Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

Carta 29

 

Anápolis, 05 de abril de 2014

 

À senhora Maria José Pires

Goiânia - GO

 

Prezada, qual é a razão de ser do Purgatório? É o pecado. É o obstáculo que impede a alma de entrar no céu sem estar purificada e digna da visão beatífica. O pecado mortal leva ao inferno. Separa para sempre a alma de Deus. Entretanto, veio o perdão pela infinita misericórdia e o pecador arrependido muda de vida e não mais volta aos seus desvarios. Todavia, não fez a devida penitência, não reparou o seu crime neste mundo por uma penitência. Fica-lhe ainda uma dívida a pagar à Divina Justiça. O pobre pecador culpado de muitas faltas veniais passa desta para outra vida, vai prestar contas a Deus. Aquele Deus de toda santidade, o Santo por excelência, a Justiça mesma, não quer condenar a quem já perdoou, não há de perder quem, embora manchado de leves culpas, de muitas imperfeições, não é, todavia, inimigo de Deus. Que há de fazer? Levá-lo para o céu onde nada pode entrar manchado? Impossível! Seria ter uma noção errada da santidade e da infinita pureza de Deus, admitir este absurdo. Condenar às penas eternas quem, embora tivesse pecado, não chegou à culpa mortal e não se separou do Senhor porque não perdeu o estado de graça? Então, para onde irá a alma assim manchada e não de todo santa? Eis a razão a nos dizer: há de existir uma purificação além desta vida entre as  duas eternidades, um Purgatório que nos livre do inferno e que seja o vestíbulo do céu, uma expiação necessária para as almas.

Eu te abençôo e te guardo no Coração Imaculado da Virgem Maria.

Com simpatia,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)