Anápolis, 18 de Agosto de 2000
Ao
Exmo. Senhor Bispo da Diocese de Anápolis
Dom Manoel Pestana Filho.
Recebi um telefonema do vocacionado ..., me pedindo
uma carta de apresentação exigida pelo senhor, para ser admitido no
Seminário Imaculado Coração de Maria.
Durante o tempo que ele esteve no Instituto
Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus
Cristo e das Dores de Maria Santíssima, foi sempre disponível para o
trabalho manual e também apostolar, e nunca percebi nada contra a
sua moral. O seu trabalho pastoral foi sempre temperado com a
desgraça da pirraça, da irresponsabilidade, do apego à própria
vontade e desejo de ser estimado. Devido a este comportamento
tivemos vários e sérios atritos, sendo que eu o convidei, por várias
vezes, na frente de vários irmãos e irmãs, a deixar o Instituto;
sempre cobrando dele uma mudança, o mesmo sempre prometia melhorar,
mas pelo contrário, piorava.
No dia 25 de março de 2000, às 9:00 h. depois de mais
uma reunião sobre o seu comportamento, ele decidiu deixar o
Instituto.
Quanto a mim, é tudo o que tenho a dizer sobre ele.
Cabe ao Senhor admiti-lo ou não: “Como os que recebem as ordens
sacras são colocados acima do povo, assim devem eles estar acima
pelo mérito da santidade” (Santo Tomás de
Aquino, Suma Teológica, III, suppl. q. 35, a 1, ad 3).
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Obs: O nome do seminarista
foi preservado nessa página, porém, o mesmo está citado na
carta original que se encontra guardada em nossos arquivos.
O nosso Revmo. Pe. Divino Antônio
Lopes o suportou por seis anos no Instituto, sendo que o mesmo foi
expulso do Seminário Diocesano Imaculado Coração de Maria em seis
meses.
Segundo fonte segura, o mesmo
casou-se recentemente.
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