Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

060 / 2015

 

Anápolis, 29 de junho de 2015

 

À senhora Ellen Cristina Cardoso de Lima – Benfeitora do Instituto

Goiânia – GO

 

Estimada senhora, numa passagem do Evangelho fala do triste estado do surdo e mundo... uma imagem da lastimável condição a que reduz ao homem o mau hábito de pecar, se teve a infelicidade de o contrair.

Somos todos pecadores! Todos cometemos pecados e ainda pecaremos apesar dos bons propósitos que fazemos depois de cada confissão.

Mas se pecar é próprio do homem, perseverar no pecado é do Demônio (São Bernardo de Claraval). Persevera diabolicamente no pecado quem peca sem opor alguma resistência interna... essa perseverança é terrível e não pode agradar a Deus. Persevera diabolicamente no pecado quem peca com espontaneidade, com plena satisfação do intelecto e da vontade, sem algum remorso, sem algum pudor, gabando-se ainda como de uma coisa lícita e honesta, burlando assim a lei de Deus e rindo-se daqueles que a observam. O que dizer desses pecadores? Vivem nas margens do inferno.

Para quem a tal ponto chegou, o pecado já se tornou segunda natureza; porque a natureza humana, embora decaída pela culpa original, conserva em si os princípios da lei eterna, e sente repugnância pelo pecado. Esta segunda natureza que no pecador se forma, e com o pecado o identifica, é uma natureza diabólica, porque não há coisa mais natural ao Demônio senão o pecado, e esta natureza diabólica é o hábito do pecado.

Ao consuetudinário pode-se aplicar as palavras do Salmo 108, 18: Vestia a maldição com um manto: que ela o penetre como água e como óleo em seus ossos!

Quem se habitua ao pecado, obstina-se no mal como os Demônios e os condenados do inferno (Pe. João Batista Lehmann). Seu caso é verdadeiramente desesperador, pois trata-se de um mal incurável, para cuja cura são impotentes os remédios mais vigorosos da misericórdia de Deus (São João Crisóstomo).

Obrigado pela preciosa ajuda.

Eu te abençoo e te guardo no Coração de Jesus Cristo, nosso refúgio e consolo.

Com respeito e gratidão,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

 

 

 

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