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      “Pasmaram as pessoas que então consideravam essa Mãe, diz Simeão 
      Fidato de Cássia, por verem-na quedar-se silenciosa, sem uma queixa ou 
      lamento, no meio de tamanha dor”
      (Santo Afonso Maria de Ligório). 
      
      Ó Mãe dolorosa, o seu exemplo diante de 
      tamanha dor enche o nosso coração de coragem; nada mais nos amedronta... 
      aprendemos da Senhora a sofrer com paciência e perseverança. 
      
      Ó Maria, unidos a ti no Calvário, bebendo 
      do seu amor e doçura, já não sentimos mais vontade de descer dele... um 
      vazio imenso nos invade o coração só de pensar em voltar para a planície e 
      de estar com as criaturas. 
      
      Por que, querida Senhora, deveríamos buscar 
      apoio nas criaturas pecadoras que não suportam o mínimo de sofrimento? 
      Seria uma grande perda de tempo e imensa frustração. 
      
      No Calvário, unidos a ti e mergulhados nas 
      vossas dores, sentimos o calor do seu amor e dele não queremos mais nos 
      afastar. Sentimo-nos felizes, porque esse amor sai do coração de uma mãe 
      apaixonada pelos seus filhos. 
      
      Ó doce Mãe, tu és a grande missionária do 
      Calvário; naquele bendito monte a Senhora não pregou com palavras, mas 
      sim, com o exemplo.  
      
      Contemplando o querido Filho na cruz, com 
      certeza o vosso Imaculado Coração estava inundado pela dor, mas o seu 
      silêncio e a conformidade com a vontade do Pai gritaram mais alto... esse 
      grito permanecerá para sempre. 
      
      A Senhora não buscou apoio nas criaturas; 
      para consolar seu coração bastava a presença do seu Amado Jesus que, mesmo 
      estando crucificado, era o seu maior consolo. 
      
      Ó Maria Santíssima, Senhora do Calvário, 
      ensina-nos a contemplar Cristo crucificado nas horas das grandes e 
      pequenas tribulações. Que jamais deixemos de olhar para esse Senhor que 
      nos fortalece. 
      
      Mãe das dores, cubra-nos com o seu manto 
      sagrado e prenda-nos nos laços do vosso puríssimo amor, para que jamais 
      corramos atrás do consolo das criaturas falsas e interesseiras. 
      
      Querida Senhora, queremos estar sempre 
      unidos a ti no Calvário contemplando o doce Jesus. 
      
        
      
      Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
      
      Anápolis, 31 
      de janeiro de 2004 
        
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