“E ele saiu, carregando a sua cruz…”
(Jo
19, 17).
O
Manso Cordeiro contemplou a cruz… nenhuma reclamação, revolta e
rebeldia! Olhou para o pesado madeiro e não o recusou… não fugiu!
Dos lábios do Senhor não saiu nenhuma palavra de reprovação. Ele ama as
almas imortais… ama também a cruz… quem ama, não recusa a cruz.
O
Senhor contemplou a cruz e inclinou a cabeça diante da vontade do Pai…
quem faz a vontade do Pai não erra… é o caminho mais curto para o céu.
Nosso Senhor não assustou com o tamanho do madeiro… quem ama possui um
coração generoso.
Sigamos o exemplo de Jesus Cristo abraçando as cruzes de cada dia. Quem
vive na presença de Deus não foge das dificuldades, provações e
obstáculos.
O
Senhor contemplou a cruz… aceitou que a colocasse em seus ombros… e
saiu. Ele não ficou parado com a cruz às costas, mas saiu.
Infeliz da pessoa que se desespera com o peso da cruz… que fica
estacionada diante dos obstáculos… que não faz progresso nas horas
difíceis. Essa não se salvará… para entrar no céu é preciso aceitar por
amor a Deus as cruzes de cada dia.
Jesus Cristo saiu… nós também devemos sair, isto é, suportar e carregar
as cruzes de cada dia.
O
Salvador não jogou a cruz no chão… não pisou sobre ela… não a abandonou…
mas saiu com ela em direção ao Calvário.
Não existe caminho para o céu longe da cruz; se existisse, Nosso Senhor
teria indicado. Quem briga com a cruz será “esmagado” por ela.
O
Servo Sofredor saiu para o Calvário carregando a pesada cruz… o Senhor
não arrastou a cruz, mas a carregou: “A cruz
que arrastamos torna-se mais pesada que a cruz que carregamos”
(Santa Teresa de Jesus).
Aquele que carrega a cruz com paciência, alegria e por amor a Deus…
caminha para o céu. Quem sofre revoltado e reclamando, não pode agradar
a Deus… e caminha para o inferno: “Quem
carrega a cruz com paciência, salva-se; quem a carrega com impaciência,
perde-se” (Santo Agostinho).
Para entrar no céu é preciso contemplar a cruz… sair, isto é, não ficar
estacionado no lugar com preguiça e comodismo… e carregá-la por amor a
Deus. Não basta carregar a cruz: “Sofrer de
nada vale se não for por amor a Deus” (Santo Tomás de Aquino).
Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)
Anápolis, 01 de setembro de 2017
|