Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

Bailando com o Diábo

 

 

Uma jovem francesa, que freqüentava as salas de baile, atraída pela fama de São João Maria Vianney, resolveu procurá-lo para se confessar.

Vejamos como ela narrou o seu colóquio com o Santo.

— Lembras-te (disse ele) da última vez que foste ao baile?... Estava lá um moço que te parecia bonito, e te causou sentimentos de ciúme e de inveja, porque bailava somente com as outras e não se dignava dirigir-te um olhar sequer?...

— É verdade. Lembro-me, sim.

— Lembras-te que, em dado momento, ele retirou-se da sala, deixando-te desiludida, por não se ter dignado dançar contigo nenhuma vez?...

— Sim.

— E notaste, então, um pequeno fenômeno: duas como chamas entre as solas dos sapatos dele e o pavimento da sala, quando se retirou... E não fizeste caso, atribuindo aquilo a uma ilusão ótica do contraste entre as luzes e a obscuridade da porta de saída... lembras-te disso?

— Sim; lembro-me.

— Pois bem. Aquele que te parecia um rapaz encantador... que te causou tantos ciúmes... tanta inveja... tanto despeito... Quem era?

— ........

— Aquele era o diabo. Dançou com aquelas que já lhe pertencem, com aquelas que não têm o menor escrúpulo da impureza... Contigo não quis dançar, porque ainda eras pura, e sabia que virias te confessar...

Ficou a jovem impressionadíssima com aquelas revelações do Santo, e prometeu que nunca mais iria a um baile.

E tu, jovem leitora, não achas que contigo poderia acontecer o mesmo?

 

 

 

Levanta-te e vem comigo

 

 

Uma jovem, embora tivesse aprendido a amar a Virgem Santíssima, sentia-se contudo muito inclinada a bailes e passeios. Sua mãe, condescendente, proporcionava-lhe para isso os vestidos mais ricos e vistosos.

Um domingo, muito cansada de dançar, sentou-se a jovem debaixo de uma árvore do jardim para descansar. Ali, apareceu-lhe o diabo e disse-lhe:

— Levanta-te e vem comigo!

— Quem és?

— Sou o diabo, a quem com tuas desonestidades serves tão bem, dando-me muitas almas. Agora é a tua vez; vem comigo!

Quando o diabo quis agarrá-la, ela gritou por socorro, invocando a Nossa Senhora e rezou uma Ave-Maria.

— Sem essa oração — disse-lhe o demônio — por justo juízo de Deus estarias morta e eu te levaria para o inferno.

Aquela jovem nunca mais quis saber de bailes e tornou-se dali em diante fervorosa filha de Maria, a Virgem Imaculada.

Este fato nós o lemos num autor digno de fé, que, por prudência, não menciona o nome da jovem nem o da cidade, onde isso se deu. Sirva de escarmento!