Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

29 – Mãe órfã do Filho, escola da constância

 

 

A Mãe órfã do Filho suportou todo o sofrimento com paciência e não se desesperou diante do mar de sofrimento. Essa querida Mãe, sofredora e órfã do Filho, é o modelo perfeito para todas as mães, principalmente para aquelas que não suportam ver os filhos sofrerem.

A Mãe sofredora contemplou o seu Filho agonizando na cruz e permaneceu de pé; enquanto que muitas mães caem no desespero e se revoltam contra Deus chegando a perderem a fé.

O exemplo da Mãe órfã do Filho é um bálsamo que suaviza o coração daquela mãe que perdeu também o seu filho ou que se encontra gravemente enfermo. Ela nos ensina que a vitória só é possível com a paciência e nunca com o desespero... e que resmungar ao pé da cruz é falta de fé e de confiança em Deus.

A Mãe gemente e aflita não perdeu a fé nem desanimou com a morte do seu divino e querido Jesus; pelo contrário, aceitou tudo com paciência e confiança.

Ela nos ensina que só é possível chegar à santidade passando pelo sofrimento e que não existe ressurreição sem a paixão. Ensina também que o verdadeiro amor só é provado pelo sofrimento e que a salvação não consiste apenas em sofrer, mas em sofrer por amor a Deus conformando com a sua santa vontade.

O coração da Virgem dolorosa é a escola perfeita onde aprendemos a sofrer tudo com paciência, a nos conformarmos com a santa vontade de Deus e a não desesperarmos diante de um acontecimento triste.

Esse bendito coração é o barco das almas vacilantes que precisam aprender a navegar pelo oceano dos sofrimentos sem abandonar a embarcação; porque, aquele que pula desse barco é arrastado pela correnteza do mundo e morre afogado... se afasta de Deus para sempre.

Ó Mãe dolorosa, queremos ser prisioneiros do vosso boníssimo e amargurado coração! Somos pobres mendigos que buscam abrigo no vosso amável coração e junto dele nos sentimos fortes e protegidos.

Ajude-nos Senhora, porque somos pobres pecadores! Não queremos mais ofendê-la! Por piedade, ó Mãe dolorosa, ajude-nos a vencer todas as tentações e a detestarmos todos os pecados... somente uma coisa nos interessa: pertencermos ao vosso coração doloroso.

Doce Mãe, queremos ser prisioneiros do vosso coração doloroso. Não queremos outra ocupação senão a de desagravar esse coração sofredor e amargurado.

Nada queremos com o lixo que o mundo oferece; por isso, querida Mãe sofredora, fazei-nos prisioneiros do vosso sofredor e boníssimo coração.

Ó Mãe dolorosa, somente no vosso coração encontramos paz e consolo.

Ó Mãe sofredora, no vosso boníssimo coração encontramos refúgio seguro e sincero.

Ó Mãe triste, quando mergulhamos nas vossas dores sentimos a alma fortalecida e preparada para enfrentar todos os combates.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

Anápolis-GO, 27 de fevereiro de 1999