Odete Vidal de Oliveira, também conhecida como
Odetinha ou a Menina Odetinha (Rio de Janeiro, 15 de setembro de
1930 - 25 de novembro de 1939) é uma serva de Deus brasileira, cujo
processo de beatificação se iniciou no dia 18 de janeiro de 2013,
após o reconhecimento formal de diversos milagres a ela atribuidos.
O culto à Menina Odetinha intensificou-se a partir dos anos 1970,
quando seu túmulo no Cemitério de São João Batista virou local de
peregrinação para seguidores em busca de auxílio espiritual.
Nascida no bairro suburbano de Madureira, Odete era filha dos
portugueses Augusto Ferreira Cardoso e de Alice Vidal. Mas o pai não
chegaria a conhecer a filha, pois morreria de tuberculose meses
antes de a filha vir ao mundo. Após o nascimento de Odete, sua mãe
se casou novamente, agora com o próspero empresário do ramo de
carnes Francisco Oliveira. Também português e extremamente devoto,
ele se tornou pai adotivo da menina.
Odete era aluna do Colégio Sion, onde convivia com as
freiras. Graças à fortuna de seu pai adotivo, a família de Odete
vivia em um ambiente de extremo luxo. Mas boa parte dos recursos de
Francisco Oliveira era aplicada em obras de caridade. Odete tinha
tudo para se tornar apenas mais uma menina rica da alta sociedade
carioca, mas herdou do pai adotivo a fé católica e logo passou a
demonstrar atributos extraordinários de fé. Fazia questão de comer
na mesma mesa das cozinheiras e do motorista, algo impensável no Rio
de Janeiro da década de 30. Chamava as filhas dos serviçais para
dormir em sua cama, e eventualmente se vestia como elas. Também
costumava pedir ao motorista que estacionasse o carro da família
longe da escola e percorria o resto do caminho a pé.
Odetinha morreu vítima de paratifo, doença infecciosa de origem
bacteriana. Foram 49 dias de sofrimento, assistido de perto pela
sociedade carioca e pelos pobres que ajudava. A menina dizia: "Eu
vos ofereço, ó meu Jesus, todos os meus sofrimentos pelas missões e
pelas crianças pobres". No dia de sua morte ela declarou: "Meu
Jesus, meu amor, minha vida, meu tudo". Sepultada em um luxuoso
jazigo perpétuo no Cemitério São João Batista, a criança adquiriu
fama de milagreira em meados da década de 1970, quando começaram a
surgir placas de agradecimento por graças alcançada.
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