É
preciso conhecer Nossa Senhora
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Maria Santíssima morreu?
R= “A morte de Maria não foi castigo do pecado
(cf.
Dz 1073), porque ela carecia de pecado original e de todo pecado
pessoal. Porém era conveniente que o corpo de Maria, mortal por
natureza, se submetesse à lei universal da morte, conformando-se
assim totalmente a seu Filho divino”
(Ludwig Ott, Manual de Teologia
Dogmática, Livro Terceiro, Parte Terceira, Capítulo Segundo, 6).
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“Se alguém julgar que estamos laborando em erro, pode
consultar a Sagrada Escritura, onde não achará a morte de Maria, nem
se foi morta ou não, se foi sepultada ou não. E quando João partiu
para a Ásia, em parte alguma está dito que tenha levado consigo a
Santa Virgem: sobre isso a Escritura silencia totalmente, o que
penso ocorrer por causa da grandeza transcendente do prodígio, a fim
de não induzir maior assombro às mentes”
(Santo Epifânio, Os últimos
tempos da Virgem Maria, P. G. 42, 714ss). |
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A Santíssima Virgem foi assunta de
corpo e alma à glória celestial?
R= Sim: “Pronunciamos, declaramos e definimos ser
dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus e sempre
Virgem Maria, terminado o decurso da vida terrestre, foi assunta de
corpo e alma à glória celestial” (Pio XII, Bula “Munificentissimus
Deus”: AAS 42 (1º de novembro de 1950) 770).
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“… para honrar o triunfo de
Maria, veio do paraíso o próprio Jesus Cristo; desceu para
encontrá-la e acompanhá-la. E Eádmero diz: O Salvador quis subir ao
céu antes de Maria, não só para preparar-lhe o trono, mas também
para tornar-lhe mais gloriosa a entrada no céu, pela sua presença e
pelo luminoso séqüito dos espíritos bem-aventurados. Nicolau monge,
vê mais fulgores na Assunção de Maria, que na Ascensão de Jesus
Cristo. Porque, ao Redentor, somente vieram encontrá-lo os anjos,
enquanto que a Santíssima Virgem subiu à glória, saindo-lhe ao
encontro, e acompanhando-a o mesmo Senhor da glória e toda a
bem-aventurada companhia dos santos e anjos…
Consideremos como, descendo o
Salvador do céu para encontrar a Mãe, lhe disse, consolando-a:
Levanta-te, apressa-te, amiga minha; pomba minha, formosa minha, e
vem. Porque já passou o inverno, já se foram e cessaram de todo as
chuvas (Ct 2, 10). Vamos, minha cara Mãe, minha bela e pura pomba,
deixa este vale de lágrimas, onde tens sofrido tanto por meu amor.
“Vem do Líbano, esposa minha, vem do Líbano e serás coroada”
(Ct 4,
8). Vem com alma e corpo, gozar o prêmio de tua santa vida. Se tens
padecido muito no mundo, maior é a glória que te darei de Rainha do
universo.
Eis que Maria já deixa a terra.
Vêm-lhe à memória as muitas graças que aí recebera de seu Senhor.
Olha-a por isso com afeto e juntamente com compaixão, recordando-se
dos pobres que deixa expostos a tantas misérias e a tantos perigos.
Jesus lhe estende a mão, e a Santa Mãe já se eleva no ar, já passa
as nuvens e as esferas. E chega enfim às portas do céu… Já entra na
celeste pátria. Mas, à sua entrada, vêem-na aqueles espíritos
celestes tão bela e tão gloriosa, que perguntam aos anjos que
chegaram de fora, como contempla Vulgato Orígines: Quem é esta que
sobe do deserto inundando delícias e firmando sobre o seu amado?
(Ct
8, 5). E quem é esta criatura tão formosa que vem do deserto da
terra, lugar de espinhos e abrolhos? Vem tão pura e rica de
virtudes, com o seu amado Senhor, que se digna ele mesmo
acompanhá-la com tanta honra? Quem é? Respondem os anjos que a
acompanham: Esta é a Mãe do nosso Rei; é a bendita entre as
mulheres, a cheia de graça, a Santa dos santos, a amada de Deus, a
Imaculada, a mais formosa de todas as criaturas…
Vieram depois dar-lhe boas-vindas, e saudá-la como
sua Rainha, todos os santos que então estavam no paraíso”
(Santo
Afonso Maria de Ligório, Glórias de Maria, Parte 2, Tratado I,
Capítulo II, VIII, Ponto Primeiro).
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Nossa Senhora foi coroada
no Céu?
R= “… de joelhos, a humilde e santa Virgem adora a
majestade divina e abisma-se no conhecimento do seu nada. Agradece a
Deus todas as graças que por mera bondade lhe havia concedido,
especialmente de a ter feito Mãe do Verbo Eterno. Imagine e
compreenda agora, quem o puder, com que amor a Santíssima Trindade a
abençoou! Quem nos descreverá o afável e afetuoso acolhimento que
fez o Pai Eterno à sua Filha, o Filho à sua Mãe, o Espírito Santo à
sua Esposa! O Pai a coroa, participando-lhe o seu poder, o Filho a
sabedoria, o Espírito Santo o amor. As Três Pessoas divinas,
colocando-lhe o trono à direita de Jesus, a declaram Rainha
universal do céu e da terra. Aos Anjos também ordenam, e a todas as
criaturas, que a reconheçam por sua Rainha e como tal a sirvam e lhe
obedeçam” (Santo Afonso Maria de Ligório, Glórias de Maria, Parte 2,
Tratado I, Capítulo II, VIII, Ponto Primeiro).
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