Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

005 – Minha Mãe Santíssima – Santo Afonso Maria de Ligório

 

Como é possível, ó Maria, minha Mãe Santíssima, que, tendo uma Mãe tão santa, tenha eu sido tão mau?

Uma Mãe que toda arde no amor para com Deus, e eu ame as criaturas? Uma Mãe tão rica de virtudes, e que delas seja eu tão pobre? Ó Mãe amabilíssima, já não mereço, é verdade, ser o vosso filho, porque de o ser me tenho feito indigno com a minhas culpas. Contento-me, pois, com que me aceiteis por vosso servo. Para ser o último de vossos servos, pronto estaria a renunciar a todos os reinos da terra.

Sim, com este favor me contento. Entretanto, não me recuseis o de vos chamar também minha Mãe.

Este nome consola-me, enternece-me, recorda-me o quanto sou obrigado a vos amar. Inspira-me também grande confiança em vós.  Quando a lembrança dos meus pecados e da justiça divina me enche de terror, sinto-me reanimado ao pensar que sois minha Mãe. Permiti que vos chame minha Mãe, minha Mãe amabilíssima. Assim os chamo e assim quero sempre chamar-vos. Vós, depois de Deus, haveis de ser sempre a minha esperança, o meu refúgio e o meu amor neste vale de  lágrimas. Assim espero morrer, entregando naquele último instante a minha alma nas vossas santas mãos, e dizendo: Minha Mãe, minha Mãe, ajudai-me, tende piedade de mim. Amém.