CIDADE MISSIONÁRIA DO SANTÍSSIMO
CRUCIFIXO – ANÁPOLIS-GO
Circular nº 12 - 27/01/1998
Caríssimos irmãos e irmãs no serviço
apostolar e reparador: “Assume a tua parte de sofrimento como um
bom soldado de Cristo Jesus” (2 Tm 2,3).
A vida do soldado é dura e arriscada,
é uma vida levada por montes e vales, ao frio e a chuva, eles
enfrentam todo tipo de perigo para defender a pátria. O soldado, se
quer viver, tem de lutar; se quer ser premiado, tem de vencer. Em
tempo de guerra, se ele quer descansar, é com a arma na mão e quando
vai ao encontro do inimigo, jamais olha para trás, o que lhe
interessa é a vitória, a salvação da pátria e a glória do triunfo.
Nós, seguidores de Jesus Cristo,
somos também soldados, não para conquistar as glórias do mundo, mas
sim, para conquistar o céu: “A vida do cristão é milícia, guerra,
uma formosíssima guerra de paz, que em nada se identifica com as
empresas bélicas humanas, porque estas se inspiram na divisão e
muitas vezes no ódio, e a guerra dos filhos de Deus contra o seu
egoísmo se baseia na unidade e no amor”
(Bem-aventurado Josemaría Escrivá).
Sabemos que o mundo é um vasto
campo onde o homem se vê em frente de inimigos, que o estão
provocando a uma luta constante, e esses inimigos às vezes estão
dentro da nossa própria casa: “O irmão entregará o irmão à morte,
e o pai entregará o filho. Os filhos se levantarão contra os pais e
os farão morrer” (Mc 13,12).
Não importa a distância dos inimigos e perseguidores, ou se são
parentes ou estranhos; o importante é lutar como verdadeiro soldado
de Cristo sem jamais desanimar, e lembrar com freqüência de que o
prêmio não será uma medalha, mas sim, o
céu: “Hoje não bastam
mulheres ou homens bons. – Além disso, não é suficientemente bom
aquele que só se contenta em ser quase bom: é preciso ser “revolucionário”.
Perante o hedonismo, perante a carga pagã e materialista que nos
oferecem, Cristo quer anticonformistas!, rebeldes de Amor!”
(Bem-aventurado Josemaría Escrivá).
Enquanto estivermos aqui na terra, a
nossa vida será uma luta continua, principalmente se trabalhamos com
entusiasmo e sinceridade para a glória de Deus. São tantos os
inimigos que o tempo não dá para descanso prolongado – Uns são
visíveis, outros invisíveis; uns vindos de fora, outros nascidos de
dentro.
Temos que lutar continuamente contra
os inimigos da nossa alma: são os homens com quem tratamos, o mundo
com os seus maus conselhos, o demônio e a nossa própria carne.
As armas que devemos usar para vencer
esses inimigos são as seguintes: oração, sacramentos, vigilância,
fuga das ocasiões, leitura e mortificação. Uma, porém, é a
principal: a nossa vontade.
Ela só, com o auxílio da graça
divina, basta para nos assegurar a vitória no combate mais
encarniçado. Assim como no querer está o pecado, assim no não querer
está a vitória.
Sejamos batalhadores, verdadeiros
lutadores contra os vícios, somente assim chegaremos um dia no
céu.
Pe Divino
Antônio Lopes
FP.
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