Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

Esclarecimentos para quem deseja ingressar no nosso Instituto

 

 

Primeira parte

 

 

 

"VINDE e VEDE" (Jo 1, 39)

 

1. Ler atentamente o resumo das nossas Constituições e Esclarecimentos (abaixo).

2. Escrever uma carta manifestando o desejo de ingressar no nosso instituto.

3. Aguardar a nossa resposta através de carta (não tratamos desse assunto por telefone nem por E-mail).

4. Escrever pela segunda vez confirmando o desejo de ingressar no Instituto.

5. Aguardar uma nossa resposta por carta, marcando a data da  visita de um (a) religioso (a) ao (à) vocacionado (a).

6. Depois da visita, o (a) vocacionado (a) receberá uma carta informando-o (a) se foi aceito (a).

7. Caso tenha sido aceito (a), deverá participar de um Santo Retiro de dois dias numa Casa do Instituto.

8. Após o Santo Retiro, o (a) vocacionado (a) voltará à sua casa ficando ali, de quinze a trinta dias. Terminado o prazo, caso ainda queira ingressar no Instituto, escreva-nos uma carta confirmando a sua decisão.

9. O (a) vocacionado (a) só poderá ingressar no Instituto após receber uma carta do (a) Superior (a) marcando a data do seu ingresso.

10. Existem muitos (as) vocacionados (as) que gostam de fazer experiência, nós não aceitamos esse tipo de coisa, porque a nossa Casa não é laboratório.

 

 

 

Segunda parte

 

 

 

"DEIXA QUE OS MORTOS ENTERREM OS SEUS MORTOS" (Lc 9, 60)

 

 

1. Não aceitamos no Instituto vocacionados (as) apegados (as) em parentes e amizades. Esse apego às criaturas perturba a vida comunitária e o crescimento espiritual do candidato.

Santo Afonso Maria de Ligório escreve: "Portanto, para se chegar a uma perfeita intimidade com Deus, é necessário um desapego total das criaturas. Falando mais detalhadamente, é preciso que nos desprendamos das afeições desordenadas aos nossos parentes.

Muitas vezes, quando se trata de bens espirituais, nossos maiores inimigos podem ser nossos parentes" (A Prática do Amor a Jesus Cristo, cap. XI).

 

2. Não permitimos que vocacionados (as) fiquem se aconselhando com os pais, após terem ingressados (as) no Instituto.

Santo Afonso Maria de Ligório escreve: "Tantos pobres jovens perderam sua vocação por causa dos pais; tiveram um mau fim e se tornaram a ruína da casa" (A Prática do Amor a Jesus Cristo, cap. XI).

Santo Tomás de Aquino aconselha aos vocacionados a não se aconselharem com seus parentes porque, neste assunto, eles se tornam verdadeiros inimigos.

 

 

 

Terceira parte

 

 

 

"TOME A SUA CRUZ E SIGA-ME" (Mt 16, 24)

 

1. No Instituto não é permitido o ingresso de vocacionados (as) que desejam viver na "poltronice" e na boa vida.

Leia atentamente o trecho da Circular n° 20 escrita pelo nosso Revmo. Pe. Divino Antônio Lopes FP. aos Religiosos do Instituto.

 

"Hoje, mais do que nunca, nesse mundo moderno, podre e voltado para o comodismo e boa vida, a Santa Igreja Católica Apostólica Romana necessita de vocações santas e fortes, de pessoas que entram na luta para vencer, de sacerdotes e religiosas que evangelizam em qualquer ambiente sem se recuar diante das críticas e ameaças dos inimigos: “E quem vos há de fazer mal, se sois zelosos do bem? Mas se sofreis por causa da justiça, bem-aventurado sois! Não tenhais medo nenhum deles, nem fiqueis conturbados(1Pd 3,13-14).

Vocês já perceberam que as pessoas em geral sentem pavor da renúncia, da penitência e até da oração; e muitas delas querem se consagrar a Deus trazendo consigo toda a penteadeira, achando que a vida religiosa é um salão de beleza. Que Deus nos proteja e envie para bem longe de nós as bonecas de louça, as garotas da nívea, os garotos do cabelo tingido, as rapadurinhas de coco, as pelinhas de ovo, os melzinhos intocáveis, os buchinhos melindrosos e outras coisas de baixa categoria; esse tipo de gente se assemelha aos mijões do exército de Gedeão.

Muitas Congregações tentam atrair as vocações eliminando do dicionário as palavras: renúncia, penitência, rigor, oração, etc., achando que estão fazendo uma ótima pescaria. E quando tais vocacionados ingressam nas mesmas, são tratados com mimos e sorrisinhos de Branca de Neve, em resumo, todos devem engolir sapos e jacarés para não contrariá-los, e haja sorriso forçado e tapinhas nos ombros; na realidade é um belo circo e não falta palhaço. É importante lembrar de que o quarto dos mesmos deve estar rigorosamente ornamentado, sem falar na televisão que ocupa o centro e da promessa de um futuro carro. Haja purgante para suportar tais "animadores" vocacionais. Será que estão formando discípulos de Jesus Cristo ou Cinderelas de sapatinho de ouro?

Caríssimos religiosos, desprezemos com repugnância tais pescarias vocacionais, ou melhor, "porcarias vocacionais", e jamais ousemos imitar tão grande baixaria, porque esse tipo de gente jamais suportará o vendaval das perseguições, ou melhor, não suportará nem a brisa".

 

2. Só aceitamos no Instituto o (a) vocacionado (a) que esteja decidido a abraçar a cruz com amor, fervor e alegria.

Leia atentamente o trecho da Circular n° 20 escrita pelo nosso Revmo. Pe. Divino Antônio Lopes FP. aos Religiosos do Instituto.

 

"Sigamos sim, os passos de Nosso Senhor que disse: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me(Mt 16,24). Está claro que Jesus Cristo não promete vida fácil para os seus amigos, pelo contrário, Ele ordena que os mesmos coloquem a cruz sobre os ombros e a carreguem com alegria e disponibilidade. Para um discípulo que Lhe pediu: “Senhor, permite-me ir primeiro enterrar meu pai(Mt 8,21), Ele lhe respondeu sem rodeios: “Segue-me e deixa que os mortos enterrem seus mortos(Mt 8,22). Sobre essa passagem escreve São João Crisóstomo: “Se Jesus o proibiu, não é porque nos manda descurar a honra devida àqueles que nos geraram, mas para nos dar a entender que nada há de haver para nós mais necessário que procurar as coisas do Céu, que a elas nos havemos de entregar com todo o fervor e que nem por um momento podemos deferi-las, por mais iniludível e urgente que seja o que poderia afastar-nos delas(Hom. Sobre S. Mateus, 27). E para outro que Lhe pediu: “…permite-me primeiro despedir-se dos que estão em minha casa(Lc 9, 61), respondeu abertamente: “Quem põe a mão no arado e olha para trás não é apto para o Reino de Deus(Lc 9,62). Comentando essa passagem, São Francisco de Sales escreve: “Nós recebemos a graça de Deus em vão quando a recebemos à porta do coração sem lhe permitir a entrada. Recebemo-la sem a recebermos; recebemo-la sem fruto, pois de nada serve sentir a inspiração se não se consente nela (…). Sucede por vezes que inspirados a fazer muito não aceitamos toda a inspiração, mas apenas algo, como aqueles personagens do Evangelho que, aconselhados pelo Senhor a que O seguissem, um pediu-Lhe autorização para enterrar o pai, e o outro para se despedir dos parentes(Tratado do amor de Deus, liv. 2, cap. 11).

Caríssimos religiosos, o caminho do Senhor é exigente e estreito, não nos iludamos com certas pessoas  que desejam se consagrar a Deus com a intenção de levarem uma vida cômoda e preguiçosa, esse tipo de gente são ladrões disfarçados, são parasitas de mãos postas e sanguessugas com cara de anjo, em resumo: são terríveis golpistas".

 

3. No Instituto jamais será permitido o ingresso de vocacionados (as) que se poupam, isto é, que doam somente o mínimo para Deus: "O cristão que se poupa, que calcula para dar a Deus o mínimo indispensável de modo a não lhe ser traidor, que vive procurando antes fugir da cruz que carregá-la, antes defender-se que renunciar-se, antes salvar a própria vida que sacrificá-la, não é discípulo de Cristo. Se não nos é dado testemunhar nosso amor e nossa fé com o martírio do sangue, devemos, todavia, testemunhá-los abraçando com generoso coração todos os deveres que o seguimento de Cristo impõe, sem recuar perante o sacrifício" (Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena, O.C.D. Intimidade Divina, 298, 1).

 

 

 

Quarta parte

 

 

 

 

Outros pontos necessários a serem esclarecidos:

 

1. Não aceitamos vocacionados (as) com "espírito" da Renovação Carismática, Teologia da Libertação, etc.

2.  No Instituto, celebra-se a Santa Missa em Latim e canta-se o Gregoriano. O Ofício Divino é rezado na língua latina.

3. Será aceito no Instituto somente o (a) vocacionado (a) que tenha um firme propósito e grande desejo de ser santo (a): "Portanto, deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito" (Mt 5, 48), e: "Porquanto, é esta a vontade de Deus: a vossa santificação" (1 Ts 4, 3), e também: "Todo missionário só o é, autenticamente, se se empenhar no caminho da santidade" (João Paulo II, Carta Encíclica "Redemptoris Missio", 90), e ainda: "O padre, que não faz caso da santidade de vida, também não poderá ser, de maneira alguma, o sal da terra" (São Pio X, Encíclica "Haerent Animo", 5).

 

Mais esclarecimentos serão dados durante o Santo Retiro, onde o (a) vocacionado (a) terá toda a liberdade para fazer perguntas.

 

 

Vocações