Aos detentos da Penitenciária Fernando Guilhon –
Americano – PA
Circular n.º 01
Anápolis, 20 de novembro de 2011
Caríssimos, peçam perdão a Deus de todos os pecados
cometidos e lutem esperançosos para conquistarem o céu, nossa morada
eterna: “Lembrai-vos, porém, de que o
vosso primeiro compromisso é o de chegardes ao Paraíso; o vosso
dever mais indispensável é o de salvar vossa alma; a amizade de que
deveis fazer mais questão é a de Deus” (Pe. João
Colombo).
O detento não pode se desesperar diante de seus
muitos pecados e crimes, mas deve confiar no perdão do Deus Eterno
que está sempre de braços abertos para receber um pecador
arrependido. O Senhor sabe que somos fracos e miseráveis:
“Como um pai é compassivo com seus filhos,
Deus é compassivo com aqueles que o temem; porque ele conhece nossa
estrutura, ele se lembra do pó que somos nós” (Sl
103, 13-14).
Prezados, o que seria dos detentos sem a assistência
misericordiosa de Deus? Os detentos devem esperar e confiar em Deus,
porque a sua misericórdia é infinita e Ele está sempre pronto para
perdoar aqueles que confiam no seu amor:
“… está pronto o Pai celeste a perdoar generosamente qualquer dívida
aos filhos…” (Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena).
O detento não deve aproveitar do tempo na prisão para
organizar revolta, motins e brigas; mas
deve usar desse tempo dado por Deus para examinar a consciência e
pedir perdão pelas vezes que ofendeu o Criador do Universo.
Infeliz daquele que duvida da bondade de Deus e que
despreza o seu perdão.
Estúpido é aquele que acha que seus pecados e crimes
são maiores que a misericórdia do Senhor. Lembre-se o detento de que
o amor do Senhor é maior que nossas misérias:
“Quem desespera, despreza minha misericórdia
e julga que seu pecado é maior que minha bondade”
(Santa Catarina de Sena, O Diálogo).
Saiba o detento respeitar os delegados,
policiais, funcionários e colegas de cela;
porque a revolta e a rebeldia só fazem
piorar a situação.
Lembrem-se continuamente de que é melhor sofrer na
prisão da terra do que sofrer no Inferno Eterno juntamente com os
demônios e os condenados. A prisão da terra é temporária, enquanto
que a prisão do Inferno é para sempre.
Sou um padre. Rezo por vocês, pelos policiais e
funcionários que cuidam da Penitenciária Fernando Guilhon.
Que o Deus, Rico em Misericórdia, abençoe a todos.
Atenciosamente,
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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