Dia 27, conforme o programa da Semana Santa: "Fizemos às 19:00 h. a procissão do encontro... participaram 1200 pessoas" (Livro de Tombo, fl. 22).

No dia 28: "Celebrei a Missa para 1300 pessoas (Lava-pés)" (Livro de Tombo, fl. 22).

No dia 29: "Celebração da Paixão de Nosso Senhor às 15:00 h., participaram 350 pessoas... Via-sacra pelas ruas da cidade, participaram 300 pessoas... Procissão do Senhor morto às 20:00 h., participaram 3200 pessoas" (Livro de Tombo, fl. 22).

No dia 30: "Fizemos às 05:30 h. a procissão de Nossa Senhora das Dores, participaram 450 pessoas. À noite, foi celebrada a Vigília Pascal das 22:00 h. à meia-noite, participaram 700 pessoas; logo após, fizemos a procissão da Ressurreição, participaram 650 pessoas" (Livro de Tombo, fl. 22).

A Cidade de Jaraguá e todo o município, era considerado o maior local de criminalidade do Estado de Goiás, chamado de "frigorífico humano"; o povo de fora, tinha pavor só de pensar em passar perto da cidade. No município, aconteciam os crimes mais bárbaros do Estado. Era raro o dia em que não acontecia um ou mais assassinatos. Diante de uma situação tão trágica, o nosso padre recorreu à oração e lançou a campanha dos 100.000 terços pela "Paz e Conversão de Jaraguá", e pediu aos fiéis de boa vontade que jejuassem a pão e água às sextas-feiras.

"Iniciamos no dia 1º de abril a campanha dos 100.000 Terços pela paz e conversão de Jaraguá" (Livro de Tombo, fl. 22).

Obs. "Do dia 1º até o dia 07, foram rezados 1230 Terços" (Livro de Tombo, fl. 23).

No dia 13: "Às 05:30 h. fizemos a procissão da penitência, a Missa foi campal na capela Santa Luzia, participaram 308 pessoas... Teve início o encontro de jovens às 13:30 h.... com a participação de 500 jovens" (Livro de Tombo, fl. 23).

Durante todo o mês, as Missas na Matriz, nas capelas da cidade e do interior, tiveram ótima participação.

No dia 01: "Fizemos a abertura da evangelização, com um retiro sobre a oração, das 08:00 às 16:00 h.; participaram 100 pessoas. À noite celebrei a Santa Missa para 1400 pessoas e fizemos a procissão com a participação de 1400 pessoas" (Livro de Tombo, fl. 25).

Durante o mês de maio, as Missas na Matriz, nas capelas da cidade e do interior, tiveram ótima participação, como por exemplo:

No dia 03: "Na Matriz participaram 226 pessoas" (Livro de Tombo, fl. 25).

No dia 04: "Fizemos a procissão da penitência, participaram 305 pessoas..." (Livro de Tombo, fl. 25).

No dia 07: "Celebrei a Missa para 341 pessoas, capela de Nossa Senhora Aparecida (novena e Missa), 133 pessoas" (Livro de Tombo, fl. 25).

No dia 10: "Matriz, 360 pessoas (início da novena de Pentecostes)" (Livro de Tombo, fl. 25).

No dia 11: "Procissão da penitência e Santa Missa... 285 pessoas. No mesmo dia fizemos um encontro com as crianças do Jardim Atlântico, das 09:00 às 12:00 h., participaram 80 crianças" (Livro de Tombo, fl. 25).

No dia 12: "Domingo, Matriz, 08:00 h., 845 pessoas, 227 comunhões; 09:30 h., 167 pessoas, 50 comunhões; 20:00 h. (novena de Pentecostes), 1235 pessoas, 224 comunhões" (Livro de Tombo, fl. 26).

Missas durante a novena de Pentecostes:

Dia 13 - 520 pessoas, procissão de Nossa Senhora de Fátima, 470 pessoas.

Dia 14 - 410 pessoas.

Dia 15 - 483 pessoas.

Dia 16 - 425 pessoas.

A parte espiritual da novena de Pentecostes corria tudo bem, com excelente participação do povo na Santa Missa, isto agradava muito ao nosso padre; mas a parte social estava mergulhada em bebidas alcoólicas, danças exóticas, brigas, escândalos e até assassinato, que segundo os "caóticos" e "catortos", essas aberrações faziam parte da tradição da novena. O nosso padre nunca olhou com bons olhos para a parte social de nenhuma festa religiosa, e sempre proibiu radicalmente bebidas alcoólicas, músicas profanas e outros costumes que não condizem com a doutrina da Igreja Católica.

A princípio, o nosso padre proibiu que fizessem barracas coladas à igreja, como acontecia há dezenas de anos. Houve grande tumulto, com bate-boca, ameaças, xingos e muitas farpas, mas o nosso padre permanecia cada vez mais firme; então os festeiros, contrariados e revoltados, fizeram as barracas em uma praça que dista cinco quarteirões da igreja Matriz; e não cansavam de gritar e esbravejar que o nosso padre não ficaria por muito tempo em Jaraguá.

O nosso Revmo. Pe. Divino Antônio Lopes tomou tal atitude, não baseado em suas próprias idéias, mas embasado nas seguintes citações:

● "Ele, então, disse-lhe: "Bem profetizou Isaias a respeito de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em vão me prestam culto; as doutrinas que ensinam são mandamentos humanos. Abandonais o mandamento de Deus, apegando-vos à tradição dos homens". E dizia-lhes: "Sabeis muito bem desprezar o mandamento de Deus para observar a vossa tradição" (Mc 7, 6-9).

● "Que maneira é esta? Com a superabundância do beber e do comer quereis honrar quem viveu na solidão e na modéstia evangélica? Vós amais a festa do santo, mas não o santo" (São Jerônimo, Ad. Eust.).

● "É falsa piedade honrar os santos e descurar segui-los na santidade" (Santo Eusébio, In homilia).

● "Não queremos esmagar nossos irmãos, mas apenas defender a Igreja contra o opróbrio. Sim, porque os pagãos e judeus riem de nós quando não nos importamos com os pecados, e ao contrário nos elogiam e admiram a Igreja ao verem e respeitarem nossa disciplina" (São João Crisóstomo, Sermão "Contra os Espetáculos", PG. 56, 264-270).

● "Ao mesmo tempo a Igreja, enviada a todos os povos de qualquer época e região, não está ligada de maneira exclusiva e indissolúvel a nenhuma raça ou nação, a nenhuma forma particular de costumes e a nenhum habito antigo ou recente. Fiel à própria tradição e simultaneamente consciente de sua missão universal, ela pode entrar em comunhão com as diversas formas de cultura, donde resultará um enriquecimento tanto para a Igreja como para as diferentes culturas" (Gaudium et Spes, 58).

O nosso padre nunca conseguiu enxergar nesta "tradição caduca", e com razão, nenhuma forma de cultura; nem um enriquecimento espiritual para a Igreja, em prostituição, bebedeiras, assassinatos, músicas exóticas, etc., que é o fruto podre que esta "tradição caduca" oferece.

● "Para constituir um elemento eficaz de evangelização, a piedade popular precisa duma constante purificação e clarificação, e levar, não só à pertença à Igreja, mas também à vivência cristã e ao compromisso com os irmãos" (Puebla, 937).

Muitos outros padres zelosos e apaixonados pelas almas, que trabalharam em Jaraguá, sofreram imensamente devido a essa "tradição caduca", promovida pelos "caóticos" e "catortos". Veja em seguida o descontentamento e a sinceridade de alguns, narrados nos Livros de Tombo da Paróquia de Nossa Senhora da Penha, Jaraguá - Go.

● "O Vigário vem lutando seriamente para fazer sobressair o espírito religioso da festa que é profanada pelas tradições populares, isto é, a do Divino" (Frei Lincofn Monteiro Barbosa, ano de 1955).

● "As festas de Jaraguá, de religioso só tem o nome, consiste em cavalhadas, danças de tapuios e bailes. E nestas misérias é consumido todo o dinheiro de leilões, etc.... Festa do Divino. Profanação! Maldito epíteto! Oco! Repugnante para um homem de fé" (Frei Lincofn Monteiro Barbosa, ano de 1955).

● "Novena do Espírito Santo. Dificuldades com o festeiro que quer organizar a festa de acordo com a sua cabeça" (Pe. Johannes Comelis Van der Lano, ano de 1959).

● "Serve-se do nome do Divino para tirar bens de pessoas e famílias. Serve-se da fé do povo para se auto-promover economicamente em benefício próprio" (Pároco..., ano de 1984).

O nosso Revmo. Pe. Divino Antônio Lopes, vinha suportando com muito sofrimento essa parte social da festa de Pentecostes de 1991, mas devido a um assassinato acontecido dentro da barraca da festa, tomou uma decisão radical: "No dia 17 não houve Missa, fui para Anápolis em protesto contra as bebidas e bailes na barraca (Babilônia)" (Livro de Tombo, fl. 26).

O nosso padre, em conversa com o Exmo. Sr. Bispo Dom Manoel Pestana Filho, pediu-o insistentemente que o deixasse sair de Jaraguá, porque não estava acostumado com tanta baixaria e profanação nas festas religiosas, e que nunca tinha visto tal coisa. Mas o bispo pediu que ele voltasse, e também pessoas do Conselho Paroquial de Jaraguá, que estavam na casa do bispo fizeram o mesmo pedido, prometendo ajudar a purificar a festa: "Voltei no sábado à tarde a pedido do Sr. Bispo, e de muitas pessoas que foram conversar com o Bispo" (Livro de Tombo, fl. 26), e mais tarde escrevera ao Dom Alfio Rapisarda, Núncio Apostólico: "...só depois diante da câmera da TV Tocantins de Anápolis, o Bispo disse que eu sairia de Jaraguá se eu quisesse, pedi-lhe então para não voltar mais a Jaraguá, mas ele disse que era uma ordem, então obedeci" (14 de janeiro de 1997).

No dia 19: "Domingo, 10:00 h., 1340 pessoas; 19:00 h., 1400 pessoas... procissão do Divino e do Rosário no dia 19 à noite, participaram 1300 pessoas" (Livro de Tombo, fl. 26).

No dia 27: "Missa na Matriz (família), 361 pessoas" (Livro de Tombo, fl. 27).

No mês de junho, a participação nas Missas na Matriz, nas capelas da cidade e do interior, foi ótima, como por exemplo:

Dia 01, participaram 178 pessoas na Vila Aparecida, e 275 em Arturlândia.

Dia 02, participaram 705 pessoas na igreja Matriz, na Missa das 08:00 h., 282 pessoas na missa das 09:00 h. e 827 pessoas às 19:30 h.

Dia 05, foi publicado pelo jornal Popular de Goiânia, página 12, o seguinte artigo escrito pelo nosso Revmo. Pe. Divino Antônio Lopes:

Dia 08, participaram 338 pessoas na procissão da penitência.

Dia 11, participaram 120 pessoas na capela de São Cristóvão.

Dia 16, participaram 185 pessoas em Santa Bárbara e 156 em Cruzeirinho.

No dia 24: "Missa da Família, 204 pessoas" (Livro de Tombo, fl. 29).

Durante o mês de julho, as Missas na Matriz, nas capelas da cidade e do interior, tiveram ótima participação, como por exemplo:

Dia 05, Missa das crianças, idosos e enfermos, 154 pessoas.

Dia 06, procissão da penitência, 296 pessoas.

Dia 16, Missa na Matriz e Novena de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, 350 pessoas.

Dia 24, Missa dos movimentos, Lanceiros de Lanciano, 170 pessoas.

Resumo da primeira Confraternização da Paróquia de Nossa Senhora da Penha, Jaraguá - Go

No mês de agosto, a participação nas Missas na Matriz, nas capelas da cidade e do interior, foi ótima, como por exemplo:

Dia 02, Santa Missa na igreja Matriz, participaram 170 pessoas.

Dia 03, procissão da penitência, participaram 230 pessoas.

Dia 05, o nosso padre viajou para São Paulo.

No dia 12: "Missa da família, 200 pessoas, capela do Rosário, 80" (Livro de Tombo, fl. 34).

Dia 18, Santa Missa na Igreja Matriz, 800 pessoas às 08:00 h., 240 às 09:30 h. e 980 às 19:00 h.

Dia 20, Santa Missa e novena de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, 300 pessoas.

Dia 31, procissão da penitência, 240 pessoas.

No mês de setembro, a participação nas Missas na Matriz, nas capelas da cidade e do interior, foi ótima, como por exemplo:

No dia 06: "Missa dos enfermos, idosos e crianças, 150 pessoas" (Livro de Tombo, fl.35).

Dia 08, domingo, estréia do Coral Nossa Senhora da Penha, formado pelo Ir. Ênio José da Silva (hoje, Ir. Gabriel do Santíssimo Crucifixo). 

Dia 14, Santa Missa em São Geraldo, 60 pessoas, e na Cachoeira, 110.

Dia 16, Missa da família, 230 pessoas.

Dia 29, Santa Missa na igreja Matriz, 900 pessoas às 08:00 h.; 380 às 09:30 h., e 1100 às 19:00 h.

Durante o mês de outubro, as Missas na Matriz, nas capelas da cidade e do interior, tiveram ótima participação, como por exemplo:

Dia 01, Santa Missa e Novena de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, 300 pessoas.

Dia 09, Missa dos movimentos, Apostolado da Oração, 105 pessoas, em seguida na capela São José, 202 pessoas.

Dia 12, foi realizada uma procissão da penitência na serra de Jaraguá, até a antena, participaram 650 pessoas.

Dia 28, Missa da família, 250 pessoas.

No mês de novembro, a participação nas Missas na Matriz, nas capelas da cidade e do interior, foi ótima, como por exemplo:

No dia 02: "Procissão da penitência... 320 pessoas" (Livro de Tombo, fl. 39).

Dia 04, Missa da família, 240 pessoas.

Dia 05, Missa e novena, 431 pessoas.

Dia 14, Missa na capela Nossa Senhora Aparecida, 200 pessoas.

Dia 16, Missa da penitência, 250 pessoas.

Dia 20, Missa na capela São José, 200 pessoas.

No dia 25: "Missa da família, 280 pessoas" (Livro de Tombo, fl. 40).

Durante o mês de dezembro, as Missas na Matriz, nas capelas da cidade e do interior, tiveram ótima participação, como por exemplo:

Dia 01, Santa Missão na Vila Colombo, Jaraguá - Go. Clique aqui e veja os dados desta Missão na Galeria de Fotos sobre as Santas Missões.

No dia 04: "Missa dos movimentos, Apostolado da Oração, 120 pessoas" (Livro de Tombo, fl. 41).

Dia 08, Santa Missão na Vila Isaura, Jaraguá - Go. Clique aqui e veja os dados desta Missão na Galeria de Fotos sobre as Santas Missões.

Dias 21 e 22, Santa Missão na Vila São José, Jaraguá - Go. Clique aqui e veja os dados desta Missão na Galeria de Fotos sobre as Santas Missões.

Dia 24, Missa vespertina da Vigília do Natal: "... às 23:00 h., mais de 2000 pessoas e 500 comunhões. Não coube o povo na igreja" (Livro de Tombo, fl. 42).

No dia 25: "Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, 09:00 h., 800 pessoas e 230 comunhões; às 19:00 h., 1000 pessoas e 320 comunhões" (Livro de Tombo, fl. 42).

O nosso Revmo. Pe. Divino Antônio Lopes, sempre teve desejo de conhecer e conversar com o Frei Damião de Bozzano, e esse encontro aconteceu em Juazeiro do Norte - Ce: "Viajei para o Nordeste para encontrar com o Frei Damião... conversei com ele em Juazeiro do Norte - Ceará" (Livro de Tombo, fl. 42). Nesta viagem, estava presente também o Ir. Gabriel do Santíssimo Crucifixo FP.

Durante a viagem, passando por Salvador, o nosso padre tentou visitar a Irmã Dulce, porém a mesma estava hospitalizada, em estado de coma.