CIDADE MISSIONÁRIA DO SANTÍSSIMO
CRUCIFIXO – ANÁPOLIS-GO
Circular
nº 11
- 04/09/1997
Caríssimos irmãos e irmãs no serviço
apostolar e reparador: “Reine nos vossos corações a paz de
Cristo, a qual fostes chamados em um só corpo. E sede agradecidos”
(Cl 3,15).
Sim, caríssimos, devemos agradecer
continuamente a Deus, por tantas graças que recebemos d’Ele, e
devemos também agradecer as pessoas que Ele colocou no nosso caminho
para nos ajudar a conhecê-lo melhor.
Sabemos que a ingratidão é um
vício horroroso e monstruoso, a delicadeza de sentimentos vai se
tornando cada vez mais rara. Vivemos no século da ingratidão. A
maior ingratidão é para com Deus. Poucas pessoas exclamam como Davi:
“Como retribuirei ao Senhor, todo o bem que me fez?”
(Sl 116,12 – Bíblia de Jerusalém).
A ingratidão seca a fonte das graças,
um coração agradecido ao invés, atrai novas graças e misericórdias
do céu. Um meio de alcançar muitas graças é saber agradecer as já
recebidas.
A ingratidão é tão monstruosa e
triste que o próprio Jesus chamou a atenção dos ingratos, dos
leprosos que foram curados e não souberam agradecer: “Os dez não
ficaram purificados? Onde estão os outros nove? Não houve, acaso,
quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro”
(Lc 17,17-18).
Caríssimos, será que o nosso comportamento é o mesmo desse
estrangeiro que soube agradecer a Jesus, ou somos ingratos como os
nove que quiseram só receber?
Tome muito cuidado com a
ingratidão, valorize aquilo que recebestes
de Deus através das pessoas que te evangelizam. É perigoso cuspir no prato
que encheu várias vezes a sua barriga, ou
jogar barro na fonte de água cristalina que já nos
matou a sua sede várias vezes. Santo
Agostinho dizia: “Tenho medo de Cristo que passa”. E você?
Quantas graças já jogou fora? Quantas vezes bateu a porta do coração
no rosto de Jesus, através do seu comportamento ingrato e mesquinho?
O grande Apóstolo São Paulo escreve: “Exortamo-vos ainda a que
não recebais a graça de Deus em vão”
(2
Cor 6,1). Não
chute as graças que recebestes de Deus, principalmente a formação, porque
no dia do Juízo, terás que prestar contas de cada graça jogada
fora: “Àquele a quem muito se deu, muito será pedido, e a quem
muito se houver confiado, mais será reclamado”
(Lc 12,48). Se Cristo te
chamasse
hoje para prestar contas das graças que já recebidas; você
morreria tranqüilo? Veja o que diz em Eclesiástico 4,31: “Que a
tua mão não seja aberta para receber e fechada para retribuir”,
e também Santo Ambrósio escreve: “Não há dever mais urgente do
que o de agradecer”.
Em São Marcos 10,46s, narra as
maravilhas que Jesus fez na vida do cego Bartimeu, só que ele soube
agradecer a Cristo: “No mesmo instante ele recuperou a vista e
seguia-O no caminho” (Mc 10,52).
A melhor maneira de agradecer a Deus é segui-lO de perto, seja para
o Tabor, seja para o Calvário.
Pe. Divino
Antônio Lopes FP.
|