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			Aos detentos do Presídio Central de Porto Alegre – 
			Porto Alegre – RS 
			  
			
			Circular n.º 01 
			  
			
			Anápolis, 22 de outubro de 2011 
			  
			
			Prezados, não se desesperem diante das vossas muitas 
			faltas; mas confiem no Deus que lança no fundo do mar todos os 
			pecados: “Manifesta 
			novamente a tua misericórdia por nós, calca aos pés as nossas faltas 
			e lança no fundo do mar todos os nossos pecados!” 
			(Mq 7, 18-19). 
			  
			
			Lembrem-se 
			de que revolta, ódio, motim e desejo de
			vingança não obtém bons resultados; pelo contrário, 
			torna o coração vazio e o ambiente pesado. 
			
			O detento deve aproveitar o tempo dado por Deus para 
			examinar a consciência, chorar seus pecados e pedir perdão a Deus de 
			todos os males cometidos... e depois, detestar todos esses males com 
			propósito firme de não mais cometê-los; e o Deus de misericórdia 
			derramará seu amor no coração do filho pródigo: 
			“O filho pródigo entra em si, 
			reconhece as culpas, arrepende-se, resolve acabar com elas, voltar 
			ao pai e confessar-lhe os pecados; sabe-se indigno de ser acolhido 
			como filho, todavia, volta confiante na bondade paterna” 
			(Pe. Gabriel de Santa Maria 
			Madalena). 
			
			Milhares de detentos se 
			comportam de uma maneira errada: se revoltam contra Deus, 
			policiais, sociedade, familiares... Não deve ser assim! Quem 
			erra deve pagar pelo erro cometido... deve aceitar com paciência e 
			com desejo de se corrigir as punições da justiça dos homens; é 
			melhor sofrer aqui na terra do que sofrer os tormentos do inferno 
			para sempre. 
			
			O detento que se revolta 
			fecha o coração para Deus e para sua misericórdia. 
			
			O detento, por mais 
			pecador e criminoso que seja, também é filho de Deus... Deus o ama e 
			espera com paciência a sua mudança de vida: 
			“Jesus amou-me desde toda a 
			eternidade, pois desde sempre eu estava presente aos seus Olhos. 
			Via-me, amava-me e preparou-me os seus Dons e as suas Graças”
			(São Pedro Julião Eymard). 
			
			Não sei se lhes é 
			permitido; caso seja, aproveitem o tempo na cela para lerem a 
			Sagrada Escritura (Bíblia). 
			
			Aproveitem o tempo para 
			conversarem sobre assuntos espirituais; deixando de lado os assuntos 
			imorais. 
			
			Sou um padre. Rezo por vocês, pelos policiais e 
			funcionários que cuidam do Presídio Central de Porto Alegre. 
			
			Que o Deus Amabilíssimo abençoe a todos. 
			
			Atenciosamente, 
			  
			
			Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
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