RESUMO DA PALESTRA SOBRE
O
SANTO NATAL
(Missão Nova Lanciano, 15 de dezembro de 2024)
O Santo Natal é a festa instituída para
celebrar a lembrança do nascimento temporal de Jesus Cristo
(São Pio X).
O Menino Jesus nasceu em Belém da Judeia.
Desde o seio de Maria, Jesus Cristo aceitou
obediente a ordem de seu Pai acerca da sua Paixão e Morte.
Já antes de nascer previu os açoites e
apresentou seu corpo para recebê-los; previu os espinhos e
apresentou-lhes a cabeça; previu as bofetadas e
apresentou-lhes as faces; previu os cravos e apresentou-lhes
as mãos e os pés; previu a cruz e apresentou a sua vida.
Como nasceu o Menino Jesus? Como homem! Com
lágrimas nos olhos, com dores no corpo, com frio em todos os
membros e com falta de tudo!
O Menino Jesus nasceu como servo e não como
rei; nasce na humilhação e com toda a sua divina grandeza
encoberta.
O Menino Jesus nasceu no tempo. Nasceu no
tempo o que foi gerado desde toda a eternidade, feito carne
o Verbo divino e feito mortal o Eterno.
O Menino Jesus nasceu criança. Nasceu criança
o Criador do universo, envolvido em faixas a Riqueza do céu,
reclinado num presépio o que tem seu trono sobre os
Serafins.
É Senhor e quase ninguém o respeita! É Deus e
quase ninguém o adora! É Rei e quase ninguém lhe vai prestar
homenagem e lhe render vassalagem! É o Salvador do mundo e
poucos buscam n’Ele a salvação.
Nasceu pobre porque deseja que nós o
recebamos em nossa casa, que o vistamos, que o abriguemos do
frio e que lhe preparemos um berço.
Nasceu numa gruta úmida e fria, num
“alpendre” desabrigado, onde falta o aconchego do lar
doméstico, um bercinho fofo, o asseio... falta tudo!
O Menino Jesus não quis vir ao mundo com o
estrondo que só acompanha e soleniza o nascimento dos
grandes da terra. Se Ele viesse cercado com toda essa
grandeza, os humildes receariam chegar-se à sua presença e
até seria odiado por aqueles que olham para os grandes como
para inimigos. Ora, o seu fim era atrair todos os homens ao
seu amor... grandes como pequenos, afim de a todos procurar
a salvação. Por isso fez-se menino, fez-se pobre, fez-se
humilde, para que todos se aproximassem d’Ele.
Nasceu às horas mortas da meia-noite, quando
todos dormiam, quando ninguém o esperava, quando os homens,
cansados uns do trabalho, outros dos divertimentos, se
entregavam ao sono.
Nosso Senhor não esperou que fosse dia para
nascer, a fim de não ser visto e conhecido.
Nasceu de noite para que despertando a
humanidade com o raiar da aurora, encontrasse já nascido o
Sol de Israel que lhe vinha trazer a salvação. Nasceu de
noite para mostrar que era bem escura a noite em que vivia
todo o gênero humano, e que essa noite ia ter seu fim com o
amanhecer do solene dia da redenção.
Jesus nasceu à noite; mesmo assim quis ter
quem o adorasse. Foi aos pastores, que vigiavam os seus
rebanhos, que os Anjos anunciaram a vinda do Salvador. Os
Anjos não foram à coorte de Herodes, nem aos grandes da
Judeia, nem aos Césares de Roma, porque, ainda que para
todos nascesse, eram os pobres e os humildes os que mais
agradavam a seus olhos.
Nasceu na escuridão porque vinha ser a luz do
mundo, o Sol esplendoroso que vinha dissipar as sombras que
pesavam sobre os homens desde que o paraíso se fechou.
Nasceu porque nos ama! Nasceu por nós, porque
deseja a nossa felicidade, porque quer em seu reino nos
fazer participantes da sua mesma glória.
Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)
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