Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

40 – Virgem sofredora, coragem para os fracos

 

 

Pasmaram as pessoas que então consideravam essa Mãe, diz Simeão Fidato de Cássia, por verem-na quedar-se silenciosa, sem uma queixa ou lamento, no meio de tamanha dor (Santo Afonso Maria de Ligório).

Ó Mãe dolorosa, o seu exemplo diante de tamanha dor enche o nosso coração de coragem; nada mais nos amedronta... aprendemos da Senhora a sofrer com paciência e perseverança.

Ó Maria, unidos a ti no Calvário, bebendo do seu amor e doçura, já não sentimos mais vontade de descer dele... um vazio imenso nos invade o coração só de pensar em voltar para a planície e de estar com as criaturas.

Por que, querida Senhora, deveríamos buscar apoio nas criaturas pecadoras que não suportam o mínimo de sofrimento? Seria uma grande perda de tempo e imensa frustração.

No Calvário, unidos a ti e mergulhados nas vossas dores, sentimos o calor do seu amor e dele não queremos mais nos afastar. Sentimo-nos felizes, porque esse amor sai do coração de uma mãe apaixonada pelos seus filhos.

Ó doce Mãe, tu és a grande missionária do Calvário; naquele bendito monte a Senhora não pregou com palavras, mas sim, com o exemplo.

Contemplando o querido Filho na cruz, com certeza o vosso Imaculado Coração estava inundado pela dor, mas o seu silêncio e a conformidade com a vontade do Pai gritaram mais alto... esse grito permanecerá para sempre.

A Senhora não buscou apoio nas criaturas; para consolar seu coração bastava a presença do seu Amado Jesus que, mesmo estando crucificado, era o seu maior consolo.

Ó Maria Santíssima, Senhora do Calvário, ensina-nos a contemplar Cristo crucificado nas horas das grandes e pequenas tribulações. Que jamais deixemos de olhar para esse Senhor que nos fortalece.

Mãe das dores, cubra-nos com o seu manto sagrado e prenda-nos nos laços do vosso puríssimo amor, para que jamais corramos atrás do consolo das criaturas falsas e interesseiras.

Querida Senhora, queremos estar sempre unidos a ti no Calvário contemplando o doce Jesus.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

Anápolis, 31 de janeiro de 2004