“Jesus foi ao… Getsêmani”
(Mt
26, 36).
Jesus Cristo, o Manso Cordeiro, não foi para o centro barulhento e
movimentado de Jerusalém, cidade ingrata. O Senhor, Deus Forte, não se
escondeu no meio da multidão; mas sim, foi para um lugar calmo e
silencioso… onde os pássaros dormiam e as árvores farfalhavam
calmamente. O Senhor foi para o Getsêmani para esperar os perseguidores.
É
no silêncio que tomamos o caminho certo… que escolhemos corretamente a
via da vitória. Quem vive no barulho e na agitação, dificilmente
encontra o caminho seguro.
Diante das iminentes provações da vida, é preciso buscar com frequência
o silêncio para fortalecer a alma e saber tomar a decisão correta.
O
agitado e o barulhento estão sempre desprevenidos e são pegos de
surpresa: “O silêncio nos é necessário para
que planejemos a ação” (Pe.
Gaston Gourtois).
Aquele que vive no barulho e na agitação nunca está preparado… está
sempre desprevenido: “Não há progresso, nem
mesmo coragem, sem reflexão e silêncio” (René Bazin),
e: “O barulho dispersa, espalha e esbanja. O
silêncio recolhe, recupera e condensa. Aquele que não sabe colocar na
vida momentos de silêncio, não tarda em viver na superfície da alma”
(Pe.
Gaston Gourtois).
Nosso Senhor quis ser preso num lugar silencioso, longe de tudo e de
todos… não quis oferecer um “espetáculo” para os curiosos.
Aprendamos de Nosso Senhor a sofrer em silêncio… a vivermos escondidos
no seu Santíssimo Coração, oceano de silêncio.
Quem quiser seguir a Cristo Jesus deve imitá-lo no silêncio… sofrer em
silêncio… se preparar no silêncio para suportar as dificuldades.
O
silêncio fortalece a nossa alma para o combate. Quem busca o barulho é
derrotado antes de iniciar a batalha.
Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)
Anápolis, 17 de agosto de 2017
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