Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

70 - A Paixão de Jesus nos ensina a perdoar os inimigos atrevidos

 

 

“É aquele que eu beijar…” (Mt 26, 48).

 

O beijo de Judas Iscariotes não foi por amor… respeito e gratidão; mas sim, foi um beijo de traição… cheio de ódio e revolta.

Aquela boca que pregou o Evangelho e deu bons conselhos, agora beija o Senhor para traí-lo.

Judas agiu com falsidade e duplicidade; foi chamado para seguir a verdade, mas preferiu o caminho das trevas. O Senhor chama, não obriga!

Vemos que nem sempre aqueles que seguem Jesus são bons, muitas vezes se tornam como Judas, os piores traidores.

Por que Judas beijou o Senhor? “Como era noite, seria necessário um sinal para que não houvesse engano, pois alguns não o conheciam, um beijo foi o modo que Judas encontrou. Com um beijo no rosto, a saudação habitual entre amigos; sinalizaria para capturarem Jesus” (Pe. Luis De La Palma).

Os lábios da falsidade tocou a Face da verdade! Essa atitude perversa de Judas fez o Senhor sofrer muito: “Jesus sentiu mais esta falsidade de Judas do que todos os demais ultrajes da Sagrada Paixão” (São Leão Magno).

A Face do Deus Eterno foi tocada pelos lábios da criatura dúbia e ingrata.

O ódio nada esquece… principalmente o ódio de Judas. Era um homem revoltado, invejoso e cheio de ódio para com Jesus Cristo.

Judas lembrou-se que Jesus tinha escapado aos que o tentaram apedrejar e aos que o queriam coroar como rei.

É monstruoso o atrevimento de Judas Iscariotes! O pecador que se aproxima e beija a Face do Santo dos Santos! As trevas mostram para os pecadores quem é a Luz! A inveja beija a caridade!

Judas, o traidor, não quis que outra pessoa beijasse a Face do Salvador… o seu ódio contra Cristo era enorme: “É aquele que eu beijar” (Mt 26, 48). Quem odeia usa todos os meios para “esmagar” o coração odiado.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

Anápolis, 14 de setembro de 2017