Em
14 de abril de 2014, na cidade de Borno, Nigéria, noroeste
da África, uma organização terrorista chamada Boko Haram
armada pesadamente, rendeu os seguranças de uma escola
interna de meninas localizada num vilarejo chamado Chibok,
invadiu os aposentos, retirando meninas das camas e
forçando-as a entrar em caminhões de comboio, sequestrando
ao todo 276 meninas. Pelo menos 53 dessas meninas
conseguiram escapar, deixando 223 nas mãos dos terroristas,
que protestam contra o direito das meninas estudarem e já
começaram a vendê-las no mercado como 'child brides' (noivas
infantis). A idade média dessas meninas varia de 7 a 14 anos
de idade e são, em sua grande maioria, cristãs.
Os protestos da população na Nigéria e ao
redor do mundo enchem as ruas, com faixas dizendo "Tragam de
volta nossas meninas", ou "Elas não estão à venda" e "As
vidas na África importam", enquanto governos proíbem voos à
Nigéria, e os consulados alertam para as muitas ameaças
terroristas que continuam principalmente na cidade de Lagos.
Mães e suas famílias lotam as ruas da Nigéria, desesperadas
pelo sequestro de suas filhas.
Manifestações nas mídias sociais
O mundo tem se manifestado através das mídias
sociais usando a hashtag #BringBackOurGirls (Traga de volta
nossas meninas). Governos da maioria dos países ocidentais
têm se mobilizado no suporte ao governo nigeriano e na
tentativa de contato com os terroristas para salvar as
garotas.
O "Boko Haram" significa "Educação do
Ocidente é Pecado", e é uma organização islâmica terrorista
conhecida por sua violência desde 2009, assassinando
milhares da Nigeria ao Marrocos, em sua grande maioria
cristãos e alguns grupos islâmicos mais modernos que abraçam
a educação ocidental, forçando a lei Sharia naqueles países.
Um dos ataques mais famosos foi no Kenya em setembro de
2013, que resultou em 67 mortos.
Em
vídeos dos terroristas sobre o sequestro das meninas, eles
protestam contra a globalização que trouxe imagens e ideias
do ocidente à comunidades especificamente patriarcais, pedem
que as escolas sejam fechadas e que o Islã seja a religião
oficial da região. Eles também protestam contra a internet e
todas as ideologias globais, incluindo algumas versões
dissidentes do Islã que abraçaram a modernidade.
Entendendo
a história da Nigéria e do grupo terrorista Boko Haram
A Nigéria possui um governo corrupto e é
fortemente controlado pelo radical Wahhabi Islam, promovido
pela Arábia Saudita e Golfo Árabe. O Boko Haram protesta
contra a influência que a Nigéria vem recebendo devido a
globalização.
O sul da Nigéria é predominantemente cristão
e tem prosperado mais rapidamente que o norte islâmico,
principalmente economicamente. Suas raízes nasceram no
período colonial britânico com a independência em 1960. Os
britânicos governaram o sul da Nigéria diretamente, daí a
conversão em massa por missionários cristãos, e muitos
desses são os que dirigem as escolas. A educação dada nas
escolas é predominantemente ocidental, o que tem melhorado a
economia como um todo, e adaptado cidades inteiras ao
progresso econômico moderno.
As poucas escolas existentes no norte da
Nigéria consistem de professores corruptos que providenciam
educação informal, muitas vezes reunindo alunos embaixo de
árvores, e fazendo-os mendigar nas ruas em troco de comida e
educação, daí o progresso rápido das escolas do sul, que
providenciam uma educação baseada em direitos humanos,
principalmente às meninas, principal alvo do Islamismo
radical do Boko Haram.
Aos olhos dos terroristas e dirigentes do
Boko Haram, o sequestro coletivo das 276 meninas afronta o
progresso contra a educação ocidental, contra a "obcenidade"
de meninas estudando em escolas, e contra o Cristianismo,
pois a grande maioria das meninas sequestradas são cristãs.
Infelizmente, os nigerianos do Nordeste da
Nigéria simpatizam com a luta do Boko Haram contra a
abertura da democracia e educação às mulheres no país, o que
fortalece o terrorismo na região.
Providências ao redor do mundo
Os governos de muitos países da Organização
das Nações Unidas têm contatado o presidente nigeriano,
Goodluck Jonathan, para auxiliar seu país em encontrar as
meninas que foram sequestradas, que, a esta altura, há
indícios de que foram divididas em vários grupos e enviadas
a países vizinhos, e muitas já foram vendidas, dificultando
o resgate.
Protestos
em vários países, de Los Angeles nos Estados Unidos a
Londres na Inglaterra, tem pressionado seus governos para
que algo seja feito e o resgate dessas meninas realizado o
mais rápido possível.
Devido a divisão de opiniões dos próprios
habitantes nigerianos, aqueles que favorecem o sul da
Nigéria e a educação às mulheres, cobram o presidente e o
ministro da defesa nigeriano de não estarem fazendo sua
parte, amedrontados pela força dos radicais islâmicos que
favorecem o Boko Haram.
Resgate e o que podemos fazer para ajudar
Somente na sexta-feira, dia 9 de maio, as
autoridades nigerianas confirmaram que o número de meninas
ainda desaparecidas são 223 e ouvem depoimentos das 53 que
escaparam para tentar localizar pistas e encontrar as
outras.
O medo e as ameaças da organização crescem a
cada dia. Um ataque realizado pelo Boko Haram numa estação
rodoviária, explodiu um ônibus matando 18 pessoas, e
enviando dúzias de feridos aos hospitais.
A organização mundial Care.org lançou uma
página chamada Violence Against Women - Bring Back Our Girls
(Violência contra Mulheres - Tragam de volta nossas meninas)
educando os povos contra a violência de gêneros.
Eles informam ainda que algumas das meninas
sequestradas que já foram vendidas a organizações islâmicas
que suportam grupos como o Boko Haram pelo preço cada uma de
2,000 naira (equivalente a US$12.00 - doze dólares ou
aproximadamente R$20,00 - vinte reais).
Para ajudar, precisamos compartilhar o máximo
possível e protestar como podemos para que nossos governos
possam ajudar a Nigéria e todos os países que ainda cometem
atrocidades e violência de gêneros contra a liberdade de
religião e contra os direitos humanos.
Que possamos fazer nossa parte COMPARTILHANDO
esta notícia o máximo que pudermos nas redes sociais,
através de emails, ajudando a conscientizar nossos
familiares contra a violência de gêneros, e vamos ORAR para
que essas meninas possam ser encontradas e retornem as suas
famílias, e restaurem sua dignidade e seus direitos humanos.
Fonte: http://familia.com.br/276-meninas-sequestradas-na-nigeria-como-podemos-ajudar-a-traze-las-de-volta
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