11 de Abril
Santo Estanislau
Hoje temos como herói um bispo e mártir da gloriosa Polônia: Santo Estanislau, que nasceu por volta do ano 1030, pouco depois de o Cristianismo ter penetrado na Polônia e quando ainda estava em fase de expansão e consolidação. Tendo estudado para sacerdote, colocou-se a serviço da Igreja de cracóvia, da qual mais tarde, aos 42 anos de idade, seria eleito bispo. “Cracóvia era cidade-corte do recém- formado reino da Polônia e seu bispo era o principal representante da hierarquia eclesiástica naquela difícil fronteira da cristandade. A conversão das tribos polonesas não estava completamente concluída e a monarquia como forma de consolidação nacional não tinha ainda um século. A localização da Polônia na fronteira entre eslavos e germanos, entre católicos e ortodoxos, tornava a situação mais delicada. Por isso, a história da Polônia é uma história de lutas e sofrimentos mas também de fé e de coragem. Santo Estanislau, que nos albores de nacionalidade encarnou um destino semelhante ao de sua pátria, é, por esta causa, considerado um dos heróis representantes de seu povo”. Desde 1058, a Polônia era regida pelo rei Boleslau II, homem guerreiro e cruel, devasso e opressor. Como bispo, Estanislau via de perto os desmandos do soberano, admoestando-o sem sucesso. A todas as desordens morais e formas de opressão o rei tinha usado a força para roubar e conviver com a esposa de um dos grandes do reino. Estanislau encontrou encontrou-se na situação de João Batista contra Herodes: denunciar o escândalo junto com as demais desordem do soberano: no confronto, teve o mesmo fim d João Batista. Estanislau era de caráter doce e humilde, pacífico e tímido, afável e humano, de grande engenho e sabedoria, com grande abertura de caridade para com os pobres e necessitados. Perseguido primeiro com calúnias, foi enfim apunhalado pelo próprio rei quando celebrava a santa missa. Era o dia 11 de abril de 1079. Santo Estanislau é venerado na Polônia como um herói nacional: símbolo da fé de um povo e das liberdades, contra a corrupção e o despotismo. Em 1979, quando ocorreu o IX Centenário da Morte de Estanislau, o Papa João Paulo II quis visitar a sua pátria, desejando comemorar a data centenária do martírio de Estanislau, as autoridades comunistas impediram que a visita do papa coincidisse com tal data histórica, pois era evidente alusão entre a ditadura combatida por Estanislau e a ditadores de hoje. Mas a vida dos santos e o sangue dos mártires é voz que não pode ser sufocada: ela proclama a verdade, denuncia as opressões, ontem, hoje e para todo o sempre. Que o exemplo desse santo continue a inspirar e fortalecer o povo polonês, tão sofrido em sua história, mas tão admirável em sua fé e fidelidade a Cristo. Na torre da Catedral de Cracóvia, ainda hoje se lêem estas palavras: Polônia sempre fidélis. “A Polônia é sempre fiel a Cristo!”
|