“É aquele que eu beijar…”
(Mt
26, 48).
O
beijo de Judas Iscariotes não foi por amor… respeito e gratidão; mas
sim, foi um beijo de traição… cheio de ódio e revolta.
Aquela boca que pregou o Evangelho e deu bons conselhos, agora beija o
Senhor para traí-lo.
Judas agiu com falsidade e duplicidade; foi chamado para seguir a
verdade, mas preferiu o caminho das trevas. O Senhor chama, não obriga!
Vemos que nem sempre aqueles que seguem Jesus são bons, muitas vezes se
tornam como Judas, os piores traidores.
Por que Judas beijou o Senhor? “Como era
noite, seria necessário um sinal para que não houvesse engano, pois
alguns não o conheciam, um beijo foi o modo que Judas encontrou. Com um
beijo no rosto, a saudação habitual entre amigos; sinalizaria para
capturarem Jesus”
(Pe. Luis De La Palma).
Os
lábios da falsidade tocou a Face da verdade! Essa atitude perversa de
Judas fez o Senhor sofrer muito: “Jesus
sentiu mais esta falsidade de Judas do que todos os demais ultrajes da
Sagrada Paixão”
(São Leão Magno).
A
Face do Deus Eterno foi tocada pelos lábios da criatura dúbia e ingrata.
O
ódio nada esquece… principalmente o ódio de Judas. Era um homem
revoltado, invejoso e cheio de ódio para com Jesus Cristo.
Judas lembrou-se que Jesus tinha escapado aos que o tentaram apedrejar e
aos que o queriam coroar como rei.
É
monstruoso o atrevimento de Judas Iscariotes! O pecador que se aproxima
e beija a Face do Santo dos Santos! As trevas mostram para os pecadores
quem é a Luz! A inveja beija a caridade!
Judas, o traidor, não quis que outra pessoa beijasse a Face do Salvador…
o seu ódio contra Cristo era enorme: “É
aquele que eu beijar”
(Mt
26, 48).
Quem odeia usa todos os meios para “esmagar” o coração odiado.
Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)
Anápolis, 14 de setembro de 2017
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