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			Aos detentos do Complexo Penitenciário “Anísio Jobim” 
			– Manaus – AM 
			  
			
			Circular n.º 01 
			  
			
			Anápolis, 09 de novembro de 2011 
			  
			
			Prezados, deixem de lado tudo aquilo que não agrada a 
			Deus e voltem para Ele enquanto é tempo: 
			“Abandone o ímpio seu caminho… Volte ao Senhor que terá dele 
			misericórdia, e ao nosso Deus que perdoa generosamente”
			(Is 55, 7). 
			  
			
			O detento deve abandonar o caminho das trevas e 
			andar… correr… ou melhor, “voar” 
			para os braços de Deus que perdoa um coração contrito e humilhado… o 
			Senhor está sempre com o Coração aberto para receber um pecador 
			arrependido: “Ó eterna misericórdia, que 
			cobris os defeitos de vossas criaturas, não me maravilho de que 
			digais de quem deixa o pecado mortal e volta a vós: jamais me 
			lembrarei de que me tenha ofendido!” (Santa 
			Catarina de Sena). 
			
			É vontade de Deus que a conversão do detento seja 
			generosa. O Senhor não se contenta com uma conversão feita só pela 
			metade: “O Senhor quer tudo ou nada”
			(Pe. João Batista Lehmann). Não se pode servir 
			a Deus e ao demônio… servir a Deus e o mundo… a Deus e a carne… 
			Nosso Deus é um Deus ciumento; quer o nosso coração somente para 
			Ele: “… pois teu Deus é um fogo 
			devorador. Ele é um Deus ciumento” (Dt 4, 24). 
			
			O detento deve arrancar do coração tudo aquilo que 
			não agrada a Deus: “Purificai-vos do 
			velho fermento para serdes nova massa”. 
			
			Trata-se, pois, o detento, de operar com Deus 
			“na criação de um novo mundo, de um coração 
			novo, de um homem novo, que nada mais tenha que haver com as 
			misérias antigas. Sobre as 
			cinzas do homem pagão deve surgir o cristão, do pecador deve-se 
			fazer o justo, do tíbio 
			o fervoroso”
			(Pe. João Batista Lehmann). 
			
			Lembre-se o detento de que a vida passa como um 
			relâmpago, e que o mesmo deve aproveitar o tempo na cela para 
			examinar a consciência e pedir perdão a Deus de todos os pecados 
			cometidos.  
			
			Não deve existir no coração do presidiário: 
			planos para motins, revoltas nem desejos de vingança; mas o 
			mesmo deve respeitar os delegados, policiais e funcionários que 
			cuidam do Complexo Penitenciário “Anísio Jobim”. 
			
			Pensem com frequência na 
			grandeza do céu e lutem para conquistá-lo. 
			
			Sou um padre. Rezo por vocês, pelos policiais e 
			funcionários que cuidam desse Complexo Penitenciário. 
			
			Que o Deus Misericordioso abençoe a todos. 
			
			Atenciosamente, 
			  
			
			Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
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