Anápolis, 05 de janeiro de 2005
Ao Exmo. Senhor Bispo Dom Manoel Pestana Filho
Bispo Emérito de Anápolis-Go.
Excia., que a paz do Sacratíssimo Coração de Jesus
esteja na vossa alma: “Ó Coração Sagrado do meu Salvador, Tu a
quem adoro, a quem amo, Tu todo Amor, Bondade Suprema, só Tu
possuis meu coração” (Bem-aventurada
Elisabete da Santíssima Trindade, Poesia, 57).
Escrevo-lhe mais uma vez, para dizer que V. Excia.
no auge da perseguição contra a minha pessoa, quando eu era
Administrador Paroquial da Paróquia de Nossa Senhora da Penha,
Jaraguá-GO, escreveu em uma carta, algo com a intenção de
denegrir-me, mas se esqueceu de olhar para certos DOCUMENTOS do
passado; e depois , no futuro, escreveu outros DOCUMENTOS, sem
se lembrar do teor da carta que já havia escrito.
Em uma carta do dia 30 de agosto de 1996, V. Excia.
escreveu-me o seguinte: “Compreendo cada vez mais – nunca aludi a
tal coisa antes – as lágrimas de dor e arrependimento do Pe.
Vittorio, por ter-lhe dado tanto apoio”.
Este trecho da carta mostra abertamentenque V. Excia.
estava usando das “lágrimas de um defunto”, porque
quando ela foi escrita, ele já havia falecido há mais de cinco anos.
Mas na verdade, o único desejo de V. Excia. era usar de um santo
sacerdote, que foi meu diretor espiritual por cinco anos, para ter
coragem e inventar argumentos para me desmoralizar.
É importante lembrá-lo, de que o referido sacerdote
faleceu antes da minha ordenação sacerdotal, que V. Excia. adiou por
um ano, tudo indica, por perseguição, e na minha ordenação diaconal
ele não pôde participar, porque V. Excia. o havia enxotado de vossa
diocese. Lembra-se disto? Depois que o “burro do seminário”,
como ele mesmo se intitulava, havia feito tanto pela Diocese de
Anápolis, como consta naquela carta que o senhor a conhece muito
bem, inclusive a mesma se encontra arquivada em meu Instituto.
Se o Pe. Vittorio, conforme trecho da carta, chorou
de arrependimento por ter-me apoiado, certamente, ele que era a
sinceridade em pessoa, se expressou com palavras o porquê de tal
arrependimento. Por que então V. Excia. não mencionou na carta os
motivos de tal arrependimento? V. Excia. citou o Pe. Vittorio, mas o
senhor é quem gostaria de dizer tal coisa, só não o disse, para não
se comprometer, uma vez que Santo Afonso Maria de Ligório escreve: “Em
tais casos, quando falta experiência de boa conduta de vida, não só
peca gravemente quem se ordena, mas também o bispo que o promove às
ordens sem a comprovação devida, sem a certeza moral da idoneidade
do ordenado” (Santo Afonso Maria de
Ligório, A Prática do Amor a Jesus Cristo, Cap. XI).
Só me lembro uma vez do Pe. Vittorio ter se
entristecido comigo; foi em 1988, em Roma, quando ele insistiu para
que eu fizesse parte do Instituto Missionário dos Servos da Igreja,
mas eu lhe disse que já possuía um ideal.
A intenção do senhor ao escrever essa carta, era de
tentar apagar todo o bem que fiz com a graça de Deus, e colocar-me
como um delinqüente, mas Deus é Pai e protegeu-me. A atitude de V. Excia. foi igual a do bispo Eusébio, em relação a São Basílio Magno.
Se sou esse sacerdote tão “perverso”,
porque então V. Excia. escreveu o que se segue a meu respeito e do
meu Instituto?
1.
“Nomeado
Administrador Paroquial de São João Batista da Vila Formosa,
Anápolis, permaneceu no cargo pouco mais de um ano, com muito zelo e
dinamismo apostólico” (Carta ao
Exmo. Bispo Dom José de Aquino Pereira, Bispo de São José do Rio
Preto – SP, 22 de junho de 1990).
2.
“Parabéns
pela Obra e o trabalho. N. Senhor e sua Mãe Santíssima os abençoem a
todos” (Carta ao sr. Diretor –
Fundador do M.M. Lanceiros de Lanciano, Anápolis, 06 de setembro de
1993).
3.
“Declaro,
para os devidos fins, que aprovo “ad experimentum” a
realização da cerimônia de entrada de postulantes no noviciado e sua
abertura na Cidade Missionária do Santíssimo Crucifixo, em Anápolis
e a celebração da emissão dos votos temporários, para o Instituto
Missionário dos Filhos da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das
Dores de Maria Santíssima” (Declaração, 11 de fevereiro de 1995).
No dia 30 de outubro de 2001, V. Excia., para
tentar proteger o apavorado, despreparado e perseguidor Pe... diante do Juiz de Jaraguá, escreveu-lhe dizendo: “Lembro-lhe
que as aprovações que foram dadas ao padre eram “ad experimentum”
quer dizer temporariamente e dependendo do que fosse feito com elas
e, portanto, a partir da ruptura com a Diocese, não têm mais valor”.
Quanto a essa política suja e interesseira, digna de
V. Excia., não me atingiu, continuo o mesmo, e o que me importa, foi
o que o senhor havia escrito fora da política, a Declaração do dia
11 de fevereiro de 1995. Essa sua atitude só veio confirmar o quanto
o senhor abusa, ou melhor, abusava de vossa autoridade; como escreve
um sacerdote diocesano, cuja carta se encontra nos meus arquivos: “Vossa
Excia. faz claramente distinção e acepção entre o clero de sua
diocese. Os que caíram na sua graça pintam e bordam e estão sempre
bem com o senhor, e o senhor com eles. Os que por infelicidade
caíram na sua desgraça, vossa Excia. os persegue, espezinha, insulta
e despreza. Aqueles que vossa Excia. não gosta, são tratados
como péssimos empregados. Continue com suas panelinhas e eu estou
feliz fora delas” (28 de agosto de 1995).
4. “Atendendo
à deliberação do Conselho Presbiteral da Diocese de Anápolis, com
vistas ao encaminhamento da solução de sua presença e trabalhos na
Diocese, nomeamos os Revmos. Sacerdotes Mons. Mário Cuomo e
Andreas Dankl, OSC, nos termos dos cânones 397, § 1 e 396 § 1, para
visitadores diocesanos de suas obras”
(01 de fevereiro de 2001).
O que mais me admira, é que V. Excia. sempre se
escondeu por detrás do Conselho Presbiteral somente para perseguir
alguns padres, é que o senhor não precisava da tão valiosa
deliberação do pobre e usado Conselho Presbiteral.
Como V. Excia. tem coragem de oferecer trabalho em
vossa Diocese para um sacerdote tão “perverso”, “ladrão”
e “polêmico”, como o senhor relatou na carta ao
Tribunal Eclesiástico de Goiânia para proteger o “mitrildo”
Luis Ilc? Realmente V. Paternidade toma algumas decisões sem pesar o
passado ou analisar o futuro. Isso é perigoso para qualquer pessoa,
principalmente para um bispo: “Nós, porém, além de cristãos,
tendo de prestar contas a Deus de nossa vida, somos também bispos e
teremos de responder a Deus por nossa administração”
(Início do Sermão sobre os pastores, de Santo
Agostinho, bispo, Sermo 46, 1-2: CCL 41, 529-530).
5. “Vimos
através desta, caro colega e irmão no sacerdócio, convidá-lo a um
encontro fraterno e pacífico com a nova comissão instituída pelo
Bispo Diocesano Dom Manoel Pestana Filho, para resolvermos o impasse
causado por alguns acontecimentos infelizes.
Desta comissão participam apenas três sacerdotes
desta diocese.
Sugerimos como data a Quinta-feira Santa, 28 de
março, dia da instituição do sacerdócio, às 14:00 h., no seu
convento em Miranápolis. Caso seja uma data inoportuna,
comunique-nos pela Cúria Diocesana uma outra data disponível.
Esperamos por uma resposta positiva e um encontro
e diálogo frutífero, e permanecemos seus irmãos em Cristo”
(21 de março de 2002).
Como já expliquei na “ Carta Exegética” dos três
papeluchos, essa última carta foi um jogo para tentar apanhar-me de
surpresa, pensando que eu estivesse ficado ferido depois do
bombardeio de tais papeluchos; mas o senhor percebeu, que o
sacerdote a quem perseguia era um homem de caráter e de
personalidade, e que não age com duplicidade e nem possui jogo de
cintura.
Durante o tempo em que trabalhei na vossa diocese,
nunca foi preciso que V. Paternidade me recolhesse na Cúria “sob
vossas asas”, ou ao alcance de vosso báculo, como fizera com
alguns sacerdotes. O que aconteceu foi simplesmente fruto de uma
inveja incontrolável.
Na mesma carta, V. Excia. escreve: “Nunca soube de
qualquer ameaça do Pe. Vittorio, negando-se a ajudar o seminário, se
eu não o deixasse entrar na filosofia. Fique certo de que, se isso
tivesse acontecido, o sr. Jamais teria entrado, porque eu não iria
vender uma ordenação, nem para ter um seminário”.
V. Paternidade nega, mas foi justamente isso o que
aconteceu, e o saudoso e sofrido Pe. Vittorio não mentia.
Realmente V. Paternidade tem razão, não vendia
ordenação para obter um seminário, mas sim, vendeu para alguém
perseguir-me; é o caso da misteriosa ordenação do misterioso e “cientista”
e desequilibrado, Pe..., que antes de ingressar no seminário se
vestia de mulher para dançar quadrilha e fazia experiência com
cabelos de meninas.
Esse homem viveu misteriosamente o seu tempo de
seminário. Estudou, como afirmam alguns, por muito tempo na
Universidade Católica de Goiânia, numa “linha” que não
agradava V. Paternidade; morou sozinho por muito tempo em Nerópolis,
coisa que o senhor, no meu tempo, jamais aceitaria. Depois o mesmo
veio para o Institutum Sapientiae, em Anápolis; parece
que por uma “força maior” (episcopal), a Faculdade
aceitou o currículo do misterioso rapaz. E para completar a
novela misteriosa, a sua ordenação surgiu como um relâmpago; e para
confirmar os capítulos políticos e tramados na novela, enviaram um
sacerdote para convidar-me para tal ordenação.
Está claro que V. Paternidade estava pagando uma
dívida para tal pessoa, mas usando de algo sagrado, uma espécie de
simonia.
Eu sempre entreguei essa causa nas mãos do Deus Justo
e Onipotente, assim como entreguei a do “mitrildo”
Luis Ilc, esse último já foi castigado, quanto ao outro, o futuro
dirá.
Inclusive tenho uma carta do “misterioso
cientista” quando ainda era seminarista “perambulante”,
escrita a próprio punho, que mostra o conluio dele com o “mitrildo”
Luis Ilc, ela será uma peça chave na breve História do meu Instituto
no nosso Site, que já está muito adiantado, inclusive no próximo dia
15, lançaremos mais algumas páginas já falando de Jaraguá.
Rezo para que o Deus Justo lhe conceda muitos anos de
vida, para poder estar sempre perto de nós.
Respeitosamente,
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Obs: O nome do sacerdote foi
preservado nessa página, porém, o mesmo está citado na carta
original que se encontra guardada em nossos arquivos.
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