Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

 

Papa João XXIII

 

 

 

"O impulso apostólico pertence essencialmente à profissão de fé cristã: com efeito, "cada um é obrigado a difundir no meio dos outros a sua fé, seja para instruir ou confirmar os outros fiéis, seja ainda para repelir os ataques do infiéis," * especialmente nos tempos, como os nossos, em que o apostolado é uma tarefa urgente para as difíceis circunstâncias em que se acham a humanidade e a Igreja" (Princeps Pastorum, 29). * Santo Tomás de Aquino, Summ Theol. II-II, q. 3, a.2, ad 2.

 

 

 

"Todo cristão deve estar convicto do seu fundamental e primordial dever de ser testemunha da verdade em que crê e da graça que o transformou. "Cristo — dizia um grande Padre da Igreja — deixou-nos na terra a fim de que nos tornássemos faróis que iluminam, doutores que ensinam; a fim de que cumpríssemos o nosso dever de fermento; a fim de que nos comportássemos como anjos, como anunciadores entre os homens; a fim de que fôssemos adultos entre os menores, homens espirituais entre os carnais a fim de os ganharmos; a fim de que fôssemos semente e déssemos frutos numerosos. Nem sequer seria necessário expor a doutrina, se a nossa vida fosse irradiante a esse ponto; não seria necessário recorrer às palavras, se as nossas obras dessem um tal testemunho. Não haveria mais nenhum pagão, se nos comportássemos como verdadeiros cristãos" * (ibid. 31). * São João Crisóstomo, Hom. X in 1Tm.; Migne, PG LXII, 551.

 

 

 

"Os fiéis cristãos, membros de um organismo vivo, não podem ficar encerrados em si mesmos, e acreditar que basta ter pensado e providenciado sobre as próprias necessidades espirituais, para ter cumprido todo o seu dever. Em vez disso, cada um por sua própria parte deve contribuir para o incremento e para a difusão do reino de Deus na terra" (Ibid. 37).

 

 

 

"Todos devem entrar numa porfia de santa emulação e dar assíduos testemunhos de zelo para o bem espiritual do próximo, para a defesa da própria fé, para fazê-la conhecer a quem a ignora completamente ou a quem mal a conhece e por isso a julga mal. Desde a infância e desde a adolescência, mesmo nas mais jovens comunidades cristãs é necessário que o clero, as famílias e as várias organizações locais de apostolado inculquem este santo dever" (Ibid. 38).

 

 

 

 

Papa Paulo VI

 

 

 

"Enviada e evangelizadora, a Igreja envia também ela própria evangelizadores. É ela que coloca em seus lábios a Palavra que salva, que lhes explica a mensagem de que ela mesma é depositária, que lhes confere o mandato que ela própria recebeu e que, enfim, os envia a pregar. E a pregar, não as suas próprias pessoas *, mas sim um Evangelho do qual nem eles nem ela são senhores e proprietários absolutos, para dele disporem a seu bel-prazer, mas de que são os ministros para o transmitir com a máxima fidelidade" (Evangelii Nuntiandi, 15). * Cf. 2Cor 4,5; Santo Agostinho, Sermo XLVI, de Pastoribus: C.C.L. XLI, 529-530.

 

 

 

"Evangelizar, para a Igreja, é levar a Boa Nova a todas as parcelas da humanidade, em qualquer meio e latitude, e pelo seu influxo transformá-las a partir de dentro e tornar nova a própria humanidade: "Eis que faço de novo todas as coisas" *1. No entanto não haverá humanidade nova, se não houver em primeiro lugar homens novos, pela novidade do batismo *2 e da vida segundo o Evangelho *3" (Ibid. 18). *1. Ap 21,5; 2Cor 5,17; Gl 6,15. *2. Rm 6,4. *3. Cf. Ef 4,23-24; Cl 3,9-10.

 

 

 

"A finalidade da evangelização, portanto, é precisamente esta mudança interior; e se fosse necessário traduzir isso em breves termos, o mais exato seria dizer que a Igreja evangeliza quando, unicamente firmada na potência divina da mensagem que proclama *, ela procura converter ao mesmo tempo a consciência pessoal e coletiva dos homens, a atividade em que eles se aplicam, e a vida e o meio concreto que lhes são próprios" (Ibid. 18). * Cf. Rm 1,16; 1Cor 1,18; 2,4.

 

 

 

"E esta Boa Nova há de ser proclamada, antes de mais, pelo testemunho" (Ibid. 21).

"Não haverá nunca evangelização verdadeira se o nome, a doutrina, a vida, as promessas, o reino, o mistério de Jesus de Nazaré, Filho de Deus, não forem anunciados" (Ibid. 22).

 

 

 

"E é por isto que, ao lado da proclamação geral para todos do Evangelho, uma outra forma da sua transmissão, de pessoa a pessoa, continua a ser válida e importante. O mesmo Senhor a pôs em prática muitas vezes — por exemplo as conversas com Nicodemos, com Zaqueu, com a Samaritana, com Simão, o fariseu, e com outros, atestam-no bem — assim como os apóstolos" (Ibid. 46).

 

 

 

 

Papa João Paulo II

 

 

 

"O número daqueles que ignoram Cristo, e não fazem parte da Igreja, está em contínuo aumento; mais ainda: quase duplicou desde o final do Concílio. A favor desta imensa humanidade, amada pelo Pai a ponto de lhe enviar o seu Filho, é evidente a urgência da missão" (Redemptoris Missio, 3).

 

 

 

"Deus abre à Igreja os horizontes de uma humanidade mais preparada para a sementeira evangélica. Sinto chegado o momento de empenhar todas as forças eclesiais na nova evangelização e na missão ad gentes. Nenhum crente, nenhuma instituição da Igreja pode esquivar-se deste dever supremo: anunciar Cristo a todos os povos" (Ibid. 3).

 

 

 

"Membros da Igreja, por força do batismo, todos os cristãos são co-responsáveis pela atividade missionária" (Ibid. 77).

 

 

 

"Não podemos ficar tranqüilos, ao pensar nos milhões de irmãos e irmãs nossas, também eles redimidos pelo sangue de Cristo, que ignoram ainda o amor de Deus. A causa missionária deve ser, para todo crente tal como para toda a Igreja, a primeira de todas as causas, porque diz respeito ao destino eterno dos homens e responde ao desígnio misterioso e misericordioso de Deus" (Ibid. 86).

 

 

 

"Hoje, como no passado, a missão continua a ser difícil e complexa. Requer igualmente a coragem e a luz do Espírito: vivemos, tantas vezes, o drama da primitiva comunidade cristã, que via forças descrentes e hostis "coligarem-se contra o Senhor e contra o seu Cristo" (At 4,26). Como então, hoje é necessário rezar para que Deus nos conceda o entusiasmo para proclamar o Evangelho. Temos de perscrutar os caminhos misteriosos do Espírito e, por ele, nos deixarmos conduzir para a verdade total (Cf. Jo 16. 13)" (Ibid. 87).

 

 

 

"O chamado à missão deriva, por sua natureza, da vocação à santidade. Todo missionário só o é, autenticamente se se empenhar no caminho da santidade: "a santidade deve ser considerada um pressuposto fundamental e uma condição totalmente insubstituível para se realizar a missão de salvação da Igreja" * (Ibid., 90) * Exort. Ap. pós-sinodal Christifideles Laici, 17: l.c., 419.

 

 

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