Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

Circular

 

Aos detentos da Cadeia Pública de Alexânia – GO

 

Circular n.º 01

 

Anápolis, 15 de setembro de 2011

 

Prezados, arrependam de seus pecados e confiem na misericórdia do Criador que perdoa um coração arrependido, mesmo que tenha cometido muitos e horríveis pecados: “Deus chega a assegurar que, quando o pecador se arrepende, ele risca da memória as ofensas, como se nunca houvessem existido” (Santo Afonso Maria de Ligório).

 

O detento não pode ser pessimista, revoltado nem desesperado; mas deve confiar na bondade de Deus e esperar o seu perdão.

Enquanto está vivo, o detento ainda pode abrir o seu coração para Deus e pedir-Lhe misericórdia pelos erros cometidos... e Deus que é Pai jamais negará o seu perdão ao filho arrependido: “Mesmo para os pecadores, minha misericórdia sempre constitui um fiozinho de esperança; não fosse ela, cairiam no desespero e iriam com os demônios para a eterna condenação” (Santa Catarina de Sena, O Diálogo).

Caríssimos, nem tudo está perdido! Deus espera do detento uma mudança de vida... que o mesmo deixe as trevas e volta para a luz... que abandone o caminho torto e enverede pelo caminho reto... que se afaste do mal e busque com afinco o bem... agindo assim, Nosso Senhor os perdoará e lhes dará o céu por recompensa: “Se mudardes de vida para o restante dos vossos dias, Deus vos perdoará, pois é misericordioso e benigno. Bondosamente vos receberá em seus braços e vos fará participar do prêmio, alcançado pelo sangue do Cordeiro em grande chama de amor. Ninguém é tão pecador que não alcance misericórdia. A misericórdia divina é maior que nossas maldades. Mas lembrai-vos! Se não pagardes o débito, caireis na mais escura prisão que se possa imaginar” (Santa Catarina de Sena, Cartas).

O detento deve aproveitar do tempo que Deus lhe dá para arrepender de seus pecados e mudar de vida; deixando de lado as revoltas, os desejos de motins, o ódio contra policiais e outras pessoas.

Não se cicatriza uma ferida rasgando-a com uma navalha; o mesmo acontece com um detento... o mesmo não adquire a paz nem cura as “feridas” da vida com revoltas, motins, brigas, xingos e ameaças. É preciso reconhecer o erro cometido e aceitar com paciência as correções feitas pela justiça. É melhor sofrer na prisão da terra por um tempo do que sofrer nas chamas do inferno para sempre.

Sou um padre. Rezo por vocês, pelos policiais e funcionários que cuidam da Cadeia Pública de Alexânia.

Que o Deus Clemente abençoe a todos.

Atenciosamente,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.