Ó santa e celeste menina, vós que sois a
Mãe destinada ao meu Redentor, e a grande medianeira dos míseros
pecadores, tende piedade de mim. Eis aqui aos vossos pés outro
ingrato, que a vós recorre e implora compaixão.
É certo que eu, por minhas ingratidões
para com Deus e para convosco, mereceria ser abandonado por Deus e
por vós.
Mas eu ouço dizer, e assim creio, que
vós não recusais ajudar quem com confiança a vós se recomenda. Assim
o creio por saber quanto é grande a vossa
Misericórdia. Ó criatura, a mais sublime
do mundo, já que acima de vós não há senão Deus, e diante de vós são
muito pequenos os grandes céus; ó santa dos santos, ó Maria, abismo
de graça e cheia de graça, socorrei um miserável, que a perdeu por
sua culpa. Sei que sois tão cara a Deus que ele nada vos nega. Sei
também que gostais de empregar vossa grandeza em aliviar os
miseráveis pecadores. Eia, pois, mostrai quanto é grande o crédito
que tendes junto a Deus, e impetrai-me uma luz, uma chama divina tão
poderosa, que de pecador me mude em santo.
Desprendei-me de todo afeto terreno para
que eu me abrase todo no divino amor. Fazei-o, Senhora, que bem
podeis fazê-lo. Fazei-o pelo amor daquele Deus que vos fez tão
grande, tão cheia de poder e de piedade. Assim espero. Amém.
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