Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

Carta 49

 

Anápolis, 05 de abril de 2014

 

À Rafaela Cândido

Anápolis - GO

 

Caríssima, a questão do fogo do Purgatório foi muito discutida no século IV. Santo Agostinho conclui pela existência do fogo material. No século XIII, Santo Tomás de Aquino segue a opinião de Santo Agostinho. A pena de fogo! Como é terrível! Não é menor em intensidade do que o fogo do inferno. Este fogo, diz São Gregório Magno, instrumento da Divina Justiça, faz sofrer mais tormentos e muito mais cruéis do que tudo quanto sofreram os mártires nos suplícios inimagináveis.

As maiores dores são as que afetam a alma, comenta Santo Tomás de Aquino. O que não será uma dor que vem ferir diretamente a alma? Pois o fogo material, fogo misterioso, dotado de um poder extraordinário, pela Justiça Divina, atinge diretamente a alma e a fere dolorosamente. Que fogo! Que castigo tremendo! Como sofrem as pobres almas nesta fornalha abrasadora! Fogo do Purgatório... fogo real... fogo terrível. Verdadeiro fogo.

São Boaventura escreve: “O fogo do Purgatório é um fogo material que atormenta a alma dos justos que não fizeram penitência neste mundo. Fogo! Esta palavra faz tremer. Já exclamava Isaías: quem dentre vós poderá habitar em meio de um fogo devorador? Façamos penitência agora, aliviemos o fogo do nosso Purgatório. É terrível o fogo que nos espera!”

Eu te abençôo e te guardo no Coração Imaculado da Virgem Maria.

Com simpatia,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)