Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

Cartas a Dom Manoel Pestana Filho,

Bispo de Anápolis - Go

 

 

Carta 12

 

 

Anápolis, 30 de novembro de 2004

 

Ao Exmo.

Dom Manoel Pestana Filho,

Bispo Emérito de Anápolis

 

Que a caridade do Sagrado Coração de Jesus esteja em vosso coração.

É com alegria e gratidão ao Deus Onipotente que lhe escrevo esta, para dizer-lhe que consegui do Revmo. Pe. …, pároco de Jaraguá, a cópia do Livro Tombo que tanto desejava, para continuar a narração da Crônica do meu Instituto, e para a construção do Site do mesmo (www.filhosdapaixao.org.br) V. Excia. poderá acompanhar página por página, e constatará que tudo que digo é puríssima verdade e provado com documentos.

Alguns meses atrás, pedi ao senhor cópias do mesmo Livro, e me foi negado; recorri ao Tribunal Eclesiástico de Goiânia, o Juiz, Pé. Renato de Lima Lopes, pediu-lhe através de uma carta que V. Excia. permitisse que tirássemos uma cópia de tal documento, mesmo assim, o senhor com um coração vingativo, justamente porque eu não quis assumir trabalho na Diocese, preferiu mais uma vez negá-lo, e para minha segurança e felicidade, tenho todas as cartas arquivadas.

Não aceitei trabalho em vossa Diocese, apesar de ter sido convidado por duas vezes, tenho as duas cartas arquivadas, porque não concordava com o comportamento do Vigário Geral e de certas pessoas que trabalhavam na Cúria Diocesana que fediam luxúria; preferi permanecer no meu lugar para conservar a minha fé, a exemplo de Santo Eulógio: “Infelizmente os cristãos viram diante de si o péssimo exemplo do Bispo Recafredo que tinha procedido com muita covardia e dado bastante escândalos. Eulógio tanto se entristeceu com isto, que se absteve por algum tempo da celebração da Missa, para não ser obrigado a celebrar os santos Mistérios na presença do Prelado, e com este ato sancionar o procedimento indigno do mesmo. Recafredo ofendeu-se com o retraimento de Eulógio e ordenou-lhe sob pena de excomunhão, que o acompanhasse à Igreja e celebrasse na sua presença. Eulógio achando improcedente tão severa ordem, retirou-se para a França” (Cf, “Na Luz Perpétua”, I Vol. 5ª Ed.).

Veja Exmo. Bispo Emérito, nem todos são briguentos, ainda existe na Igreja gente de bom senso e que sabe respeitar o direito do próximo: “É direito dos interessados receber, por si ou por procurador, cópia autêntica manuscrita ou fotostática dos documentos que, por sua natureza, são públicos e se referem ao seu próprio estado pessoal” (Cân. 487 § 2).

O que mais me tranqüiliza, é saber quê um dia V. Excia. terá que comparecer diante do terrível Tribunal de Deus, para prestar contas de suas injustiças e calúnias, com certeza absoluta, nesse Tribunal, o senhor não poderá abusar de vossa autoridade.

Quando V. Excia. era o meu professor na Filosofia, disse várias vezes que uma certa pessoa muito antiga, dizia: “Quando quiseres destruir alguém, mente e faça outros mentirem fortemente sobre ela, com certeza alguma coisa ficará”.

O senhor e um grupo de sacerdotes: Pé. Luiz Ilc, Pe. …, Pe. … e Pe. …, colocaram esse pensamento acima em prática contra a minha pessoa e o meu Instituto. Balançaram árvores e moitas, atiraram pedras e montanhas, espalharam milhares de papeluchos caluniosos pêlos ares, vociferaram nos altares e nos meios de comunicação, amontoaram mentiras sobre mentiras, calúnias sobre calúnias, com certeza de olho naquilo que diz Martinho Lutero: “A mentira é como uma bola de neve, quanto mais rola maior fica”.

Graças ao Bom Deus que protege e cuida dos inocentes, eu tenho todas essas mentiras arquivadas. Para refrescar a vossa memória, citarei em seguida algumas dessas mentiras e calúnias, proferidas por V. Excia.:

• Para livrar o Vigário Geral Luiz Ilc, no Tribunal Eclesiástico de Goiânia, disse em 1997 para os padres Osvaldo e João, que trabalhavam naquele tempo no Tribunal, que eu havia escondido o cálice e paramentos, para que o senhor não pudesse celebrar a Santa Missa em Jaraguá.

• Disse que eu falei que receberia o Pé. Luiz Ilc a tiros em Jaraguá. Essa mentira vergonhosa e baixa, o Vigário Geral a espalhou em toda Diocese.

• Disse ao Pe. …, que tentou participar do velório da nossa Revma. Madre Beatriz de Nossa Senhora das Dores, mas foi recebido com o portão na cara. Essa mentira horrorosa, o Pe. … espalhou em Jaraguá. No velório de nossa Madre, estavam presentes os padres … e …, e mais de cem pessoas, estranho é que ninguém viu V. Excia.

• Em uma carta, B.N. 014/97, datada de 22 de fevereiro de 1997, V. Excia. para barrar o processo que estava sendo montado no Tribunal Eclesiástico de Goiânia contra o Vigário Geral Luiz Ilc, acusou-me perante o Tribunal Eclesiástico com as seguintes calúnias: l - Que eu havia roubado todos os paramentos da paróquia de Jaraguá; 2 - Que eu havia roubado a biblioteca da paróquia; 3 - Que eu roubava o Dízimo da paróquia e dava para o Movimento Missionário Lanceiros de Lanciano.

V. Excia. não estava nada preocupado com isso, escreveu esses absurdos apenas para intimidar-me e ganhar tempo diante do Tribunal Eclesiástico. Se o senhor tivesse certeza do que escreveu, jamais escreveria, mas mandaria a polícia vir ao meu encontro, porque sempre teve vontade de me destruir. E eu, se tivesse naquele tempo a experiência que tenho hoje, te processaria abertamente. Mas o que mais me deixa tranqüilo, seguro e feliz, é saber que tenho essa carta caluniosa com a vossa assinatura.

• Os TRÊS papeluchos que V. Excia. escreveu contra a minha pessoa e o meu Instituto, estão recheados de mentiras, calúnias e má fé; quanto a esses, já fiz aquela “exegese”, que com certeza deixou o senhor envergonhado. Ela irá na íntegra para o nosso Site.

V. Excia. e alguns membros do clero trabalharam e continuam trabalhando para nos destruir, mas uma obra que é de Deus, jamais se desfaz por motivo de inveja de quem quer que seja, porque o Senhor Todo Poderoso a defende e a protege.

Em uma carta que V. Excia. me escreveu, no dia 30 de agosto de 1996, e que está em meus arquivos, dentre tantos ataques camuflados, o senhor deixou escapar alguns, para justificar e proteger os seus caluniadores, como por exemplo: “Quando se confunde imaginação (ou alucinação) e realidade, tudo pode acontecer”. Eu não me surpreendi com essas palavras, porque era assim que o senhor tratava todos os padres que tocavam nos seus protegidos. Se sou um sacerdote alucinado, com devaneios e delírios, por que V. Excia. não descobriu isso durante o tempo de seminário? E por que depois de ter feito tal afirmação, ainda escreveu-me duas cartas oferecendo-me paróquias? Realmente, onde falta a sinceridade tudo pode acontecer. V. Excia. escreveu também: “Apenas ataca, pensando talvez justificar-se com os erros dos outros”. Jamais usei das armas que o senhor usa para proteger os seus, o que eu disse nas cartas foi pura verdade e provo o que disse; e me defendi porque a Igreja me dá esse direito: “Todos gozam de um direito natural à honra do próprio nome, à sua reputação e ao seu respeito. Dessa forma, a maledicência e a calúnia ferem as virtudes da justiça e da caridade” (Catecismo da Igreja Católica, 2479). Se V. Excia. afirmou escrevendo “pensando talvez justificar-se”, por que então não escreveu na mesma carta os tais erros que eu havia cometido, tentando justificar-me?

V. Excia., nós sabemos que Deus permite certos acontecimentos, mas sabemos também que Ele não abandona os inocentes, e Ele, o Deus Onipotente nos protegeu e nos amparou durante todo esse tempo, e com o passar do tempo, estamos percebendo claramente a mão de Deus pesando sobre alguns perseguidores: “Certamente o mal não ficará impune, mas a descendência dos justos será salva” (Pr 11, 21).

Citarei em seguida os nomes de alguns padres que se destacaram como perseguidores, e que estou acompanhando-os atentamente:

l - Mons. Luís Ilc, iugoslavo, nascido A 13/07/1921. Esse, com o vosso apoio, me perseguiu furiosamente durante anos. Esse ilustre Monsenhor levou uma grande surra em sua residência; eu vi nesse acontecimento a pesada mão de Deus castigando-o, por perseguir pessoas inocentes. Eu fiz questão de pedir para o hospital uma declaração, três anos depois, sobre o tempo da sua internação, para o meu arquivo:

 

 

Esse Monsenhor tinha o costume de atender confissão agarrado às mãos das mulheres e com o rosto colocado ao rosto das mesmas, e também de contemplar os seios de algumas, conforme ele próprio dizia na reunião do clero, que atendera algumas moças com seios abundantes, causando gargalhadas em alguns regateiros. O meu desejo era de gritar para abrir os ouvidos de V. Excia. que nada fazia. Penso que ele deve ter mexido com mulheres, esposas de homens de caráter que resolveram dar um basta nisso; mas com certeza, V. Excia. sabe quem é e o porquê da surra.

Mais de um ano depois da surra, alguns do clero, chefiados pelo ilustre Monsenhor, e tudo indica, com a aprovação do senhor, começaram a dizer nos altares que o autor de tal surra era eu; isso porque a vingança extravasou em alguns corações, não conformados com a minha perseverança e por me verem ainda de pé.

O ilustre Monsenhor se extravasou completamente, ao correr até a delegacia e abrir um inquérito contra a minha pessoa, como documento abaixo:

 

 

Se ele tinha tanta certeza, que era eu o autor da terrível surra, por que então esperou mais de um ano, como consta no documento acima, 19/12/2001, para abrir tal inquérito? Esse é o jogo sujo de quem tenta tapar a realidade, tentando incriminar pessoas inocentes. E para piorar mais ainda o seu descontrole e jogo sujo, ele viajou para o exterior logo após a denúncia, e eu estava ansioso para comparecer perante a justiça, porque assim eu poderia dizer toda a verdade que estava no meu coração. Senti uma imensa tristeza, quando recebi a notícia do meu advogado que o processo havia sido arquivado, mas mesmo assim guardei nos meus arquivos a intimação, conforme documento abaixo:

 

 

Que pena esse processo não ter continuado! Quem sabe vocês conseguem reabri-lo.

V. Excia. poderia explicar o motivo pelo qual o ilustre Monsenhor foi se amoitar em um mosteiro na Eslovênia? Repito mais uma vez, eu vi nessa surra a pesada mão de Deus.

2 - Pe. … - Foi tirado às pressas de Jaraguá-Go quando a Diocese ainda estava vacante. Nesse período pode acontecer tal mudança? Deus não aceita jogo sujo, o mesmo foi transferido para a cidade de Nerópolis, mas teve que sair da cidade às pressas, porque o povo não quis aceitá-lo. Penso ser isso apenas o começo do seu castigo.

3 - Pe. … - Um grande causador de muitos transtornos, com suas fofocas preparadas e calculadas. Para minha surpresa e escândalo, dia 13 desse, o vi em uma rua de Anápolis totalmente à paisana e tudo indica, com o cabelo pintado. Não seria isso o começo de uma decadência?

4 - Pe. … e Pe. … - Quanto a esses, nada posso afirmar com provas, mas com certeza o castigo não tardará; porque quem desvia as almas do caminho de Deus, com certeza será punido: “Quanto aos que nos combatem, pior para eles, mas para nós são um bem, aumentam as coroas da eterna glória, provocam sobre si a cólera de Deus” (Do Sermão de Santo António Maria Zacaria, presbítero, a seus confrades).

 

Agora que já tenho o Livro Tombo em mãos, continuarei a narração da história do Instituto no Site do mesmo.

Depois que V. Excia. permaneceu durante longos anos à frente da Diocese de Anápolis, desejo-lhe um bom descanso, e que o Menino Jesus repouse tranqüilo na manjedoura do vosso coração.

 

Atenciosamente,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

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