Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

15 de Abril 

 

Santos Tibúrcio, Valeriano e Máximo

 

O Martirológio Romano comemora os mártires Tibúrcio, Valeriano e Máximo que selaram com o sangue a sua fé e fidelidade a Cristo por volta do ano 225, em Roma. O culto destes três mártires é muito antigo. É confirmada em Roma desde o século IV, e seus nomes estão incluídos em todos os antigos calendários ou martirológios.

Embora as notícias relativas à vida e martírio destes santos apresentem certa incerteza quanto ao tempo e circunstâncias, contudo há certa concordância na substância dos fatos, que o relacionam com a vida da gloriosa virgem e mártir Santa Cecília.

As atas desta santa narram como ela, de nobre família, tinha sido dada pelos pais para esposa a um nobre e rico jovem de nome Valeriano, ainda pagão. Cecília, que, animada por nobres sentimentos religiosos, tinha consagrado sua virgindade a Cristo, no dia das bodas avisou a Valeriano que seu corpo pertencia a Cristo, tendo um anjo ao seu lado para lhe defender a pureza. Entre dúvida e curiosidade, Valeriano queria a prova do fato, ao que Cecília respondeu que seria possível ver o anjo se tivesse convertido a Cristo. A condição foi aceita.

Cecília apresentou Valeriano ao Papa Urbano a fim de que fosse catequizado e preparado ao batismo, junto com o irmão Tibúrcio. Recebido o batismo, Valeriano viu, de fato, ao lado de Cecília um anjo que segurava duas coroas, símbolo do martírio que os dois iriam sofrer pela fidelidade a Cristo.

Desde então conviveram como irmãos até que foram descobertos e acusados como seguidores duma religião ilegal e condenados à morte.

O martírio de Valeriano deu-se uns meses antes do de Cecília, a qual fortalecia o esposo e cunhado Tibúrcio na perseverança da fé nos dias do processo e das torturas que precederam o martírio. Estes mártires foram sepultados no cemitério de Pretextato na Via Ápia.

O martirológio conserva unido a estes mártires também o nome de Máximo, talvez porque estivesse envolvido no mesmo processo e tivesse sido morto mártir na mesma ocasião. De fato, muitos foram os mártires neste triste e, ao mesmo tempo, glorioso período da história, da Igreja.

A respeito dos. mártires escreveu o grande Papa Leão Magno: "Preciosa aos olhos do Senhor a morte dos seus santos, e gênero algum de crueldade pode destruir a religião fundada no mistério da cruz de Cristo. A Igreja não diminui pelas perseguições; ao contrário cresce; o campo do Senhor reveste-se de messes sempre mais ricas porque os grãos, que, caem um a um, nascem multiplicados". Assim se deu: perseguida, a Igreja, nos primeiros séculos, difundia-se sempre mais porque "o sangue dos mártires era semente de novos cristãos" (Tertuliano).