Aos detentos do Complexo Policial de Barreiras – BA
Circular n.º 01
Anápolis, 22 de setembro de 2011
Prezados, arrependam de seus pecados e peçam
humildemente a misericórdia de Deus e Ele calcará seus pecados:
“Manifesta novamente a tua misericórdia por
nós, calca aos pés as nossas faltas e lança no fundo do mar todos os
nossos pecados” (Mq 7, 19).
O detento não deve se desesperar diante de seus
pecados e crimes, mas deve confiar na bondade de Deus que está
pronto para levantar um filho arrependido e com o coração cheio de
bons propósitos: “Quando, cedendo o
pecador ao impulso interior, resolve mudar de vida, abre-se à
humilde e sincera confissão do pecado, logo o acolhe Deus e lhe faz
festa! Restitui-lhe os direitos de filho, reveste-o da graça e o
readmite à sua amizade. Alegra-se Deus com a vida do homem,
alegra-se de vê-lo passar da morte do pecado à vida da graça,
alegra-se de vê-lo voltar ao seu amor, única fonte de vida e de
alegria” (Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena).
O detento não deve perder tempo planejando
motins, revoltas, rebeliões... mas sim, deve sofrer com
paciência as punições da justiça da terra, respeitando os
policiais, delegados e funcionários do
Complexo Policial. É melhor sofrer agora na terra do que sofrer nas
chamas do Inferno depois da morte.
Caríssimos, aproveitem o tempo na cela para
examinarem a consciência, rezarem e pedir perdão a Deus de todas as
faltas. Para receber o perdão de Deus é preciso se arrepender e
detestar todos os pecados cometidos:
“Quem sou eu e como sou? Que
malícia não tiveram meus atos, ou senão minhas palavras ou minha
vontade? Mas vós, Senhor, sois bom e misericordioso; olhastes para a
profundeza de minha morte e, com a vossa mão direita, exauristes do
fundo de meu coração o abismo de corrupção. E agora tudo era não
querer aquilo que eu queria, e quer o que vós queríeis”
(Santo Agostinho).
Lembre-se, o detento, de
que Deus criou o homem livre. Quando o mesmo se afasta d’Ele por
rebeldia, o Senhor não o obriga a voltar à força, mas o espera com o
Coração cheio de bondade.
Prezados, não se
desesperem nem planejem revoltas e motins;
pelo contrário, voltem para Deus enquanto é tempo.
Sou um padre. Rezo por vocês, pelos policiais e
funcionários que cuidam do Complexo Policial de Barreiras.
Que o Deus Misericordioso abençoe a todos.
Atenciosamente,
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
|