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						Anápolis, 27 de maio de 
						2014 
						
						  
						
						À 
						
						adolescente Ana Vitória Borges da Silva 
						
						Jaraguá 
						- GO 
						
						  
						
						
						Caríssima, o aviso de que havemos de morrer nos é dado 
						por toda a criação. Olha como tudo nela tem fim! Vê como 
						as árvores, chegando a certa idade, enfraquecem, perdem 
						a folha e a seiva que as alimentava e aí ficam no meio 
						dos campos, no fundo dos vales, no cume dos montes, como 
						esqueletos sem vida, como despidos mastros do navio a 
						quem a tempestade rasgou as velas.
						
						
						
						Vê os animais, como se vão uns após outros despedindo da 
						vida! Vê como os homens, hoje um, amanhã outro, vão 
						deixando o mundo para se irem associar aos que dormem o 
						sono da morte! 
						
						
						O mesmo se passará com você! Um dia virá em que se há de 
						desmoronar a casa do teu corpo, não ficando pedra sobre 
						pedra. Hão de fecharem-se teus olhos, hão de gelarem-se 
						tuas mãos, hão de, enfim, desatarem-se os teus ossos dos 
						liames da carne! 
						
						Por isso, não 
						perca tempo com as coisas da terra. 
						
						Eu te abençôo e te 
						guardo no Coração Imaculado da Virgem Maria. 
						
						Com gratidão, 
						
						  
						
						Pe. Divino Antônio Lopes 
						FP (C) 
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