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			Aos detentos da Cadeia de Barra do Garças – Barra do 
			Garças – MT 
			  
			
			Circular n.º 01 
			  
			
			Anápolis, 25 de outubro de 2011 
			  
			
			Prezados, não fiquem desanimados por estarem presos; 
			mas peçam perdão a Deus de todos os pecados cometidos confiantes na 
			sua misericórdia: “Eis o Deus, meu 
			Salvador, eu confio e na temo; o Senhor é minha força, meu louvor e 
			salvação” (Is 12, 2). 
			  
			
			O detento não pode se desesperar por causa de seus 
			pecados e crimes; mas sim, deve se arrepender das faltas cometidas e 
			confiar no Deus Eterno que perdoa um coração contrito e humilhado... 
			o desespero não agrada a Deus: “Quem 
			desespera despreza minha misericórdia e julga que seu pecado é maior 
			que minha bondade” (Santa Catarina de Sena, O 
			Diálogo). 
			
			Lembre-se o detento de que Deus o ama e espera com 
			paciência a sua mudança de vida. Vendo a imensa misericórdia do 
			Senhor, cabe ao detento mudar de vida e buscar a santidade com 
			afinco... porque é muito perigoso não amar o Deus Eterno que nos 
			ama: “Deus quer que consideremos 
			frequente e vivamente a sua misericórdia, não para que nos 
			acomodemos, nem para que nos sintamos justificados para pecar 
			despreocupadamente, mas para que valorizemos o seu Amor. É altamente 
			consolador ser amado por Deus, mas também é assustador ser amado por 
			Deus e não O amar” (Pe. Luiz Fernando Cintra). 
			
			Caríssimos, agradeçamos a Deus pela sua infinita 
			misericórdia! Ele nos amou antes de ser amado por nós... nos amou 
			antes de existirmos... mesmo antes da criação já nos amava... desde 
			que Deus é Deus sempre nos tem amado... Mesmo no inferno, Deus 
			continua a amar as suas criaturas, mas elas se fecham 
			irremediavelmente ao seu amor: “O 
			condenado odiará e amaldiçoará a Deus... viverá a odiá-lo 
			eternamente” (Santo Afonso Maria de Ligório). 
			
			Que cada detento aproveite o tempo na prisão para 
			examinar com sinceridade a consciência e chorar seus pecados. 
			
			Aquele que é católico deve pedir a presença de um 
			sacerdote para confessar seus pecados. Lembre-se o detento de que a 
			confissão é o sacramento da paz e da alegria: 
			“Qual é a maior prova da 
			misericórdia divina? Podemos responder, sem receio de nos 
			equivocarmos, que é o Sacramento da misericórdia: a Confissão 
			sacramental” (Pe. Luiz 
			Fernando Cintra). 
			
			Sou um padre. Rezo por vocês, pelos policiais e 
			funcionários que cuidam da Cadeia de Barra do Garças . 
			
			Que o Deus Onipotente abençoe a todos. 
			
			Atenciosamente, 
			  
			
			Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
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