Anápolis, 15 de dezembro de 2011
Ao Revmo Pe. Antônio Bariani Ricieri
Filho de Santo Afonso Maria de Ligório
Prezado sacerdote, suporte com paciência as dores nas
pernas... o importante é fazer a vontade do Criador que prova a quem
ama: “Demos graças
ao Senhor nosso Deus, que nos submete a provações, como fez com
nossos pais. Lembrai-vos de tudo o que Deus fez a Abraão, de como
provou Isaac, de tudo o que aconteceu a Jacó. Assim como os provou
pelo fogo, para lhes experimentar o coração, assim também ele não se
está vingando de nós. É antes para advertência que o Senhor açoita
os que dele se aproximam”
(Jt 8, 25-26ª. 27).
Quando a cruz pesar em
nossos ombros, não devemos nos desesperar ou virar as costas para o
nosso Salvador como acontece com milhares de pessoas que vacilam
diante das provações e dificuldades que surgem pelo caminho. É
vontade do Senhor que olhemos para Ele e peçamos com confiança a sua
ajuda e proteção:
“... quando a tempestade desaba sobre nós, quando os
nossos esforços parecerem inúteis, devemos seguir o exemplo dos
Apóstolos e recorrer a Jesus com toda a confiança... Nosso Senhor é
a verdadeira segurança. Basta estar com Ele na barca, ao alcance do
seu olhar, para vencer os medos e as dificuldades, os momentos de
escuridão e de angústia, as provas, as incompreensões e as
tentações... Jesus quer ver-nos com paz e serenidade em todos os
momentos e circunstâncias”
(Pe. Francisco Fernández Carvajal).
Caríssimo sacerdote, é edificante ver o senhor com 94
anos de idade atender confissões e dirigir uma camionete até o
centro de Goiânia para celebrar a Santa Missa... essa força vem do
alto.
Deus lhe pague por nos atender com tanta
disponibilidade, bondade e atenção.
Não fique desanimado diante das enfermidades, mas
ofereça tudo com alegria para o Senhor que cuida de nós:
“Quando estiveres doente, oferece com amor
os teus sofrimentos, e eles se converterão em incenso que se eleva
em honra de Deus e que te santifica” (São
Josemaría Escrivá, Forja 791), e:
“Muitos são mártires no leito. O cristão jaz
no leito, atormentado pelas dores; reza e não é ouvido; ou talvez
seja, mas é posto à prova, experimentado, flagelado para que seja
recebido como filho. Faz-se mártir no leito e recebe a coroa d’Ele
que, por ele, esteve pendente da Cruz” (Santo
Agostinho, Sermão, 286), e também:
“Ele com certeza sabe que muitas vezes os
nossos sofrimentos são um instrumento de salvação”
(São Gregório Nazianzeno, Dissertação 7).
Prezado sacerdote, reze todos os dias essa
oração de aceitação da enfermidade:
“Senhor Jesus, a doença bateu na porta da
minha vida: uma experiência dura, uma realidade difícil de aceitar.
Não obstante, dou-te graças por esta enfermidade que me fez tocar
com a mão a fragilidade e a precariedade da existência humana.
Agora, olho tudo com olhos novos: o que sou e o que tenho. Descobri
o que quer dizer depender, ter necessidade de tudo e de todos, não
poder fazer nada só. Vivi na solidão e na angústia, mas também
recebi o afeto e a amizade de muitas pessoas. Senhor, ainda que me
seja difícil, repito uma e outra vez: ‘Seja feita a tua vontade!’
Ofereço-Te os meus sofrimentos e quero uni-los aos de Cristo
Crucificado. Bendiz as pessoas que me assistem e as que sofrem por
mim. Amém” (Extraído do livro “Orações diante da doença”,
organização: Roberto Muniz de Souza).
Caríssimo, as irmãs do meu Instituto enviam-lhe
algumas maçãs... os religiosos e eu enviamos-lhe uma caixa de
bombons.
Rezamos pelo senhor pedindo que o Deus Imenso lhe dê
paciência para suportar todas as dores:
“Desceu dos céus para estar próximo dos atribulados, para estar
conosco na tribulação”(São Bernardo de Claraval,
Sermão 17).
Obrigado por tudo! Não temos palavras para
agradecer-lhe.
Reze por nós e nos abençoe!
Respeitosamente,
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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