CIDADE MISSIONÁRIA DO SANTÍSSIMO CRUCIFIXO
– ANÁPOLIS – GO
Circular n° 67 – 20-05-2025
Aos benfeitores do nosso Instituto!
Prezados, trabalhemos com fé, amor, alegria, fervor e
perseverança para conquistar a Vida Eterna, isto é, o
Céu. Estamos aqui nesse mundo somente para esta santa
“ocupação”… não deixemos para a hora da morte o bem que
podemos realizar hoje: “Portanto, meus amados, assim como
sempre obedecestes, não somente na minha presença, mas muito mais
agora na minha ausência, trabalhai a vossa salvação com temor e
tremor”
(Fl 2, 12).
Nesta
Circular nº 67 vamos refletir sobre o MÉRITO!
Pouquíssimas pessoas conhecem a Doutrina sobre o
MÉRITO; por isso vivem de braços cruzados,
sonolentas, mergulhadas no “lago” da preguiça, na “poltronice”…
indiferentes, frouxas e molengas… preocupadas somente com as coisas
caducas desse mundo… e morrem, infelizmente, longe de Deus e se
perdem eternamente.
O que é o MÉRITO?
O
mérito foi definido como “aquela
propriedade de uma obra boa que habilita quem a realiza a receber
uma recompensa”
(Pe.
Leo John Trese, A fé explicada).
O Pe. Adolfo Tanquerey define assim o mérito sobrenatural:
“Um direito a uma recompensa sobrenatural que resulta duma
obra sobrenaturalmente boa, feita livremente para Deus, e duma
promessa divina que afiança essa recompensa”
(Compêndio de
Teologia Ascética e Mística, 299 A).
MÉRITO,
em geral, é um DIREITO a uma RECOMPENSA.
Assim é mais fácil de entender a definição de MÉRITO.
O
MÉRITO SOBRENATURAL é o direito a uma recompensa
sobrenatural, isto é, a uma participação da vida de Deus, à
graça e à glória.
O
Concílio de Trento ensina que as obras do homem justificado
merecem verdadeiramente um aumento de graça, a vida eterna, e, se
morrer nesse estado, a consecução da glória (Sess. VI, Cân. 32).
As
condições gerais do MÉRITO são: 1. A
obra para ser meritória deve ser livre; é claro que quem opera
constrangido ou necessitado, não tem responsabilidade moral dos
próprios atos. 2. Deve ser sobrenaturalmente boa, para estar em
proporção com a recompensa. 3. Tratando-se do mérito propriamente
dito, deve ser praticada em estado de graça, visto ser esta graça
que faz habitar e viver Cristo em nossas almas e nos torna
participantes dos seus méritos. 4. Durante a nossa vida mortal (Pe.
Adolfo Tanquerey, Compêndio de Teologia Ascética e Mística, 231 D).
É impossível alguém adquirir
MÉRITOS após a morte! O tempo é agora!
Infeliz da pessoa que vive no comodismo, preocupada somente com as
coisas passageiras e caducas dessa terra. É muito perigoso jogar o
tempo fora e morrer de mãos vazias. Entesouremos no Céu agora…
façamos boas obras para agradar a Deus e pelo bem das almas
espirituais e imortais: “E não há
maneira de adquirir méritos depois da morte, nem no purgatório, nem
no inferno, nem sequer no céu. Esta vida – e só esta vida – é o
tempo de prova, o tempo de merecer”
(Pe. Leo John Trese, A fé explicada).
A
alma quando não tem a graça de Deus (graça santificante) não
pode ganhar nenhum MÉRITO para o céu. Isso é
muito sério! Devemos nos examinar com cuidado, rigor e sinceridade.
O
pecador quando pratica uma boa ação não merece para a Vida Eterna:
“Mesmo quando o pecador pratica uma boa ação, não merece para
a vida eterna, uma vez que a raiz do egoísmo prejudica tudo. Sua
alma, em pecado mortal, não possui a graça. Mesmo assim, o homem
pecador não deve deixar de praticar o bem, pois toda boa obra terá
sua recompensa”
(Do Diálogo sobre
a divina Providência, de Santa Catarina de Sena, 20. 6. 1. § 1).
Aquele que comete pecado mortal perde todos os
MÉRITOS: “Perdem-se todos os méritos sobrenaturais que
o pecador havia adquirido antes do seu pecado. Todas as boas obras
feitas, todas as orações pronunciadas, todas as Missas oferecidas,
os sofrimentos padecidos por amor a Cristo, absolutamente tudo é
varrido no momento de pecar”
(Pe. Leo John
Trese, A fé explicada)…
mas é possível recuperá-los: “Mas é consolador saber que os
méritos que podemos perder pelo pecado mortal se restauram tão logo
a alma se reconcilia com Deus por um ato de contrição perfeita ou
por uma confissão bem feita. Os méritos revivem no momento em que a
graça santificante volta à alma. Em outras palavras, o pecador
contrito não tem que começar de novo: seu tesouro anterior de
méritos não se perde inteiramente”.
Feliz da pessoa que evita o pecado mortal e conserva a graça
santificante na alma! Ela entesoura todos os dias preciosos tesouros
no Céu! Estamos aqui na terra somente para isso: “O que
fazemos afora isso estamos roubando de Deus”
(São João da
Cruz e São João Maria Vianney).
Lutemos pelo Céu! Fomos criados para a Felicidade Eterna!
Eu
vos abençoo e vos guardo no Sagrado Coração de Jesus.
Com respeito e gratidão,
Pe. Divino Antônio Lopes FP(C)
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