Aos detentos da Casa de Custódia Franz de Castro
Holzwarth – Volta Redonda - RJ
Circular n.º 01
Anápolis, 25 de outubro de 2011
Prezados, não se desesperem por estarem atrás das
grades; mas confiem na misericórdia de Deus que perdoa um pecador
arrependido: “Este pecado de desespero
desagrada-me e prejudica os homens mais do que todos os outros
males” (Santa Catarina de Sena, O Diálogo).
O detendo não pode voltar as costas para Deus achando
que tudo está perdido e que não há mais perdão. Enquanto o coração
ainda está pulsando, Deus permanece com os braços abertos a espera
do filho arrependido; mas o mesmo não deve usar desse tempo para
acumular pecados sobre pecados... não deve abusar da bondade de
Nosso Senhor: “Deus aguarda o pecador a fim de que se emende; mas, quando vê que o tempo
concedido para os pecados só serve para multiplicá-los, vale-se
desse mesmo tempo para empregar a justiça” (Santo
Afonso Maria de Ligório).
Se Deus já usou de bondade e misericórdia para com o
detento no passado, o mesmo, agora, não pode continuar a ofendê-Lo
confiante no seu perdão. Com certeza Deus suportou até agora o
detento esperando que o mesmo fizesse penitência pelos pecados
cometidos: “Ou
desprezas a riqueza da sua bondade, paciência e longanimidade,
desconhecendo que a benignidade de Deus te convida à conversão?”
(Rm 2, 4).
Infeliz daquele que usa da misericórdia do Senhor Deus para pecar e
“cuspir” em sua Santíssima Face:
“Ora, com tua obstinação e
com teu coração impenitente estás acumulando ira para o dia da
ira...”
(Rm 2, 5).
O detento deve aproveitar
do tempo em que está preso para examinar a consciência, chorar seus
pecados e pedir a misericórdia de Deus; o mesmo não pode usar desse
tempo para piorar sua situação acumulando pecado sobre pecado.
Lembre-se o detento, de
que Judas Iscariotes se condenou porque se atreveu a pecar confiando
na clemência de Jesus Cristo. Não abuse da bondade de Deus:
“Se Deus espera
com paciência, não espera sempre. Pois, se o Senhor sempre nos
tolerasse, ninguém se condenaria”
(Santo Afonso Maria de Ligório).
Prezados, não se
desesperem nem planejem revoltas e motins;
pelo contrário, voltem para Deus enquanto é tempo.
Respeitem os
delegados, policias e funcionários que cuidam
de vocês.
Sou um padre. Rezo por vocês, pelos policiais e
funcionários que cuidam da Casa de Custódia Franz de Castro
Holzwarth.
Que o Deus Bondoso abençoe a todos.
Atenciosamente,
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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