A Virgem dolorosa permaneceu ao pé da cruz
no calvário... não fugiu. Aprendamos com ela a sermos fiéis a Nosso Senhor
principalmente nas horas difíceis.
No Stabat Mater rezamos:
“De pé a Mãe dolorosa, junto da cruz,
lacrimosa, via Jesus que pendia”. A Mãe dolorosa permaneceu de
pé junto da cruz; não se afastou nem fugiu do sofrimento.
Muitos católicos seguem a Jesus Cristo
enquanto tudo está bem, mas O abandonam na primeira provação que surge no
caminho... são infiéis seguidores de Cristo.
Quem segue verdadeiramente o Senhor não
foge quando a cruz pesa... mas segue o exemplo da Mãe lacrimosa imitando-a
na fidelidade.
Nossa Senhora das dores nos convida a
abraçar Jesus principalmente nas horas difíceis, porque é nessas horas que
mostramos o nosso verdadeiro amor e sincera fidelidade a Ele.
A Mãe sofredora mostra com o exemplo que
devemos seguir Jesus para o Tabor e também para o Calvário. Muitos
católicos covardes só querem subir o Tabor, mas quando se aproximam do
Calvário, fogem de Jesus Cristo: “Muitos
acompanham a Jesus até o partir o pão, raros até o beber do cálice de sua
paixão... Muitos amam a Jesus enquanto não lhes sobrevêm adversidades”
(Tomás de Kempis).
Os discípulos abandonaram a Jesus no Monte
das Oliveiras: “Então todos os discípulos,
abandonando-O, fugiram” (Mt 26,56).
No Calvário não compareceram... apenas São João Evangelista; mas a Mãe
amarguradíssima permanecia fiel ao pé da cruz.
O apóstolo Pedro negou-O:
“Não conheço o homem” (Mt
26,74), e o mesmo não compareceu no
Calvário; mas a Mãe desolada permanecia fiel ao lado a Jesus... sem temor
lá permanecia a Rainha dos Mártires não retrocedendo nem um passo.
A Virgem sofredora nos ensina que o caminho
de Jesus Cristo é o da cruz e que não há outro fora desse... nos ensina
também que devemos dizer com as palavras e com a vida:
“Fui crucificado junto com Cristo. Já não sou
eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim” (Gl 2,19-20).
A Virgem Maria, rocha da constância,
através do seu exemplo convida os fracos a recobrarem as forças e a
permanecerem como rochedos firmes, principalmente quando são açoitados
pelas tempestades. A nossa fidelidade a Cristo deve ser radical e sem
nenhum vacilo a exemplo da Mãe das angústias: “Em
todos, durante estes três dias da semana da Paixão, se via escurecida a
luz da fé, menos no coração da Virgem, que a guardou com toda a fidelidade”
(Santo Antonino).
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Anápolis-Go, 19 de dezembro de 1998
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