| 
               
			
			CIDADE MISSIONÁRIA DO SANTÍSSIMO CRUCIFIXO – ANÁPOLIS 
			– GO 
			  
			
			Circular nº 29 – 24-08-2011 
			  
			
			Caríssimo (a) benfeitor (a), pratiquemos somente o 
			que agrada a Deus e perseveremos no caminho do bem: 
			“Não desanimemos de fazer o 
			bem, pois no tempo devido haveremos de colher, sem desânimo. 
			Portanto, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, 
			principalmente aos irmãos na fé” 
			(Gl 6, 9-10). 
			  
			
			Escrevo, nessa Circular n.º 29, sobre um assunto de 
			grande importância para a nossa vida espiritual: Brevidade da 
			vida. 
			
			Por mais que os homens e mulheres lutem tentando 
			prolongar a vida usando cosméticos, tintas, operações 
			plásticas... todo esse esforço não passa de ilusão, porque a 
			vida passa... o tempo não para... cada segundo que 
			passa “engole” um pedaço de nossa vida... cada minuto 
			que fica para trás nos diz que a morte vem apressadamente ao nosso 
			encontro... cada hora que passa o relógio “grita” aos 
			nossos ouvidos dizendo que estamos mais próximos do túmulo... cada 
			dia, semana, mês e ano que passam chamam a nossa atenção sobre a 
			brevidade da vida: mudamos aos poucos... cada década nos 
			assustamos com a nossa mudança física... é o pó querendo se abraçar 
			com o pó... por mais que nos ajeitamos, a mudança é clara... o 
			espelho não mente nem as fotografias. 
			
			Não nos iludamos: o tempo não para e a Sagrada 
			Escritura não mente: “Como fumaça se 
			desfazem os meus dias...” 
			(Sl 101, 4), e: 
			“Os meus dias como sombras vão passando, e 
			aos poucos vou murchando como a erva” 
			(Idem. 12), e 
			também: “... todo homem não é mais do que 
			um sopro” (Sl 39, 12). 
			
			Mesmo se uma pessoa vivesse cem anos, comparando com 
			a eternidade é nada. 
			
			Feliz da pessoa que aproveita o tempo que resta para 
			fazer o bem... que entesoura riquezas imortais; porque chegará o 
			momento em que não será mais possível entesourar... então virá o 
			desespero: “Ai do jovem que tiver passado 
			a primavera da vida cantando como a cigarra da fábula, porque no 
			outono da morte se pode encontrar sem nada do que se requer para uma 
			viagem feliz para a eternidade” 
			(Pe. Alexandrino Monteiro), 
			e: “O tempo da juventude é a melhor 
			quadra para fazer a sementeira do que hás de colher mais tarde”
			(Idem.), e 
			também: “O tempo é 
			um grande mistério. Detrás de nós está o passado que já não é nosso. 
			Diante de nós está o futuro que ainda não existe. Em nossas mãos 
			está só o presente; um segundo que nos escapa, precisamente, quando 
			queremos apanhar” 
			(Monsenhor Tihamer Tóth). 
			
			A vida é breve! A vida é brevíssima! Onde estão os 
			nossos avós? Se já não morreram, com certeza estão próximos do 
			túmulo! Onde estão os nossos pais? Se não viajaram para a 
			eternidade, devem já estar se preparando! 
			“Só temos uma vida e não ficaremos para 
			sempre neste mundo. Vamos de viagem... e louco é o que procura aqui 
			morada e lugar de repouso” 
			(Bem-aventurado Eduardo Poppe). 
			
			Prezado (a) benfeitor (a), só possuímos uma vida aqui 
			nesse vale de lágrimas; não será possível reparar com a 
			“segunda” vida aquilo que deixamos de fazer na primeira... 
			essa “segunda” vida não existe; então, trabalhemos 
			agora para não arrependermos amargamente na hora da morte: 
			“Se não vives mais que uma só vez, segue-se 
			que o mais importante é que vivas bem esta única vida... Se tivesses 
			duas vidas, poderias arriscar-te a perder uma. Mas não as tens. Só 
			possuís uma vida” 
			(Tihamer Tóth). 
			
			A vida passa... a vida “voa” velozmente 
			como um passarinho fugindo apavorado de seu predador... não tem como
			pará-la, laçá-la nem prendê-la: 
			“Como voa a vida, como se 
			escapa das nossas mãos por mais que a queiramos segurar! Passa como 
			a flecha despedida pelo arco, como a ave que voa...”
			(Tihamer Tóth). 
			
			O pensamento sobre a brevidade da vida não deve nos 
			assustar e muito menos nos entristecer. Queremos entrar no Céu, e 
			para nele entrar é preciso morrer... é preciso deixar essa terra tão 
			pesada e obscura... é preciso deixar tudo e todos para mergulharmos 
			no Deus Infinito: “Preciso morrer para 
			viver” (Santa Teresa de 
			Jesus), e: “O 
			morrer para mim é lucro” 
			(Fl 1, 21), e 
			também: “Longe de 
			ser o fim da vida, a morte é, na realidade, o princípio da vida 
			verdadeira” 
			(Tihamer Tóth), e 
			ainda: “Se o grão de trigo, lançado à 
			terra, não morrer, permanece infecundo. Mas se morrer, produz muito 
			fruto”. 
			
			Não adianta fingir nem 
			brincar de “fazer de conta”... é melhor enfrentarmos a 
			realidade e nos prepararmos para deixar tudo... não levaremos nada 
			no caixão: 
			“Dentro em breve, o pobre mundano terá que dizer: minha casa, meus 
			jardins, esses móveis preciosos, esses quadros raríssimos, aqueles 
			vestuários já não serão para mim! Só me resta o sepulcro”
			(Santo Afonso Maria de Ligório). 
			
			A vida é tão breve e 
			milhões de católicos não sabem o que fazer dela. Ao invés de 
			entesourarem tesouros no Céu perdem o tempo tão precioso com a lama 
			oferecida pelo mundo. Que desperdício! Pobres infelizes! 
			“Aproveita o tempo 
			agora que as forças to permitem, porque mais tarde hás de querer 
			aproveitá-lo e não poderás. O tempo que passas gozando dos prazeres 
			dos sentidos é tempo perdido, que, ainda um dia hás de chorar 
			amargamente. O tempo que passas soltando as rédeas a tuas paixões, é 
			tempo mal gasto, porque dele não hás de levar para o outro mundo 
			senão matéria para mais tormento!”
			(Pe. Alexandrino Monteiro). 
			
			Caríssimo (a) benfeitor (a), a vida é breve! Sabendo 
			da brevidade de nossa vida, arregacemos as mangas e 
			trabalhemos fervorosamente para a glória de Deus e pelo bem 
			das almas. Deixemos de lado as dores nas pernas, a cabeça dolorida, 
			a gripe, o mal estar causado pelo calor ou pelo frio... e façamos o 
			bem enquanto é tempo... não imitemos os preguiçosos e acomodados:
			“Quem quiser seguir 
			a Cristo tem que renunciar à vida fácil. Não se pode entrar no Reino 
			de Deus sem um empenho esforçado: O reino dos Céus – diz Cristo – é 
			arrebatado à força e são os violentos (os que lutam energicamente) 
			que o conquistam (Mt 11, 12)” 
			(Pe. Francisco Faus). 
			
			Trabalhem com os olhos 
			fixos no Céu! Sofram desejosos do Céu! Consomem-se pelo Céu! 
			
			Deus lhe pague pela 
			preciosa colaboração! 
			
			Eu te abençôo e te guardo 
			no Imaculado Coração de Maria Virgem. 
			
			Atenciosamente, 
			  
			
			Pe. Divino Antônio Lopes 
			FP. 
			  
			  
			
			Bibliografia 
			  
			
			Sagrada Escritura 
			
			Pe. Alexandrino Monteiro, Raios de luz 
			
			Monsenhor Tihamer Tóth, A vida eterna 
			
			Bem-aventurado Eduardo Poppe, Carta aos sacerdotes 
			
			Santo Afonso Maria de 
			Ligório, Preparação para a morte 
			 
			
			Pe. Francisco Faus, A 
			preguiça 
              
              
             
             
            
            
             |