Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

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Filho de um dos fundadores do Hamas* se converte ao Cristianismo

 

"Eu instilarei terror nos corações dos infiéis, golpeai-os acima dos seus pescoços e arrancai todas as pontas dos seus dedos. Não fostes vós quem os matastes; foi Alá" (Alcorão, Sura 8: 13-17).

 

 

* O Hamas (em árabe: حماس, transl. amās, acrónimo de حركة المقاومة الاسلامية, transl. arakat al-Muqāwamat al-Islāmiyyah, "Movimento de Resistência Islâmica") uma organização palestina, de orientação sunita, que inclui uma entidade filantrópica, um partido político e um braço armado, as Brigadas Izz ad-Din al-Qassam. É o mais importante movimento fundamentalista islâmico palestino.

 

 

“Tenho um amor incondicional por Jesus Cristo. Ele é o meu herói!” O palestino Mosab Hassan Yousef, 32 anos, filho do xeque muçulmano Hassan Yousef, co-fundador do grupo terrorista muçulmano Hamas na Cisjordânia, se converteu ao Cristianismo em 2007 e atualmente mora nos Estados Unidos. Desde então, se dedicou a escrever o livro Son of Hamas (Filho do Hamas), que já está disponível no Brasil. Na obra, Mosab revela como colaborou para o serviço secreto israelense, o Shin Bet, e explica por que se converteu a Cristo. Quem pensa que foi uma conversão vazia se engana. Mosab levou 6 (seis) anos lendo a Bíblia, relendo o Alcorão, para depois se converter para Cristo.

O Hamas foi fundado em 1987 pelo pai de Mosab, Hassan Yousef, e seis palestinos. O grupo extremista islâmico atua na Cisjordânia e na Faixa de Gaza e já comandaram 350 atentados contra israelenses, provocando centenas de mortes.

 

Confira a entrevista concedida à revista Veja e publicada no Veja online:

 

Seu pai pregava o Islamismo nas mesquitas e ajudou a fundar o Hamas. O que o levou a converter-se ao Cristianismo?

 

Depois de ser preso pelos soldados israelenses por porte de armas, em 1996, fui levado à prisão em Megiddo, Israel. Dentro do prédio, os detentos eram divididos segundo a filiação. Havia a ala do Hamas, que era a maior, a do Fatah, a da Jihad Islâmica e outras. Eu fiquei na do Hamas. Do interior das celas, testemunhei o que os integrantes do grupo faziam com seus próprios colegas. Quando os líderes do Hamas suspeitavam que um dos nossos estivesse dando informações aos israelenses, eles o torturavam. Havia interrogatórios diários. Isso fez com que eu repensasse alguns conceitos. Era um grau de brutalidade que nem mesmo os israelenses tinham conosco. Saí da prisão um pouco desnorteado. Mais tarde, comecei a estudar a Bíblia com amigos. O livro falava em “amar os seus inimigos”, o que fez todo sentido para mim.

 

Agora que você se converteu ao Cristianismo, como enxerga as diferenças entre o Alcorão e a Bíblia?

 

Não é justo comparar os dois livros. O Alcorão está cheio de ÓDIO, de IGNORÂNCIA, de ERROS. Não tem ética. É um livro DOENTE que deveria ser banido das escolas, das bibliotecas e das mesquitas. A Bíblia, por outro lado, tem Jesus Cristo, que foi perseguido, torturado, e mesmo assim, continuou amando as pessoas e seus opressores. Os dois livros têm deuses completamente diferentes. O deus do Islã é o do ódio. O Deus da Bíblia é o do amor. Muitas coisas que fiz durante o meu trabalho com o Shin Bet foram inspiradas pelos ensinamentos de Jesus Cristo. Tenho um amor incondicional por Ele. Cristo é o meu herói.

 

Mas a Bíblia também foi usada para justificar torturas e mortes durante a Inquisição, por exemplo.

 

Mas essas coisas foram feitas por pessoas que não entenderam a principal mensagem da Bíblia. Não compreenderam as falas de Jesus Cristo, que é o nosso maior exemplo. O amor incondicional de Jesus não é um capítulo separado do livro, mas sua principal mensagem.

 

Você não teme promover o ódio entre religiões e se tornar um fundamentalista cristão?

 

Eu sei quais são as minhas responsabilidades. Não quero promover uma rixa entre religiões. Eu amo os muçulmanos. Falo com eles com carinho. Mas preciso ajudar a consertar a religião deles. Ser forte e dizer a verdade, mesmo que isso possa causar confrontações. No mais, não há o risco de eu incitar uma guerra religiosa porque isso já acontece no Oriente Médio. Não seria algo novo.

 

Quem eram os torturadores na prisão? Como eles procediam?

 

Eram os homens que integram o braço de segurança do Hamas. Quando iam punir alguém, esvaziavam uma cela e ligavam a televisão em volume bem alto para que os outros não ouvissem os gritos de desespero. Na falta de uma televisão ou rádio, começavam a rezar bem alto. Então, colocavam agulhas embaixo das unhas dos suspeitos. Derretiam embalagens plásticas e as colocavam sob a pele das pessoas. Queimavam cabelos e pelos. Eram sessões de aproximadamente meia hora. Às vezes, impediam o interrogado de dormir por vários dias. Entre 1993 e 1996, dezesseis pessoas foram mortas pelo Hamas em prisões israelenses. Sob tortura, as vítimas confessavam as coisas mais absurdas. Como eu digitava rápido, fui chamado para redigir muitos desses depoimentos. Era loucura. Depois, entregavam as confissões para os familiares. Caso o detento fosse solto, seus parentes e amigos passavam a evitá-lo. A vida social dele acabava.

 

O Hamas continua usando as mesmas práticas?

 

Provavelmente, mas não na mesma intensidade como no passado. Meu pai esteve detido em Megiddo e coibiu muito as torturas. Ele mudou o jeito de pensar daqueles homens. Mas o Hamas continua praticando-as. Quando pensam que alguém colabora com Israel, torturam e matam. É isso o que está acontecendo na Faixa de Gaza agora. Ao contrário do que diz o Hamas, Israel não é o principal inimigo dos palestinos, e sim os próprios palestinos.

 

Quando foi a última vez que você falou com seu pai? O que ele disse para você?

 

Conversei com ele por telefone alguns dias antes do lançamento do meu livro. Ele foi muito compreensivo no início. Porém, após a pressão da sociedade e de outros religiosos, ele não teve outra opção a não ser me recusar. Desde então, não fala comigo.

 

Um dos principais desafios do mundo hoje é conseguir que o Hamas participe das negociações de paz. Existe a possibilidade de o grupo sentar-se com os rivais do Fatah e com o governo de Israel para conversar?

 

Os líderes do Hamas até podem dizer que buscam uma solução e dizer que abrem mão de Jerusalém como capital. Mas eles não manterão a palavra simplesmente porque o deus deles não permite isso. É um bloqueio religioso. O Hamas não reconhece Israel. Ponto. O Alcorão diz que os israelenses são macacos e porcos. Toda vez que algum representante do grupo obtém algum progresso, esbarram no muro da ideologia ou no da religião.

 

De que maneira o Irã ajuda o Hamas?

 

O Irã treina soldados do Hamas e os prepara para o combate em seu território. Muitos viajaram para lá em anos recentes. E o Irã também dá apoio financeiro e logístico. Como os membros do Hamas não podem ter contas bancárias, pois isso é contra as decisões da comunidade internacional, seus membros fazem contrabando de dinheiro. Essa operação complicada ocorre de duas maneiras. A primeira é usando as centenas de túneis que ligam a Faixa de Gaza ao Egito. A segunda é pela fronteira terrestre nesse mesmo local, aproveitando as viagens de membros do grupo para o exterior. Em 2006, o primeiro-ministro do Hamas, Ismail Haniya, foi pego quando tentava entrar na Faixa de Gaza com 35 milhões de dólares. Ele vinha do Irã e disse que o valor era para pagar salários, remédios e armamentos. É comum que esses homens do Hamas sejam detidos com dinheiro. Em 2009, o ministro de relações exteriores do Hamas, Mahmoud Zahar, foi flagrado com 20 milhões de dólares na mesma situação. Segundo o Fatah, parte das notas tinha como destino o braço militar do Hamas.

 

Sem esse apoio do Irã, o Hamas ficaria enfraquecido?

 

O Irã é um dos grandes patrocinadores dos terroristas, mas não o único. Há muitos doadores no Catar, na Arábia Saudita, na Síria e no Egito. São, em geral, pessoas e empresas que entregam parte de suas economias em mesquitas, com o objetivo claro de fomentar a resistência do Hamas. Bloquear a ajuda iraniana pode ajudar, mas não necessariamente enfraquecerá o Hamas.

 

 

Caso o leitor necessite da fonte, peça e a enviaremos.

 

“O sangue dos mártires é semente de novos cristãos” (Tertuliano).

 

Católico, reze todos os dias pelos cristãos que são perseguidos pelos muçulmanos. Reze também pela conversão dos próprios muçulmanos: "Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem" (Mt 5, 44).

 

O Papa lembra que em muitos países, os fiéis (estima-se que 200 milhões de cristãos) são “discriminados e perseguidos por causa do nome de Cristo”.

 

 

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