1º. Sede luz com o exemplo.
Deus chama cada membro do Movimento para que seja luz do
mundo, e essa luz não pode ficar escondida: “Vós
sois a luz do mundo” (Mt 5, 14).
A vida do Lanceiro deve ser um facho de luz. Cada membro
deve iluminar com seu exemplo àqueles que vivem nas trevas do erro, e
mostrar-lhes o caminho da salvação: “Fazei tudo
sem murmurações nem reclamações, para vos tornardes irreprováveis e puros,
filhos de Deus, sem defeito, no meio de uma geração má e pervertida, no
seio da qual brilhais como astros no mundo”
(Fl 2,
14-15).
2º. Pregue a verdade.
O Lanceiro deve caminhar sempre com a verdade e pregá-la
sem medo, lembrando de que a verdadeira caridade consiste em dizer a
verdade completa e não meias verdades. Não podemos esquecer-nos de que
pregamos Cristo Crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os
gentios, mas poder de Deus para os escolhidos, quer judeus, quer gentios:
“Mas, seguindo a verdade em amor, cresceremos em tudo em direção àquele que
é a Cabeça, Cristo...” (Ef 4, 15),
e: “... Abandonai a mentira e falai a verdade
cada um ao seu próximo” (Ef 4, 25),
e também: “Por sua vez, estão os homens todos
obrigados a procurar a verdade, sobretudo aquela que diz respeito a Deus e
a Sua Igreja e, depois de conhecê-la, a abraçá-la e a praticá-la”
(“Dignitatis Humanae”, nº 1).
3º. Sirva com amor, alegria e fervor.
A vida de Jesus Cristo é uma constante ajuda aos homens, e
a sua doutrina um contínuo convite ao espírito de serviço. Ele é o exemplo
que deve ser imitado pelos membros do Movimento; sendo Deus e Juiz, que há
de vir julgar o mundo, não se impõe, serve por amor até dar a sua vida por
todos; esta é a forma de ser o primeiro: “Aquele
que quiser tornar-se grande entre vós seja aquele que serve, e o que
quiser ser o primeiro dentre vós, seja o vosso servo. Desse modo, o Filho
do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em
resgate por muitos” (Mt 20, 26-28),
e: “Todos vós, conforme o dom que cada um
recebeu, consagrai-vos ao serviço uns dos outros, como bons despenseiros
da multiforme graça de Deus” (1Pd 4, 10),
e também: “Os cristãos nada podem desejar mais
ardentemente, do que prestar serviço aos homens do mundo de hoje, com
generosidade sempre maior e mais eficaz”
(“Gaudium
et Spes”, nº 93).
4º. Viva sem medo.
Jesus Cristo pede-nos que vivamos sem medo, como filhos de
Deus.
O Lanceiro deve viver sem medo à vida e sem medo à morte,
alegre no meio das dificuldades, esforçado e abnegado perante os
obstáculos e as doenças, sereno perante um futuro inserto: o Senhor
pede-nos que vivamos assim: “Não temais os que
matam o corpo, mas não podem matar a alma”
(Mt 10,
28), e: “Mas se sofreis
por causa da justiça, bem-aventurados sois! Não tenhais medo nenhum deles,
nem fiqueis conturbados” (1Pd 3, 14),
e também: “E, do mesmo modo, que não tenham
medo de evangelizar nas praças e nas ruas, como os primeiros Apóstolos...”
(Homilia da Missa conclusiva da VIII Jornada Mundial da
Juventude, Denver, 15-08-1993).
5º. Medite e viva a Palavra de Deus.
O Lanceiro deve meditar e viver a Palavra de Deus:
“Tornai-vos
praticantes da Palavra e não simples ouvintes, enganando-vos a vós mesmos!”
(Tg 1, 22). É necessário meditá-la com
fé, sabendo que a mesma contém a verdade salvadora, sem erro algum:
“A
meditação é sobretudo uma procura... Geralmente, utiliza-se um livro, e os
cristãos dispõem de muitos: as Sagradas Escrituras, o Evangelho
especialmente...” (Catecismo da Igreja Católica, nº
2705).
6º. Receba com freqüência Jesus Eucarístico.
O Lanceiro deve receber Jesus Sacramentado frequentemente,
porque a Santíssima Eucaristia é o nosso Alimento espiritual:
“Em
verdade, em verdade, vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e
não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós”(Jo
6, 53), e: “A Igreja...
recomenda vivamente aos fiéis que recebam a Santa Eucaristia nos domingos
e dias festivos, ou ainda com maior freqüência, e até todos os dias”
(Catecismo da Igreja Católica, nº 1389).
7º. Ame, sirva e defenda a Igreja Católica Apostólica
Romana.
O Lanceiro deve ser um filho fiel da Igreja Católica
Apostólica Romana, e esta fidelidade deve ser mostrada com a vida: vida de
amor, de serviço e de defesa pela Santa Igreja: “Amar
a Igreja, eis, amados filhos o dever da hora presente. Amá-la significa
estimá-la e ser feliz em pertencer a ela. Significa ser-lhe resolutamente
fiel. Significa obedecer-lhe, servi-la, ajudá-la com alegria até o
sacrifício, na sua missão difícil” (Papa Paulo VI,
18-09-1968), e: “Amemos
Deus nosso Senhor, amemos a sua Igreja; Ele como Pai, ela como mãe; Ele
como Senhor, ela como a sua escrava; pois somos filhos da mesma escrava”
(Santo Agostinho, In Ps. 82 Enarr. 2, 14: Pl 37, 1140).
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