Aos detentos do Presídio Professor Jacy Assis –
Uberlândia – MG
Circular n.º 01
Anápolis, 22 de setembro de 2011
Prezados, voltem para o Deus misericordioso enquanto
é tempo; não usem da bondade do Senhor para ofendê-Lo:
“Deus aguarda o pecador a fim
de que se emende; mas, quando vê que o tempo concedido para os
pecados só serve para multiplicá-los, vale-se desse mesmo tempo para
empregar a justiça”
(Santo Afonso Maria de Ligório).
O detento deve reconhecer
humildemente os seus pecados e pedir com sinceridade e
arrependimento o perdão de Deus; não basta pedir da boca para fora,
mas é preciso pedir de coração e com o propósito firme de emendar de
vida: “Como
o pão é necessário à vida física, assim o perdão dos pecados é
necessário à vida espiritual”
(Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena).
No coração do detento não
deve existir revolta, ódio aos policiais, desejo de promover
motins, vingança contra os colegas de cela... mas sim,
arrependimento pelo mal praticado e desejo ardente de buscar a
santidade de vida, porque Deus não se alegra com a morte do pecador,
mas é sua vontade que o pecador se converta:
“Eu não tenho prazer na
morte de quem quer que seja... Convertei-vos e vivereis!”
(Ez 18, 32).
Caríssimos, agradeçam a
Deus por estarem vivos e poderem contar com o seu perdão; aproveitem
o tempo para rezar e pedir perdão a Nosso Senhor por todo o mal
praticado.
Suportem tudo com
paciência e aceitem de coração as punições da justiça; é melhor
sofrer na prisão aqui da terra que passa, do que
sofrer na prisão do inferno que é
eterna.
Não fiquem desesperados
nem revoltados, mas esperem em Deus e Ele que é Pai os ajudará:
“É o pecado
de desespero que conduz alguém ao inferno...”
(Santa Catarina de Sena, O Diálogo).
Lembrem-se de que São
Dimas, o bom ladrão, está no céu... vocês também são chamados por
Deus a conquistarem a Vida Eterna.
Os sofrimentos dessa vida
são incomparáveis com a alegria do céu:
“Pois nossas tribulações
momentâneas são leves em relação ao peso eterno de glória que elas
nos preparam até o excesso”
(2 Cor 4, 17).
Sou um padre. Rezo por vocês, pelos policiais e
funcionários que cuidam do Presídio Professor Jacy Assis de
Uberlândia.
Que o Deus Compassivo abençoe a todos.
Atenciosamente,
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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