Anápolis, 05 de abril de
2014
À
senhora Maria
José Pires
Goiânia
- GO
Prezada, qual é a razão
de ser do Purgatório? É o pecado. É o obstáculo que
impede a alma de entrar no céu sem estar purificada e
digna da visão beatífica. O pecado mortal leva ao
inferno. Separa para sempre a alma de Deus. Entretanto,
veio o perdão pela infinita misericórdia e o pecador
arrependido muda de vida e não mais volta aos seus
desvarios. Todavia, não fez a devida penitência, não
reparou o seu crime neste mundo por uma penitência.
Fica-lhe ainda uma dívida a pagar à Divina Justiça. O
pobre pecador culpado de muitas faltas veniais passa
desta para outra vida, vai prestar contas a Deus. Aquele
Deus de toda santidade, o Santo por excelência, a
Justiça mesma, não quer condenar a quem já perdoou, não
há de perder quem, embora manchado de leves culpas, de
muitas imperfeições, não é, todavia, inimigo de Deus.
Que há de fazer? Levá-lo para o céu onde nada pode
entrar manchado? Impossível! Seria ter uma noção errada
da santidade e da infinita pureza de Deus, admitir este
absurdo. Condenar às penas eternas quem, embora tivesse
pecado, não chegou à culpa mortal e não se separou do
Senhor porque não perdeu o estado de graça? Então, para
onde irá a alma assim manchada e não de todo santa? Eis
a razão a nos dizer: há de existir uma purificação além
desta vida entre as duas eternidades, um Purgatório que
nos livre do inferno e que seja o vestíbulo do céu, uma
expiação necessária para as almas.
Eu te abençôo e te
guardo no Coração Imaculado da Virgem Maria.
Com simpatia,
Pe. Divino Antônio Lopes
FP (C)
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