É
preciso conhecer Jesus Cristo
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Jesus Cristo existiu sempre?
R- Jesus Cristo, como
Deus, existiu sempre; como homem, começou a existir desde o momento
da encarnação. |
“O Filho de Deus é igual ao Pai e ao Espírito Santo
na natureza divina.
Antes de se encarnar no seio de Maria, o Filho de
Deus era puríssimo espírito. Antes de se encarnar, não existia Jesus
Cristo, como Homem-Deus, mas só existia o Filho de Deus, puríssimo
espírito.
Jesus Cristo, homem e Deus unidos na mesma pessoa
divina, começou a existir no seio de Maria, pela ação do Espírito
Santo.
No seio de Maria, a pessoa do Filho de Deus assumiu a
carne humana e se tornou Jesus Cristo, totalmente Deus e totalmente
homem” (Frei Battistini, Maria nosso sim a Deus, Capítulo 8). |
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Quem é o pai de
Jesus Cristo?
R- O
Pai de Jesus Cristo é somente o Pai Eterno; porque o mesmo Filho de
Deus, gerado quanto a divina natureza pela primeira pessoa da
Santíssima Trindade, foi, quanto à natureza humana, concebido no
seio da Virgem Maria, por obra e graça do Espírito Santo. |
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Não teve Jesus Cristo também um pai na
terra?
R-
Não; Jesus Cristo não teve pai terreno, mas somente mãe, que é a
Virgem Maria. |
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Mas então, São José não foi o pai de
Jesus Cristo?
R-
Não; São José não foi pai de Jesus Cristo; mas somente guarda e
desempenhou para com Ele todos os deveres de pai. |
“As palavras: São José foi pai adotivo de Jesus
Cristo querem dizer que ele era comumente julgado pai de Jesus
Cristo, porque desempenhou para com Ele as funções de pai”
(Catecismo Maior de São Pio X, Instrução –
Parte II, Capítulo VIII).
Os Evangelhos designam São José como pai em várias
ocasiões (Lc 2,27. 41. 48).
Assim devia tratá-lo Jesus na intimidade do lar de Nazaré, e assim
era Jesus considerado por quem o conhecia: era o filho de José. E,
efetivamente, José exerceu as funções de pai dentro da Sagrada
Família: foi ele quem pôs o nome a Jesus, quem empreendeu a fuga
para o Egito, quem escolheu o lugar de residência ao voltarem de lá.
E Jesus obedeceu a José como a um pai: Desceu com eles e veio para
Nazaré e era-lhes submisso…
São José teve para com Jesus verdadeiros sentimentos
de pai; a graça acendeu naquele coração bem disposto um amor ardente
pelo Filho de Deus, maior do que se se tivesse tratado de um filho
por natureza. São José cuidou de Jesus amando-O como filho e
adorando-O como Deus. E o espetáculo – que tinha constantemente
diante dos olhos – de um Deus que dava ao mundo o seu amor infinito
era um estímulo para amá-lO ainda mais e para se entregar a Ele cada
vez mais, com uma generosidade sem limites.
Amava Jesus como se realmente O tivesse gerado, como
um dom misterioso de Deus outorgado à sua pobre vida humana.
Consagrou-lhe sem reservas as suas forças, o seu tempo, as suas
inquietações, os seus cuidados. Não esperava outra recompensa senão
poder viver cada vez melhor essa entrega da sua vida. O seu amor era
ao mesmo tempo doce e forte, sereno e ardente, emotivo e terno.
Podemos imaginá-lo tomando o Menino em seus braços, embalando-O com
canções, ninando-O para que dormisse, fabricando-Lhe pequenos
brinquedos, tendo-O junto de si como fazem os pais, fazendo-Lhe
carícias que eram atos de adoração e testemunho do mais profundo
afeto. |
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Por que se fez homem o Filho de Deus?
R-
Para nos salvar. |
“Não muito longe de Belém, à hora do nascimento de
Jesus estão acampados uns pastores de ovelhas. Acocorados, velhos e
moços, ao redor de uma fogueira, conversam sobre mil coisas. Sua
conversa é simples. Falam da vinda do Salvador dos homens. Desejam
de coração que Ele venha quanto antes. De repente a fogueira
empalidece. Uma luz celeste os ilumina e um belíssimo Anjo está
diante deles. Assustam-se muito. Mas o Anjo lhes diz com doçura:
“Não temais! Vim trazer-vos uma grande notícia. Em Belém nasceu o
SALVADOR DO MUNDO. Haveis de encontrar numa manjedoura uma
criancinha, envolvida em panos” (Lc 2,10ss)
(Leituras da Doutrina Cristã, I Dogma, 17ª Leitura). |
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Não nos podíamos salvar por nós mesmos,
se o Filho de Deus não se tivesse feito homem?
R-
Não; se o Filho de Deus não se tivesse feito homem, nós, por nós
mesmos não nos poderíamos salvar; porque, pelo pecado de Adão fomos
excluídos para sempre do céu e nos tornamos escravos do demônio. |
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Onde nasceu Jesus Cristo?
R-
Em Belém: “Também José subiu da cidade de Nazaré, na Galiléia, para
a Judéia, na cidade de Davi, chamada Belém, por ser da casa e da
família de Davi, para se inscrever com Maria, sua mulher, que estava
grávida. Enquanto lá estavam, completaram-se os dias para o parto, e
ela deu à luz o seu filho primogênito, envolveu-o com faixas e
reclinou-o numa manjedoura, porque não havia um lugar para eles na
sala” (Lc 2, 4-7). |
Aproximemo-nos da pobre gruta de
Belém.
“Vendo-se repulso de toda parte, São José e a
Bem–aventurada Virgem saem da cidade afim de achar fora dela ao
menos algum abrigo. Os pobres viandantes caminham na escuridão,
errando e espreitando; afinal depara-se-lhes ao pé dos muros de
Belém uma rocha escavada em forma de gruta, que servia de estábulo
para os animais. Disse então Maria: José, meu esposo, não precisamos
ir mais longe; entremos nesta gruta e deixemo-nos ficar aqui. _ Mas
como? Responde São José; não vês, minha esposa, que esta gruta é tão
fria e úmida que a água escorre em toda parte? Não vês que não é uma
morada para homens, senão uma estribaria para animais? Como queres
passar aqui a noite e dar à luz? _ Contudo é verdade, tornou Maria,
que este estábulo é o paço real onde quer nascer na terra o Filho
eterno de Deus.
Ah! Que terão dito os anjos vendo a divina Mãe entrar
naquela gruta para dar à luz! Os filhos dos príncipes nascem em
quartos adornados de ouro; preparam-se-lhes berços incrustados com
pedras preciosas; e fazem-lhe cortejo os primeiros senhores do
reino.
E ao Rei do céu prepara-se uma gruta fria e sem lume
para nela nascer, uns pobres paninhos para cobri-lO, um pouco de
palha para leito, e uma vil manjedoura para o colocar? Meu Deus,
assim pergunta São Bernardo, onde está a corte, onde está o trono
real deste Rei do céu, porquanto não vejo senão dois animais para
lhe fazerem companhia, e uma manjedoura de irracionais, na qual deve
ser posto?
Ó Gruta ditosa, que tiveste a ventura de ver o Verbo
divino nascido dentro de ti! Ó presépio ditoso, que tiveste a honra
de receber em ti o Senhor do céu! Ó palha ditosa, que serviste de
leito àquele cujo trono é sustentado pelos Serafim! Sim, fostes
ditosos, ó Gruta, ó presépio, ó palha; mais ditosos, porém, são os
corações que tenra e fervorosamente amam esse Amabilíssimo Senhor, e
que abrasados em amor o recebem na Santa Comunhão. Oh, com que
alegria e satisfação vai Jesus Cristo pousar no coração que o ama!
Um Deus que quer começar a sua infância num estábulo,
confunde o nosso orgulho, e, segundo a reflexão de São Bernardo, já
prega com exemplo o que mais tarde havia de pregar à viva voz:
Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração. Eis porque ao
contemplarmos o nascimento de Jesus Cristo e ao ouvirmos falar em
gruta, em manjedoura, em palha, em leite, em vagidos, estas palavras
deveriam ser para nós como que chamas de amor, e como que setas que
nos ferissem os corações e nos fizessem amantes da santa humildade”
(Meditações de Santo Afonso Maria de Ligório, Bispo e Doutor da
Santa Igreja, pelo Pe. Thiago Maria Cristini, página 76). |
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Onde Jesus Cristo viveu até o início da
vida pública?
R-
Em Nazaré: “Tendo recebido um aviso em sonho, partiu para a região
da Galiléia e foi morar numa cidade chamada Nazaré…”
(Mt 2,22-23),
e: “Ele foi a Nazaré, onde fora criado…”
(Lc 4,16). |
“Pouco depois do nascimento do Menino Jesus, o rei
Herodes, velho assassino, quis matá-lo. Haviam vindo os reis magos
para adorar o Menino recém-nascido. Herodes, fingindo-se piedoso,
pediu-lhes que depois de terem encontrado o Menino Jesus, lhe
viessem dizer onde se encontrava. “Pois, dizia ele, querer
adorá-lo”. Mas em seu coração já tinha resolvido matar a criança.
Deus, porém, deu ordem aos reis de voltarem para casa
por outro caminho, para não se encontrarem com Herodes. Este,
vendo-se enganado, ficou furioso como uma fera e jurou vingança
terrível. Decretou a morte de todos os meninos de Belém até dois
anos de idade. Assim pensava matar a Jesus.
Deus, entretanto, avisou a São José dos maus
propósitos de Herodes e deu ordem de fugir para o Egito. Ainda
naquela mesma noite, em que foi dado o aviso, Maria e José fugiram.
Por Jesus fariam os maiores sacrifícios.
Depois de vários dias de caminhada, muito penosa,
chegaram ao Egito. Ali tiveram que passar por grandes sacrifícios.
Desconheciam a língua dos egípcios. A Sagrada Família permaneceu no
Egito por vários anos, até a morte de Herodes. Um anjo veio avisar a
São José deste fato. E novamente arrumaram seus haveres e voltaram
para a Terra Santa.
A volta foi menos difícil, pois parece que Jesus era
já capaz de caminhar. Teria talvez nessa ocasião uns cinco anos de
idade. Era criança linda e encantadora de que toda gente gostava. De
volta foram residir em Nazaré, onde ainda existia sua casa. Foi aqui
que Jesus passou sua meninice e juventude até completar trinta anos.
Vamos, em pensamento, fazer uma breve visita a
Nazaré, à Sagrada Família. A casa era modesta e pobre, mas tão
limpinha que dava gosto de morar ali. Maria era sempre toda pura e
santa de corpo e alma. Não podia tolerar desordem e imundície de
espécie alguma. Dela podem aprender todas as donas de casa.
Mas por que Jesus ficou tanto tempo em Nazaré? Ele
era Deus, podia ter partido para sua missão pública aos dezoito anos
de idade. Assim começaria mais cedo suas pregações e milagres, para
a conquista do mundo para Deus. De fato, Jesus podia ter começado
mais cedo, mas o Pai celeste quis que ficasse em Nazaré até a idade
de trinta anos. A vontade do Pai foi que Ele nos desse o exemplo de
obediência, de trabalho, de humildade e de oração”
(Leituras da Doutrina Cristã, I Dogma, 18ª Leitura).
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Onde Jesus Cristo morreu?
R-
Em Jerusalém: “Tomando consigo os Doze, disse-lhes: ‘Eis que estamos
subindo a JERUSALÉM e vai cumprir-se tudo o que foi escrito pelos
profetas a respeito do Filho do Homem. De fato, ele será entregue
aos gentios, escarnecido, ultrajado, coberto de escarros; depois de
o açoitar, eles o matarão” (Lc
18, 31-34). |
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Que fez Jesus Cristo para nos salvar?
R- Padeceu e morreu na
cruz. |
“Nosso
Senhor, ao chegar ao Calvário, foi cravado na cruz. De quantos
sofrimentos não nos falam estas poucas palavras. Nosso Senhor já
sofreu muito durante a prisão, os julgamentos, a flagelação, a
coroação de espinhos, o caminho para o suplício. Os algozes aos
quais Nosso Senhor fora entregue eram homens desalmados que sentiam
prazer em maltratar a vítima o mais possível. Essa gente, assim que
deitou o Divino Salvador sobre a cruz, prendeu-lhe mãos e pés ao
madeiro com duros cravos, à força de pesadas marteladas. Procuremos
sentir, como se fosse em nós, aqueles pregos grandes e largos
entrando na carne, machucando os nervos, cravando-se pouco a pouco
na cruz. Depois, vem o trabalho de colocar a cruz em pé. O Salvador
sentiu com violência os cravos que rasgavam as feridas, ao peso do
corpo. Finalmente começam as três horas de sofrimentos, longas como
uma noite que não quisesse mais acabar. Cristo entre o céu e a
terra, vê junto de si um grupo de pessoas fiéis, as santas mulheres
e o apóstolo São João. Mas eram poucos, como uma gota de água no
meio do oceano, em comparação com a massa popular que exigia a sua
morte e o injuriava. Conta São Mateus 27, 39ss: “Os transeuntes
moviam a cabeça dizendo: Tu, que destróis o templo de Deus e em três
dias o reedificas, salva-te a ti mesmo! Se és o Filho de Deus, desce
da cruz. Da mesma forma zombavam os príncipes dos sacerdotes,
escribas e anciãos, dizendo: salvou a outros, a si mesmo, porém, não
pode salvar. Desça agora da cruz, se é que é rei de Israel, e
creremos n’Ele. Confiou em Deus, pois que o venha livrar agora, se
de fato lhe quer bem, porquanto afirmou: eu sou o Filho de Deus”.
Era assim que zombavam de Jesus o povo, que tinha
recebido d’Ele os favores de tantos e tantos milagres, os sacerdotes
judaicos, que deveriam ser os primeiros a defendê-lO.
Jesus não desceu da cruz, como pediam, porque não
convinha fazer milagre para satisfazer à curiosidade daqueles
blasfemos. Mas Jesus depois de morto ressuscitou do sepulcro, que
era milagre muito maior. Mesmo assim os malvados não se converteram,
porque, se é fácil começar uma vida de pecados, é, depois, muito
difícil corrigir-se” (Leituras da Doutrina
Cristã, I Dogma, 25ª Leitura). |
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