A Bendita e Santa Paixão de Jesus Cristo nos ensina a carregarmos a cruz sem reclamar, porque Ele nos deu esse grande exemplo:
“E ele saiu, carregando a sua cruz”
(Jo 19, 17).
A Paixão de Jesus nos ensina também que o sofrimento vale mais do que todas as riquezas da terra, principalmente quando é suportado com amor e alegria:
“Sofrer de nada vale, se não for por amor a Deus”
(Santo Tomás de Aquino), e:
“Deus ama a quem dá com alegria”
(2 Cor 9, 7).
A Sagrada Paixão de Jesus nos ensina ainda a sofrermos em silêncio, a carregarmos a nossa cruz sem reclamar, a sofrermos sem murmurar e a não maldizer os perseguidores:
“Quando injuriado, não revidava; ao sofrer, não ameaçava”
(1 Pd 2, 23).
Só vive realmente a Paixão de Jesus quem sofre sem desanimar, quem carrega a cruz com paciência e amor, quem vê n’Ela a salvação e não a condenação e quem a beija como se beija uma grande graça.
A Paixão de Jesus nos convida a carregarmos a cruz com generosidade e disponibilidade, a não questionarmos se vale ou não a pena sofrermos por amor a Deus e as almas. Ela nos ensina a abraçarmos a cruz imediatamente e não ficarmos adiando para amanhã aquilo que podemos sofrer hoje.
A Paixão de Jesus nos convida a procurarmos a cruz com ansiedade e fé, com a mesma ânsia que o garimpeiro procura o ouro no fundo de um rio.
Aquele que vive a Paixão de Jesus não fica acomodado à beira do caminho adiando o sacrifício de carregar a cruz; mas a exemplo de Jesus Cristo a carrega, porque essa é a condição exigida pelo Mestre para quem O quiser seguir:
“Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”
(Mt 16,24).
Pe. Divino Antônio Lopes FP(C)
Anápolis – Go, 14 de novembro de 1998
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