Padre
Edson Alves dos Santos |
Matéria extraída da internet em 26/02/2012
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2011/10/02/interna_cidadesdf,272300/vitimas-do-padre-acusado-de-pedofilia-vivem-com-medo-e-reclusas.shtml
Vítimas do padre acusado de pedofilia vivem com medo e reclusas
Renato Alves – Publicação:
02/10/2011 08:47 Atualização:
Nenhum dos quatro
coroinhas que denunciaram o padre Edson Alves dos Santos nem sequer
voltou a Alexânia. As vítimas fazem de tudo para ninguém saber do
passado delas. O único localizado pelo Correio é o do caso que levou
o sacerdote à cadeia. Aos 17 anos, o adolescente mora com os pais e
os avós em uma chácara no Entorno. Largou os estudos no sexto ano do
ensino fundamental porque temia ter a vida investigada pelos
colegas. Não arruma namorada pelo mesmo motivo. Não recebe apoio
psicológico ou pensão. Só sai de casa para acompanhar o padrasto,
com quem trabalha como servente de pedreiro.
Os avós e a mãe do
garoto são os únicos da família a visitar a cidade que tiveram de
deixar para trás e a conversar com o Correio. Mas só vão a Alexânia
em ocasiões especiais, como o aniversário, o casamento, o velório ou
a formatura de algum parente distante. A avó carrega uma culpa sem
fim. “Fiz de tudo para ele (o neto) virar coroinha. Era daquelas que
acreditava apenas no padre. Vivia para ele e a Igreja”, lamentou.
“Ele (o padre) condenava o jeito das pessoas se vestirem, a
prostituta, a mãe solteira, a mulher desquitada. E era o pior de
todos os homens. Hoje, para mim, ele é um monstro.”
Aos 71 anos, a avó
disse não acreditar na superação do trauma. “Acabaram com a nossa
família. Meu neto está revoltado, perdeu a alegria de viver. E
parece que nós somos os bandidos. Não ganhamos nada com isso. O que
queríamos era só Justiça, só que o padre pagasse pelo mal que fez”,
comentou, em um misto de indignação e vergonha, sob o olhar triste
do marido. “Expulsaram a gente da cidade. Gostava tanto de morar lá,
era onde queria morrer. Levei 20 anos para construir a nossa casinha
e aconteceu isso tudo com a minha família”, observou o aposentado de
73 anos.
Fé mantida
A
mãe da vítima do padre Edson, ele, dois irmãos e o padrasto vivem em
um barracão sem laje e sem reboco, nos fundos do terreno onde os
avós moram em outra casa, também sem acabamento. E, sobre móveis
antigos e quebrados, eles conservam imagens e Bíblias. Todos
continuam católicos, inclusive o rapaz abusado sexualmente em uma
igreja e em uma casa paroquial. “A diferença é que hoje não vamos à
missa. Não acreditamos mais em padre, mas também não perdemos a fé.
Acreditamos na palavra de Deus, não de alguém que diz representar
alguém, alguém como nós, humano, que também erra”, explica a mãe.
Indenização
A
família costuma rezar unida ao redor de um altar montado na sala da
casa dos patriarcas. Ninguém fala em uma punição ao padre maior do
que a prevista em lei. Mas eles se incomodam com o fato de o pároco
não estar em uma cela como os demais detentos de Alexânia. “Era para
ele ficar preso, mas a gente soube que nem roupa de preso ele usa. A
gente não entende isso”, desabafou a mãe do ex-coroinha, a
ex-diarista que virou dona de casa para sempre estar perto do filho
traumatizado. Ela nem sequer fala em reparação por danos morais.
“Não sei desse negócio de lei, moço.”
Saiba
mais...
Padre pedófilo é
condenado por abusar de coroinha e cumpre pena em Alexânia Advogado pede prisão
domiciliar de padre acusado de pedofilia
(http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2011/10/02/interna_cidadesdf,272298/padre-pedofilo-e-condenado-por-abusar-de-coroinha-e-cumpre-pena-em-alexania.shtml)
Entre as poucas pessoas que auxiliaram a família da
vítima e ainda a ajuda está o advogado Douglas Rios, 36 anos.
Morador de Goiânia, ele cuida do caso desde o início, sem nunca ter
cobrado um centavo. “A história do menino e da família me tocou
muito. Virou minha causa social e pessoal”, afirma. O defensor diz
ter sofrido pressões de todos os lados. “Pessoas influentes, da
cidade e da Igreja fizeram de tudo para o caso nem ser investigado”,
conta. Durante o processo, ele pediu (e conseguiu) que uma promotora
se afastasse do caso. “Ela deixou a causa sob suspeição. Era amiga
do padre, quem tinha celebrado o casamento dela.”
Agora, Rios busca uma pensão para toda a família da vítima.
“Mantenho conversas constantes com representantes da Igreja em
Goiás. Primeiro, tento um acordo administrativo. Se não conseguir,
apelarei à ação indenizatória para cada um dos integrantes dessa
família”, contou, sem falar em prazos e valores.
Para saber mais
Resposta à omissão
O Vaticano divulgou, em 12 de abril de 2010, que os
casos de padres pedófilos devem ser denunciados “sempre” à
autoridade civil e que, nos casos mais graves, o papa pode rebaixar
diretamente ao Estado laico os religiosos sem a necessidade de um
julgamento canônico. As informações estão em guia do Vaticano para
os casos de abusos de menores. Constam no site da Santa Sé. O
documento, que não traz novidades ao que o próprio papa Bento 16 já
havia pedido em carta aos fiéis da Irlanda, é a maior cartada do
Vaticano até agora para responder às críticas de que a Igreja
Católica se calou diante de centenas de casos semelhantes aos de
Alexânia.
Mais matérias - (visualizadas
em 26/02/2012):
http://www.paulopes.com.br/2007/11/padre-pedfilo-condenado-10-anos-de.html
http://www.istoe.com.br/reportagens/14635_CONFISSOES+OBSCENAS
http://direito2.com/tjgo/2008/jul/1/tj-mantem-condenacao-de-padre-pedofilo
http://ratinhonoticias.com.br/index.php/noticias/47-goias/325-escandalo-em-alexania-padre-cumpre-pena-por-pedofilia.html
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2011/10/02/interna_cidadesdf,272298/padre-pedofilo-e-condenado-por-abusar-de-coroinha-e-cumpre-pena-em-alexania.shtml
Frei Tarcísio Tadeu Sprícigo |
Matéria extraída da internet em
26/02/2012
http://expresso-noticia.jusbrasil.com.br/noticias/140473/frade-pedofilo-e-condenado-a-14-anos-de-prisao
Frade pedófilo é
condenado a 14 anos de prisão
Extraído de: Expresso da
Notícia – 23 de Novembro de 2005
A juíza Ana Maria Rosa Santana, de Anápolis,
condenou, no dia 18, o frei Tarcísio Tadeu Spricigo, de 48 anos, a
14 anos e 8 meses de reclusão, em regime integralmente fechado, por
atentado violento ao pudor contra os menores L., de 13 anos, e W. ,
de 5 anos. Os crimes ocorreram entre os anos de 2001 e 2002.
Na sentença, que alcançou repercussão nacional, a juíza descartou a
tese da defesa, que pleiteou a absolvição do acusado ao argumento de
que ele não teria sanidade mental para avaliar sua conduta. Para a
magistrada, o frade demonstrou, nas audiências, ser "lúcido e
lampeiro".
"Tanto o acusado tinha consciência de ilicitude de suas condutas e
das suas conseqüências que alertou suas vítimas para não falarem
nada para ninguém, pois se assim procedessem, ele seria preso",
observou a juíza. Lembrou ainda que, abusando da confiança que lhe
fora conferida pelos familiares das vítimas, em função de sua
condição de religioso, Tarcísio Tadeu fez os dois menores jurarem,
diante da imagem de Jesus Cristo, que manteriam os fatos em segredo.
Na denúncia, o Ministério Público (MP) sustentou que o frei é
contumaz na prática de crimes contra a liberdade sexual, tendo sido
inclusive condenado pelos mesmos crimes na comarca de Agudos (São
Paulo).
Abuso de confiança
As famílias dos dois menores abusados sexualmente eram pobres.
Segundo a denúncia, L. era coroinha na capela onde o frade atuava. O
frade, aproveitando-se dessa ligação, pediu para a família do menor
permitir que este passasse a morar com ele, alegando que se sentia
muito só e que seria bom para L., pois ajudaria o menino com os
deveres escolares.
Um mês após o adolescente ter se mudado para a paróquia, Tarcísio
passou a assediá-lo, beijando-o e tentando manter, com ele, atos
diversos da conjunção carnal, tendo inclusive se masturbado por
diversas vezes nas pernas de L.
O fato somente foi descoberto porque o rapaz começou a ficar
agressivo, diminuiu seu rendimento escolar e passou a ingerir bebida
alcoólica. Um dia, embriagado, contou o fato à sua mãe, com riqueza
de detalhes, dando início à investigação policial. No caso de W., o
frei se prontificou a dar aulas de violão para a criança e, durante
esse tempo, também o abusava sexualmente da mesma forma que agira
com L., chegando inclusive a tentar sexo anal, o que somente não foi
possível porque W. gritava de dor.
Ambos os casos configuram violência presumida, pois
as vítimas eram menores, e as circustâncias agravantes – no caso, a
reincidência (crime continuado), o abuso de autoridade (religiosa) e
o fato de envolver menor de idade - contribuíram para o aumento da
pena a ele imposta.
Mais matérias - (visualizadas em 26/02/2012):
http://pravdailheu.blogs.sapo.pt/292343.html
http://pervitinfilmes.blogspot.com/2010/04/diario-de-um-padre-pedofilo.html
http://forum.cifraclub.com.br/forum/11/116009/
http://www.todoscontraapedofilia.com.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=1848:padres-pedofilos-pagam-seus-pecados-na-cadeia&catid=34:noticias&Itemid=28
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