados com Jesus. Pisaremos todo comodismo e vida fácil… fugiremos de todos os aplausos e bajulações, caminharemos abraçados à cruz e jamais nos apartaremos dela.

Sabemos que o mundo é enganador e que lança convite para uma vida sem cruz. Ficaremos sempre surdos aos seus convites; porque, quanto mais a cruz pesar em nossos ombros mais sentimos paz: Ó cruz santa, deixe que eu te abrace! Longe de ti jamais encontro paz (Santa Gema Galgani).

Os mundanos vivem angustiados e revoltados… com certeza falta-lhes paz no coração. Eles buscam furiosamente o caminho largo e sentem nojo do caminho da cruz. Agindo assim, se distanciam cada dia mais do caminho do céu, porque sem cruz não há salvação: Não se pode salvar sem sofrer, querer amar a Deus sem sofrer é ilusão (Santa Margarida Maria Alacoque).

Os mundanos fogem da cruz porque não acreditam na vida eterna… a “felicidade” deles consiste em servir o mundo, cujo deus do mesmo é Satanás: “Para os incrédulos, dos quais o deus deste mundo obscureceu a inteligência” (2 Cor 4, 4).

Causa pena encontrar milhares de pessoas batizadas na Santa Igreja Católica Apostólica Romana e que depois de adultas se tornaram inimigas da cruz de Cristo… trazem a cruz na testa, mas vivem totalmente fora do caminho estreito.

É preciso gritar forte para todos ouvirem que a cruz é a chave do céu… a escada que nos leva até o céu… e quem foge da mesma foge de um grande bem e morrerá desgraçadamente.

A cruz vale mais do que todo o ouro do mundo… ela é a riqueza verdadeira, incomparável com qualquer outra riqueza terrena. Aquele que ama a cruz sabe o seu valor; e o que a despreza é grande ignorante: Se se conhecesse o valor da cruz, não seria tão evitada e rejeitada (Santa Margarida Maria Alacoque).

Ilude-se aquele que tenta encontrar Cristo Jesus fora da cruz, esse cansará e jamais O encontrará; porque Jesus está sempre na cruz, isto é, no caminho da renúncia e da mortificação.

A vida de Nosso Senhor foi sempre de sacrifício… nunca buscou a comodidade. O mesmo disse que para segui-Lo seria necessário carregar a cruz todos os dias: Procuro-te e te encontro sempre sobre a cruz. Ó cruz santa, recebe-me junto a Jesus (Santa Gema Galgani).

O doce Jesus foi crucificado e suportou tudo com amor e paciência. Ele é o modelo que devemos seguir… é preciso olhar para a cruz com amor tendo-a como uma bênção.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP(C)

Anápolis, 18 de abril de 2003