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			Aos detentos da Penitenciária Federal de Porto Velho 
			– Porto Velho – RO 
			  
			
			Circular n.º 01 
			  
			
			Anápolis, 09 de novembro de 2011 
			  
			
			Caríssimos, peçam perdão a Deus de todos os pecados 
			cometidos e confiem na sua infinita misericórdia: 
			“Como um pai é compassivo com seus filhos, 
			Deus é compassivo com aqueles que o temem; porque ele conhece nossa 
			estrutura, ele se lembra do pó que somos nós”(Sl 
			103, 13-14). 
			  
			
			É vontade de Nosso Senhor que cada detento deixe o 
			caminho do pecado e volte o quanto antes para Ele: 
			“No céu há alegria por causa do pecador que 
			faz penitência, isto é, que se converte, e esta alegria, como afirma 
			Nosso Senhor, é maior do que aquela que os habitantes do céu têm por 
			causa de muitos justos que não estão no caso de precisarem se 
			converter” (Pe. João Batista Lehmann). 
			
			O detento não deve se desesperar e se encher de 
			desânimo; mas sim, se aproximar com confiança de Deus que não quer 
			sua morte, mas sua conversão: “Não tenho 
			prazer na morte do ímpio; mas antes, na sua conversão, em que ele se 
			converta do seu caminho e viva” (Ez 33, 11), 
			e: “Com efeito, eu não vim chamar os 
			justos, mas os pecadores” (Mt 9, 13). 
			
			Nosso Senhor bate continuamente à porta do coração do 
			detento convidando-o a abri-la; mas deixa que o mesmo decida. O 
			Senhor não força, mas quer que decidamos: 
			“Eis que estou à porta e bato: se alguém 
			ouvir a minha voz e me abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei 
			com ele e ele comigo” (Ap 3, 20). 
			
			Feliz do detento que voltar para Deus o quanto antes! 
			É loucura adiar a conversão para a próxima semana, mês ou ano, 
			porque não sabemos quando receberemos a visita da morte. É loucura 
			um detento dizer: converter-me-ei depois. E se o mesmo 
			morrer antes? Ninguém sabe se viverá até amanhã… somente Deus é 
			Senhor do futuro. Nós apenas dispomos do presente. E o presente é o 
			momento que foge e não volta mais. 
			
			Deus quer que o detento se comporte bem dentro da 
			Penitenciária; deixando de lado os motins, revoltas e
			desejos de vingança. 
			
			Aproveitem o tempo na prisão para rezarem, fazerem 
			boas leituras e chorarem os pecados cometidos. 
			
			Sou um padre. Rezo por vocês, pelos policiais e 
			funcionários que cuidam da Penitenciária Federal de Porto Velho. 
			
			Que o Deus Infinito abençoe a todos. 
			
			Atenciosamente, 
			  
			
			Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
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