Aos detentos da Penitenciária de Segurança Máxima –
Rio Branco – AC
Circular n.º 01
Anápolis, 20 de novembro de 2011
Prezados, pensem continuamente no sangue derramado
por Nosso Senhor Jesus Cristo na cruz e se arrependam de seus
pecados e crimes: “Nada agrada tanto a
Deus quanto o arrependimento e a salvação do homem”
(São Gregório de Nazianzo).
O detento não deve se revoltar contra os
delegados, policiais, funcionários e colegas
de cela, afirmando que está na prisão por culpa deles. Nada disso!
Ao invés de se revoltarem e de culparem alguém, o mesmo deve
examinar a consciência e pedir perdão ao Deus Misericordioso de
todos os pecados cometidos… deve chorar seus pecados e crimes e se
esforçar para mudar de vida, tirando do coração o ódio, vingança e
rebeldia… porque Deus não deseja a morte do pecador:
“Por minha vida, oráculo do Senhor Deus;
certamente não tenho prazer na morte do ímpio; mas antes, na sua
conversão, em que ele se converta do seu caminho e viva”
(Ez 33, 11).
Lembre-se continuamente o detento de que a prisão
aqui da terra não é a pior das prisões… a pior prisão é a do Inferno
Eterno. Ali, o condenado terá por companhia os demônios e os outros
condenados para sempre. É melhor sofrer repreensões dos delegados e
policiais agora, do que ser torturado pelos demônios na outra vida e
ouvir gritos, para sempre, dos condenados:
“Infelizes condenados, que são obrigados a
ouvir, por toda a eternidade, os gritos pavorosos de todos os
condenados!” (Santo Afonso Maria de Ligório).
O detento também é filho de Deus! Ele pode muito bem
abandonar as trevas e enveredar pelo caminho da luz… da santidade…
do bom exemplo… pode ser um santo, grande santo… depende somente
dele. Lembre-se o detento de que os santos chegaram à santidade
através de muita luta, esforço e lágrimas:
“Realmente, não
consigo entender o que faço, pois pratico o mal que não quero e não
pratico o bem que quero; sinto nos meus membros uma lei que se
rebela contra a lei do meu Deus. Infeliz de mim! Quem me libertará
deste corpo de morte?”
(Rm 7, 15-24).
Os santos conquistaram a santidade centímetro
por centímetro, palmo por palmo, metro
por metro… Que o detento faça o mesmo!
Respeitem os delegados, policiais e
funcionários que cuidam de vocês:
“É preciso ser agradecidos com as pessoas”
(Miguel-Ángel Martí Garcia).
Sou um padre. Rezo por vocês, pelos policiais e
funcionários que cuidam dessa Penitenciária de Segurança Máxima.
Que o Deus Excelso abençoe a todos.
Atenciosamente,
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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