Anápolis, 31 de janeiro de 2006
À Paternidade,
Dom Manoel Pestana Filho
Digníssimo Bispo Emérito de Anápolis-Go.
Exmo. senhor, que a Santíssima Trindade esteja na
vossa alma imortal: “Meu Deus, Trindade que adoro, ajudai-me a
desprender-me inteiramente para residir em vós, imóvel e quieta como
se minha alma já estivesse na eternidade. Que nada possa perturbar
minha paz ou abandonar-vos, meu imutável bem, mas que todo instante
me leve mais para dentro, na profundeza do vosso mistério”
(Bem-aventurada Elisabete da Santíssima
Trindade).
Neste dia, Memória de São João Bosco, resolvi
escrever-lhe esta para lembrá-lo de alguns assuntos; procurarei ser
breve para não cansar V. Paternidade.
1. O senhor que possui uma feliz memória deve se
lembrar muito bem, de que após ter encerrado uma Santa Missa
(crisma) que fostes celebrar em Jaraguá, “esquecestes”
propositadamente na sacristia da igreja o vosso sacramentário, com
certeza para testar-me, porque foi justamente na época em que V.
Paternidade e boa parte do clero estavam desejosos de saber onde eu
estava conseguindo dinheiro para construir o meu seminário. Sabedor
de tal armadilha, esperei por cinco dias, esperando alguém telefonar
da Cúria pedindo a “arapuca”, ou melhor, o
sacramentário, mas ninguém telefonou; com certeza as mocinhas da
Cúria e V. Amável Paternidade já estavam esfregando as mãos e
dizendo: apanhamos o … (só no juízo final ficaremos sabendo).
Numa segunda-feira, resolvi ir à Cúria para
entregar-lhe a “arapuca”, ou melhor, o sacramentário;
não aquele que o senhor havia “esquecido”, haja
distração, mas fiz questão de comprar um novo. Lembro-me como se
fosse hoje o susto que V. Doce Paternidade levou, e disse com os
olhos esbugalhados para as mocinhas: vejam, ele comprou um novo. Saí
da Cúria tranqüilo e pensei: meu Deus, o coração do homem é
realmente uma abismo.
2. Lembra-se do PEDÓFILO, Frei Tarcísio Tadeu Sprícigo? Antes de falar sobre ele, quero comentar algo, somente
assim terá sentido comentar sobre o Frei Tarcísio, “pérola preciosa da
diocese de Anápolis”.
V. Bondosa Paternidade deve lembrar muito bem de que o
meu Internato foi atacado terrivelmente pelos pais de alguns alunos
marginais que foram expulsos do mesmo, dizendo que os religiosos os
surravam. Porque o senhor deveria lembrar disso? Porque a Cúria
diocesano foi uma grande aliada da TV Tocantins, do Jornal “A
Folha de Anápolis” e do Conselho Tutelar Oeste, comandado
pelo sanguessuga e garota de bigode..., que começou a me perseguir,
justamente porque não aceitei que ele e sua família comesse mais às
minhas custas.
A repórter da TV Tocantins, Marina, mencionou por
várias vezes a palavra Cúria, mas não disse o nome de ninguém, é
claro; V. “Prudente” Paternidade sempre age dessa
forma: joga pedra e esconde a mão ou atira a pedra usando a mão dos
outros, tudo com a intenção de se manter como um bom cristão.
O Delegado Willian do 4º DP da Vila Jaiara disse que
havia recebido vários telefonemas de pessoas com voz de “gente
estudada”, perguntando que dia o Pe. Divino Antônio Lopes
seria preso, que já estava passando da hora, etc.; ele pediu que
tais pessoas viessem falar pessoalmente com ele para deporem, mas,
segundo ele, não apareceu ninguém. Com certeza é gente da Cúria
diocesana.
Quando estive no Fórum de Anápolis para conversar com
o Promotor Marcelo Celestino, vi uma carta de V. “Atenciosa”
Paternidade sobre a mesa do promotor; o mesmo abriu a carta e
perguntou-me: é verdade que o senhor não possui nenhum trabalho na
Diocese? Eu lhe disse que era verdade, porque não consigo trabalhar
com pessoas que mentem.
A colaboração da Cúria diocesana com os inimigos foi
tão grande e furiosa, que o assunto que se segue mostra tudo. O Pe..., a inveja em pessoa, quando ainda estava em Jaraguá, depois de ter
participado de uma reunião do clero em Anápolis, chegou em Jaraguá e
disse em plena missa o seguinte absurdo: "O Pe. Divino Antônio Lopes
foi preso hoje, rezemos pela salvação dele". Haja bondade! Haja amor!
Na mesma noite recebi vários telefonemas e também na manhã do dia
seguinte; todos perguntavam porque o padre... mentia tanto e
sentia tanta vontade em me destruir.
Uma irmã do meu Instituto telefonou para o Revmo.
Padre e lhe perguntou se a inveja e o ódio contra a minha pessoa
havia apodrecido o seu coração e o seu cérebro, o mesmo, temendo um
processo, disse que desmentiria na missa à noite, coisa que
aconteceu, e que tudo não passou de um equívoco; é assim que o
senhor e o clero caluniador de Anápolis chama as vossas calúnias:
equívoco.
Eu gravei um texto, via telefone, para a Rádio Cidade
de Jaraguá, e disse ao povo que tudo isso mostrava o que boa parte
do clero de Anápolis sentia por mim, esse trecho repetiu por vinte
vezes durante o dia.
V. "Sábia" Paternidade já descobriu
onde pretendo chegar? Não? Preste atenção!
Esse alvoroço todo em torno da minha pessoa, essa
trovoada e raios sobre o meu Internato, tinha como finalidade tentar
esconder o terrível escândalo praticado pelo PEDÓFILO Frei Tarcísio
Tadeu Sprícigo, dentre os que me atacaram, a Cúria gritava mais
forte, juntamente com a “garota” de bigode do Conselho Tutelar
Oeste... esse tentou inocentar o Frei,
mas nem para isso prestou.
Tentaram sim, esconder o escândalo do Frei, mas nada
adiantou.
Pergunto à V. “Zelosa” Paternidade:
como o senhor teve coragem de deixar um lobo dessa qualidade entrar
em vossa Diocese e estraçalhar os vossos cordeirinhos? Dizer que não
sabia de tal comportamento do Frei não é correto, porque como
está na Internet para o mundo inteiro saber, o mesmo já havia sido
suspenso pelo mesmo motivo entre os anos 1995 e 1997, por ter
violentado garotos no Paraná e no interior de São Paulo. O senhor
conhece o seu diário? A pior prostituta de Sodoma e Gomorra não
teria coragem de escrever tais absurdos. Para conhecê-lo, basta
pesquisar no Google “Frei Tarcísio Tadeu Sprícigo”, ali se encontra
os seus “mandamentos”.
Senhor bispo, onde V. "Sábia" Paternidade
estava ao entregar a vossa Diocese na mão desse homem, tendo-o como
“a pérola” ou o “salvador” da Diocese? Entregar a Diocese em suas
mãos? Sim, isso mesmo, em suas mãos. Mesmo estando aqui no meu
Seminário eu acompanhei os passos desse homem, a única vez que o
vi passando em um gol branco na porta de minha casa, senti que ele
não era boa coisa. Ele fazia um programa na Rádio Voz do Coração
Imaculado, vizinha do meu Seminário, e durante o programa eu ouvi
várias vezes ele convidando o povo para participar da “Missa
de Cura”, na Vila Góis e na Catedral do Bom Jesus, e o mesmo
dizia: os surdos vão ouvir, os paralíticos andarão, os cegos
enxergarão, e muitos chorarão ouvindo o missionário e outras
baboseiras. Para “curar” tanta gente, com certeza ele
usava o livro de sua autoria: “Poderosas Orações que mudarão
sua vida para sempre”, só não mudou a dele. Em outro
programa ele dizia para as crianças: “A criança que tem
pirulito chupa o pirulito, e a criança que não tem pirulito chupa o
… (depois de um espaço ele dizia) o dedo”, em seu diário
mostra abertamente em que ele pensava nessas horas.
Como V. Paternidade permitiu que um homem desse
entrasse em vossa Diocese, principalmente o senhor que sempre se
gabou de ser uma pessoa prudente e zelosa? O senhor não pediu
nenhuma informação para o seu bispo? Penso que V. “Dedicada”
Paternidade não tinha tempo para isso, porque ocupava-o quase todo
em preparar armadilhas para tentar destruir o meu sacerdócio.
Quando o Frei Tarcísio foi preso, eu fui visitá-lo e
levei algumas frutas para ele, senti pena quando o vi na cadeia e o
mesmo dizia: “Eu sou POP STAR, dizem que eu tenho muito
talento”. Então compreendi depois, porque o mesmo escreveu
em seu diário: “O Tarcísio tem que ser o melhor, nem que tenha
que atropelar a todos…”, ele é muito parecido com o vosso
Ex-vigário Geral Luiz Ilc, ou Pró-pró- pró- vigário, ou só
pró-vigário, ou sem pró.. desculpe-me, mas ainda não consegui
defini-lo, no juízo final conseguiremos, inclusive quem foi o autor
daquela surra que o mesmo levou em sua própria casa. Por falar em
Vigário Luiz Ilc, o senhor sabia que ele teve que fugir do altar
várias vezes para não apanhar de homens, e quem o protegia era o
senhor Ataídes, sacristão, que ainda está vivo; quem contou-me tais
coisas foi uma professora.
Durante as perseguições contra o meu Internato,
recebi dez inspeções: foram juizes, promotores, policiais, membros
do Conselho Tutelar, etc., recebi a todos com braços abertos e os
deixei a vontade, e pedi que os mesmo dialogassem com cada aluno;
não encontraram nada, está claro que Deus é justo: “Fará brilhar
tua inocência como a luz”
(Sl 37, 6).
E recentemente, como o senhor deve saber, o Frei
Tarcísio Tadeu Sprícigo foi julgado aqui em Anápolis e foi
condenado a catorze anos de prisão.
Vocês tentaram destruir-me, mas ainda bem que existe
um Deus no céu que está acima da mitra, do báculo e da autonomia de
um bispo: “Ele cava e aprofunda um buraco, mas cai na cova que
fez. Sua maldade se volta contra ele… Eu agradeço a Deus pela sua
justiça”
(Sl 7, 16-18).
3. A Cúria e boa parte do clero não se emendaram, e
mesmo sabendo da minha inocência continuaram a me atacar e fizeram
de tudo para atrapalhar o meu Internato, instigavam a “garota”
de bigode do Conselho Tutelar Oeste a me perseguir, escreveram
cartas pornográficas para mim, diziam para os pais não colocarem os
filhos no meu Internato, etc.
O senhor se lembra daquela tarde quando encontraram
um garoto morto, dependurado pelos pés, em um galpão de um
Internato
apoiado pelo senhor, vizinho aqui do meu seminário? Lembro disso e
fico assustado. Vi passar o carro do IML e vários carros de polícia,
e depois a notícia se espalhou através da imprensa, mas logo foi
abafado. Quem será que ajudou abafar? O senhor sabe? Disseram que o
garoto suicidou-se; no juízo final saberemos.
4. Quando assassinaram o Pe. Adriano Curado em
Goiânia, suspeitaram que o assassino fosse o Pe. Moacir, também de
Goiânia. Durante as investigações, um Delegado reclamou
dolorosamente na imprensa que havia escrito duas cartas para V. “Disponível”
Paternidade, pedindo que lhe enviasse alguns documentos do finado
Pe. Adriano Curado, porque o mesmo, havia freqüentado o vosso
seminário, aqui em Anápolis, por alguns anos; mas o Delegado disse
que não recebeu nenhuma resposta.
Porque estou lhe escrevendo isso? É muito simples.
Depois de algum tempo, o Pe. Moacir foi encontrado morto dentro de
seu carro com tiros na cabeça, na véspera do Festa do Corpo de Deus. Se o
senhor tivesse colaborado, quem sabe o mal seria menor. Veja a
gravidade de uma omissão.
5. V. Amável Paternidade já percebeu que muitos
sacerdotes formados pelo senhor já estão andando à paisana? E que os
mesmos cantam músicas sertanejas em barbearias juntamente com
leigos? Que tipo de formação o senhor deu para eles? Descartável ou
postiça? Se um homem sem caráter é uma coisa desprezível, o que
dizer de um sacerdote que não o possui?
Peço que V. “Piedosa” Paternidade reze,
para que apareça alguém para explicar-lhes o que significa ser
sacerdote; porque não cabe bem um ministro de Deus viver como
bastardo.
Desejo-lhe muita saúde e paz.
Atenciosamente,
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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