A Mãe órfã do Filho suportou todo o
sofrimento com paciência e não se desesperou diante do mar de sofrimento.
Essa querida Mãe, sofredora e órfã do Filho, é o modelo perfeito para
todas as mães, principalmente para aquelas que não suportam ver os filhos
sofrerem.
A Mãe sofredora contemplou o seu Filho
agonizando na cruz e permaneceu de pé; enquanto que muitas mães caem no
desespero e se revoltam contra Deus chegando a perderem a fé.
O exemplo da Mãe órfã do Filho é um bálsamo
que suaviza o coração daquela mãe que perdeu também o seu filho ou que se
encontra gravemente enfermo. Ela nos ensina que a vitória só é possível
com a paciência e nunca com o desespero... e que resmungar ao pé da cruz é
falta de fé e de confiança em Deus.
A Mãe gemente e aflita não perdeu a fé nem
desanimou com a morte do seu divino e querido Jesus; pelo contrário,
aceitou tudo com paciência e confiança.
Ela nos ensina que só é possível chegar à
santidade passando pelo sofrimento e que não existe ressurreição sem a
paixão. Ensina também que o verdadeiro amor só é provado pelo sofrimento e
que a salvação não consiste apenas em sofrer, mas em sofrer por amor a
Deus conformando com a sua santa vontade.
O coração da Virgem dolorosa é a escola
perfeita onde aprendemos a sofrer tudo com paciência, a nos conformarmos
com a santa vontade de Deus e a não desesperarmos diante de um
acontecimento triste.
Esse bendito coração é o barco das almas
vacilantes que precisam aprender a navegar pelo oceano dos sofrimentos sem
abandonar a embarcação; porque, aquele que pula desse barco é arrastado
pela correnteza do mundo e morre afogado... se afasta de Deus para sempre.
Ó Mãe dolorosa, queremos ser prisioneiros
do vosso boníssimo e amargurado coração! Somos pobres mendigos que buscam
abrigo no vosso amável coração e junto dele nos sentimos fortes e
protegidos.
Ajude-nos Senhora, porque somos pobres
pecadores! Não queremos mais ofendê-la! Por piedade, ó Mãe dolorosa,
ajude-nos a vencer todas as tentações e a detestarmos todos os pecados...
somente uma coisa nos interessa: pertencermos ao vosso coração doloroso.
Doce Mãe, queremos ser prisioneiros do
vosso coração doloroso. Não queremos outra ocupação senão a de desagravar
esse coração sofredor e amargurado.
Nada queremos com o lixo que o mundo
oferece; por isso, querida Mãe sofredora, fazei-nos prisioneiros do vosso
sofredor e boníssimo coração.
Ó Mãe dolorosa, somente no vosso coração
encontramos paz e consolo.
Ó Mãe sofredora, no vosso boníssimo coração
encontramos refúgio seguro e sincero.
Ó Mãe triste, quando mergulhamos nas vossas
dores sentimos a alma fortalecida e preparada para enfrentar todos os
combates.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Anápolis-GO,
27 de fevereiro de 1999
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